Influencer campista é alvo da operação contra promoção ilegal de jogos de azar online
07/08/2025 10:50 - Atualizado em 07/08/2025 12:30
Reprodução Redes Sociais
Policiais civis da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) deflagraram, nesta quinta-feira (7), a "Operação Desfortuna", com o objetivo de desarticular um esquema de promoção ilegal de jogos de azar online com indícios de lavagem de dinheiro e organização criminosa. As diligências ocorrem no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Entre os 15 alvos, de acordo com informações do G1, está a influenciadora campista Tailane Garcia dos Santos Laurindo, conhecida como Tailane Garcia. Nas redes sociais, ela possui 4,5 milhões de seguidores no Tik Tok e 49,1 mil seguidores no Instagram.
Os alvos da operação são 15 influenciadores digitais que teriam usado as redes sociais para divulgar o jogo popularmente conhecido como "Jogo do Tigrinho" e outros semelhantes. As investigações foram desenvolvidas de forma conjunta com o Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e com o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD) da Polícia Civil.
Segundo os agentes, as postagens que teriam sido realizadas pelos investigados contêm promessas enganosas de lucros fáceis, com o intuito de atrair seguidores para essas plataformas de apostas, que são proibidas no país.
No decorrer das investigações, a polícia informou que foram identificados sinais claros de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos influenciadores, que ostentavam nas redes sociais estilos de vida luxuosos, com viagens internacionais, veículos de alto padrão e imóveis de alto valor. Relatórios de inteligência financeira do COAF revelaram movimentações bancárias suspeitas que, somadas, ultrapassam R$ 4 bilhões.
Além da promoção de jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro. A DCOC-LD também identificou conexões entre alguns envolvidos e indivíduos com antecedentes ligados ao crime organizado, o que elevou o grau de complexidade da investigação.
A delegada titular da 134ª Delegacia de Polícia (Campos), Carla Tavares, informou que houve um mandado de busca e apreensão em Campos, mas que a influenciadora não residia mais no endereço que constava no mandado e, por isso, não foi possível realizar a busca. 
Folha entrou em contato com a influenciadora Tailane Garcia, mas até o momento não obteve retorno.
Com informações da Polícia Civil e G1

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