Mês junino: devoções e festas aquecem o mês de junho
Pedro Henrique Figueiredo 10/06/2025 10:27 - Atualizado em 10/06/2025 12:52
Livraria N. Sra. das Graças
Livraria N. Sra. das Graças / Pedro Henrique Figueiredo
Nossa vida muitas vezes é uma rotina tecida de trabalho e preocupações do dia a dia. Diante de tudo isso existem as festas. São momentos de alegria coletiva que anulam, digamos assim, o peso dos deveres diários, fazendo com que quebre a rotina do dia a dia. A festa é uma afirmação da vida tão passageira. Na festa, apesar de tantos desafios e dúvidas, se dá sentido ao mundo e orientação à história. A sociedade moderna repleta de diversões é mentos festiva que a sociedade rural antiga da qual derivam as “festas juninas” (do mês de junho).
Nas grandes cidades, as festas começaram a ser organizadas por empresas especializadas. As metrópoles começam também a se notabilizarem por festas que se tornaram tradicionais ou características daquela cidade. Assim, a festa do figo em Valinhos, do Rodeio em Barretos, da lagosta em São Fidélis (antigamente) etc.
Mas, como surgiram as festas juninas? Surgiram na Igreja Católica a partir da devoção popular em torno da devoção de três santos que são muito queridos pelo povo: Santo Antônio de Pádua e Lisboa, São João Batista e São Pedro, Apóstolo. As celebrações festivas, as quermesses e outros são animadas e concorridas em todo o Brasil.
Santo Antônio é o santo mais querido no Brasil, depois, claro, de Nossa Senhora Aparecida. Nascido em Lisboa, e com morte em Pádua aos 36 anos, em 1231. Foi franciscano, professor de teologia e missionário popular. Destacou-se por pregar o Evangelho e defender o povo pobre. Outra pergunta que não quer calar: por que santo casamenteiro? Porque conseguiu mudar algumas leis no sentido de favorecer os mais simples, como a lei que proibia casamento de moças que não tinham dinheiro para o dote, obrigatório àquela época, forçando muitas a ficarem sem casar. Santo Antônio foi profeta e missionário do Evangelho, amou a Deus e também amou o povo de Deus.
São João Batista, primo, amigo e mentor de Cristo que por ele foi batizado no Rio Jordão. Profeta e mártir da Justiça. O rei Herodes mandou decapitá-lo porque juntamente com sua corte, não estava de acordo com sua pregação. João convidou as pessoas à conversão porque o reinado de Deus estava chegando. Conversão para ele era preparar um mundo novo sem corrupção e injustiças. E por qual razão a fogueira? Porque São João anunciou Jesus como “cordeiro de Deus”, ou seja, o Messias e não violento. Os cordeiros eram vigiados pelos pastores que acendiam fogueiras para se aquecerem no inverno. Daí a fogueira de São João, a qual nos lembra que Jesus Cristo é a luz do mundo.
São Pedro, chefe dos apóstolos de Cristo, foi pescador, pai de família e escolhido por Jesus para ser a pedra de fundação da sua nova família: a Santa Igreja. Após a morte de Jesus, ele morou em Jerusalém, depois em Antioquia e, por fim, em Roma, onde foi martirizado, provavelmente no ano 67 na colina do Vaticano, Ali foi construída uma Basílica sobre o cemitério no qual Pedro está sepultado. E por qual motivo a chave? Porque Jesus lhe disse: “Eu te darei a chave do Reino dos céus” (Mt 16,19), significando o serviço de pastor supremo da Igreja. As chaves do Reino de Deus que abrem a nossa vida para a santidade, vida no amor e na fraternidade!
Os santos juninos nos recordam que a verdadeira festa é o amor de Deus agindo em nossos corações, como agiu e continua agindo no deles por toda a eternidade. Eternidade que será a verdadeira festa onde só existirá a paz e a glória de Deus, que nos faz participantes de sua felicidade para sempre.
Na economia
Santos do mês de junho
Santos do mês de junho / Pedro Henrique Figueiredo
“Medalhinhas de Santo Antônio é o mais procurado, porque o povo procura muito por esse santo, salmos, papeizinhos com a oração de Santo Antônio, São Pedro e São João Batista. Temos imagens que são muito procuradas também”, disse Maria das Graças Bulhões Rocha.
É importante destacar que os católicos buscam mais por Santo Antônio nesta época do ano, o comércio católico fica cheio por causa das festas juninas. Esse é um dos meses que mais tem procura por lojas e artigos católicos.

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