Saulo Pessanha
06/09/2025 09:33 - Atualizado em 06/09/2025 12:36
Anos 70. O advogado Carlos Gicovate, profissional respeitado, vez por outra era presenteado por seus clientes, especialmente os que moravam na área rural.
Assim é que, certo dia, estava Gicovate olhando as samambaias choronas de sua bela residência, na Rua do Ouvidor, quando ouviu a empregada respondendo a um rapaz, de posse de um bonito peru debaixo do braço, que não conhecia nenhum doutor Francisco Walter.
Aproximando-se do portão, Gicovate quis saber se o peru estava à venda.
E a empregada respondeu:
— Não! Ele apenas quer entregar esse bicho a um doutor Francisco Walter, que o pai dele explicou que, na intimidade, é chamado de dotô Chico Walte.
Ao perguntar o nome do pai do rapaz, Gicovate teve a explicação. Era o filho de um cliente que prometera presentear-lhe com a penosa para o Natal.
Gicovate voltou para a empregada e falou:
— Menina, é preciso raciocinar que o doutor Chico Walte é o mesmo que doutor Gicovate! É só botar o ouvido para funcionar...