Marcelo Feres: "Não vejo Wladimir bolsonarista"
“É razoável supor quatro a cinco estaduais, mas cinco no sentido mais otimista”.Foi o que disse o vereador e ex-secretário de Educação Marcelo Feres (PDT), entrevistado desta terça-feira (12) no programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Parlamentar de primeiro mandato, ele analisou o governo do prefeito Wladimir Garotinho (PP), a sua gestão da frente da Secretária de Educação, Ciência e Tecnologia e sua primeira experiência na Câmara de Vereadores. Por fim, projetou as eleições de 2026 a presidente, governador, senador e as chances dos campistas no pleito para deputado estadual e federal.
Wladimir 1 – “Na gestão passada, tudo era muito novo. Então, tudo que foi sendo feito por Wladimir, seja da articulação política, conseguindo na Saúde, muitas coisas foram feitas na Saúde, a questão do Hospital Ferreira Machado. O que é hoje o Hospital Ferreira Machado, o que era antes. O que é o HGG, agora com mais ampliação ainda com relação ao atendimento da questão renal. Então, muito se mudou, reabertura de UBSs. Agora não tem isso tudo para fazer.”
Seis meses de Wladimir 2¨– “O que fazer de partir desses 180 dias. Ele está marcado, a meu ver por essa decisão difícil, mas tomada, com relação à questão principalmente da garantia de que, por um lado, se cumpra o TAG, se crie caminhos para manter a prefeitura funcionando com eficiência, e, de outro lado, a manutenção dos serviços da prefeitura.
RPAs - “O município tem uma história com a questão da contratação frágil por meio de profissionais temporários, chamados RPA popularmente. Que não há problema nenhum em existir a figura de um RPA, mas não o sentido que foi dado em campos historicamente.”
Fim dos RPAs – “Se você retira completamente os RPAs de uma única vez, a prefeitura para. Porque não são profissionais para não trabalhar. Às vezes, a gente vê que na política isso acaba sendo usado, principalmente em período de campanha eleitoral, os maus exemplos de RPA acabam sendo usados como se fossem os exemplos. Isso não é verdade e é importante ficar muito claro.”
Eficiência na gestão – “Nós temos que melhorar a eficiência. Ou seja, em alguns locais, você acaba tendo três, quatro profissionais, que se você compara isso em outros espaços, a iniciativa privada, por exemplo, só tem um profissional, ou dois profissionais. Então, a Prefeitura, historicamente, é muito difícil lidar com isso. Ela precisa se colocar não no papel de quem emprega, mas de quem contribui para a geração de emprego. Isso é diferente. Trazer todo mundo que precisa de emprego para dentro da prefeitura faz com que a própria prefeitura não funcione.”
Dificuldades – “Se a gente observar isso em municípios e estados, normalmente o primeiro ano de gestão é sempre um ano mais difícil. E não é tão difícil entender. Porque não é só uma continuidade, mesmo que seja o mesmo prefeito ou o mesmo governo. Não é só uma continuidade. Porque, na medida em que se desenvolvem ações e políticas públicas, você precisa pensar de uma forma diferente.”
Nota para gestão Wladimir – “Cabe 7,5. Porque é bom. Nessa questão, eu acho que você tem uma comparação consigo próprio. Comparar consigo próprio, em um outro momento, é sempre bem mais difícil. Isso não quer dizer acomodação, ao contrário. Porque o nível de exigência ele sobe e tem que subir. Só que quando você bota energia nessa parte que é muito sensível, tem que superá-la.”
Educação em Campos – “Se a gente falar da educação, no início da gestão, qual era a grande crise da Educação? Não tinha vagas para as crianças. Não tinha em idade obrigatória, a partir dos quatro anos, mas menos ainda para creche. Agora em 2025, vocês viram alguma manchete falando que criança ficou fora da escola? Então isso parece que o governo não está trabalhando, a gente precisa ser justo nesse sentido.”
Governo Wladimir na Educação – “Inovou bastante na gestão passada e ele vai pagar esse preço, que fica como uma marca de gestão que é positiva, mas ele marca, vai ter esse preço a pagar. A minha analogia é o seguinte, agora a sombra foi para frente dele. Assim como eu, secretário de Educação, é a mesma coisa. Ou seja, por mais que você avance, quando você está andando no sentido contra o sol, cada vez que você dá um passo para frente, o que acontece com a sua sombra? Ela avança também.”
Gestão da educação – “Qualifico como boa também esse período de gestão e a nossa equipe, porque há de se melhorar sempre e nem tudo que a gente gostaria de fazer conseguimos fazer. Então teria uma falsa humildade aí se eu dissesse que eu achei que foi só regular. Eu acho que foi boa pelo empenho de todos que atuaram juntamente comigo e equipe.”
Experiência como secretário – “Não foi a minha primeira experiência como secretário de Educação. Então, acho que a diferença é que a gente traz na bagagem uma vivência. A pandemia foi um desafio por si só e isso, na verdade, me engrandeceu enquanto gestor.”
“Educação é de pessoa para pessoa” – “Acho que educação, antes de mais nada, educação não é tecnologia, é de pessoa para pessoa. O professor é uma pessoa, o estudante é uma pessoa, os pais também são pessoas. Então mobilizar esse exército de pessoas não é simples. E, ao mesmo tempo, precisa estar o tempo todo atento porque para mobilizar é difícil, mas para desmobilizar é fácil. Basta que alguma coisa comece a acontecer que gere descontentamento, e aí a coisa pode sim descambar.”
Programa de Aprendizagem Eficiente (PAE) – “O que eu fiz inicialmente foi dar um norte. Eu não tinha nenhum elemento, nenhuma referência, nenhuma bússola. Então, nós criamos o Programa de Aprendizagem Eficiente, o PAE, que se tornou conhecido na cidade e até mesmo fora. Porque a gente hoje divulga que é preciso fazer política pública, mais do que política pública de governo, fazer política pública de Estado.”
Gestão participativa nas escolas – “Tem que ter gestão participativa, não adianta vir de fora para dentro e dizer “vai fazer desse jeito”. Então criando comissões, criando formas diretas de trabalhar perto dos profissionais. Então, eu tinha uma agenda chamada Secretaria em Ação, que eu ia para as escolas, conversava com vários gestores, professores, um comitê permanente de planejamento e gestão, e dali nós fomos melhorando os processos. E a melhoria de processo é o jeito de fazer. Antes não tinha esse jeito, cada um fazia a seu modo. Então nós começamos a documentar o jeito de fazer as coisas, documentar revisando toda aquela parte pedagógica de matriz curricular, documentando o jeito de se comunicar por parte das escolas e da secretaria.
Tecnologia nas escolas – “Nós não temos resistência à tecnologia em Campos. Isso é um grande diferencial. Então, foram muitas as ações na parte de Ciência e Tecnologia, também mais Ciência na Escola, fazendo com que os nossos alunos passassem a fazer ciência.”
Indicadores da Educação – “Resumidamente, nós melhoramos indicadores educacionais. Temos muitos desafios. Precisamos continuar melhorando. Por exemplo, a alfabetização. Nasceu muito recentemente um indicador nacional que fala sobre a questão da alfabetização. Nós precisamos ter o programa nacional Criança Alfabetizada, que é um pacto chamando o país para estar priorizando isso.”
Experiência na Câmara – “É salutar a oposição, a situação, isso é absolutamente normal. Mas o respeito, o nível que a Câmara pode ter, no seu ponto de vista de estar ali divergindo, sim, mas em busca do melhor para a cidade e não apenas um olhar para o próprio umbigo. Então, eu vejo que o ambiente está muito favorável nesse sentido.”
Primeiras impressões na Câmara – “Eu não vou usar mais o termo Câmara de Vereadores porque era um termo incorreto na minha concepção. Por quê? É a Câmara Municipal, Câmara Legislativa de Campos, porque é restritivo dizer que é Câmara de Vereadores. Ela não é de vereadores, porque o que eu recebi lá quando cheguei foi um grupo de profissionais extremamente preparados, extremamente solícitos, que eu me senti em casa.”
Projetos de lei – “Eu aproveitei um pouco esse mês de julho também para isso, para dar uma estudada melhor, o que nós temos em Campos em termos de legislação, quais são as oportunidades que há. E virão alguns projetos de lei daqui a muito pouco tempo. Eu já estou escrevendo vários deles.”
Diálogo de Wladimir - “Ele tem uma habilidade política muito interessante, ele consegue dialogar muito bem, não que ele fique em cima do muro, deixando bem claro. Mas ele consegue dialogar tanto com o espectro de esquerda quanto com o espectro de direita. Porque, e ele fala isso muito bem, que ele é o prefeito, então ele está aqui defendendo as necessidades e aquilo que a cidade precisa.”
Posição de Wladimir - “Não vejo o Wladimir como um bolsonarista de direita radical, pelas atitudes dele, pelo olhar social que ele tem e tal. Mas é respeitável a questão de como se vê o mundo. Não vejo nenhum conflito nesse sentido.”
Chances de Wladimir – “Uma curiosidade que é muito relevante é o nome do Wladimir. Tirando a questão Bacellar, o nome do Wladimir está sendo considerado como vice-governador para linhas opostas, inclusive. A linha representada pelo prefeito do Rio de Janeiro e, por outro lado, pelo próprio Washington Reis. Então, isso demonstra a relevância política de Campos.”
Disputa para o Senado – “Quando se fala de outros nomes para o Senado, você tem também o senador atual, que é o Portinho, que vem fazendo um trabalho que a gente que é de Campos precisa estar acompanhando. Porque em todos os momentos o Wladimir tem uma aproximação muito grande com ele, como tem com o Flávio também. E aí as ações acabam trazendo benefício direto para a Campos.”
Eleição a deputado - “É razoável supor quatro a cinco, mas cinco no sentido mais, talvez, otimista. Dado que nós estamos falando de Campos e da região. Deputado federal, para ser direto, a questão da Tassiana é um nome que a gente ouve falar seguramente, mas Campos pode fazer dois. Voto tem. A grande questão é conseguir garantir a eleição.”
Crise política – “Em algum momento caiu alguém da esquerda, daqui a pouco cai alguém da direita, daqui a pouco cai de novo. Onde nós vamos parar com isso? Ah, mas o problema é o Alexandre de Moraes, antes era o Sérgio Moro. Isso aí está aparecendo muito mais a gente assistindo um Netflix da vida que não mexe na nossa vida do que a vida real. No entanto, não é assim.”
Bolsonaro - “No Brasil de hoje você falar o que é e o que não é, sob ponto de vista político-jurídico, é uma interrogação. Até porque não se concluiu o julgamento, mas tudo leva a crer que Bolsonaro será realmente condenado, e como condenado ele acabará sendo preso. Mas Lula também foi preso, e depois de preso voltou a ser presidente. Então, é difícil a gente fazer esse tipo de prognóstico, embora a seguir pelo raciocínio lógico até por idade e tudo mais, nem sendo preso realmente o Bolsonaro, é difícil ele ser um nome, sobretudo para a próxima eleição imediatamente.”
Reeleição de Lula – “Se eu fosse usar meramente a estatística pregressa, o que já existe do passado, eu diria que a probabilidade de um presidente conseguir a sua reeleição é mais alta do que o contrário. No entanto, porque nós estamos falando aqui de possibilidade.
Segundo turno – “Nós vamos ter segundo turno. Pelo índice que você colocou, nós vamos ter segundo turno. Independente de quem seja o candidato da direita ou da esquerda. Não há perspectiva de você ter eleição num turno só.”
Chances de Lula – “Para o Lula hoje está mais difícil. Estou dando a data de hoje. Por que está mais difícil? Porque você tem hoje uma mobilização muito grande ante a ideia dessa reação do Judiciário de se prender o Bolsonaro.”
Projeção para presidente – “Como é que vai estar isso, sobretudo se Bolsonaro colocar como um candidato alguém da sua família e não apoiar um outro. Que sinal que isso pode passar? Então, há espaço, a meu ver, para Lula se reeleger, a depender mais diretamente de como esse processo vai se dar após a prisão de Bolsonaro.”
Seis meses de Wladimir 2¨– “O que fazer de partir desses 180 dias. Ele está marcado, a meu ver por essa decisão difícil, mas tomada, com relação à questão principalmente da garantia de que, por um lado, se cumpra o TAG, se crie caminhos para manter a prefeitura funcionando com eficiência, e, de outro lado, a manutenção dos serviços da prefeitura.
RPAs - “O município tem uma história com a questão da contratação frágil por meio de profissionais temporários, chamados RPA popularmente. Que não há problema nenhum em existir a figura de um RPA, mas não o sentido que foi dado em campos historicamente.”
Fim dos RPAs – “Se você retira completamente os RPAs de uma única vez, a prefeitura para. Porque não são profissionais para não trabalhar. Às vezes, a gente vê que na política isso acaba sendo usado, principalmente em período de campanha eleitoral, os maus exemplos de RPA acabam sendo usados como se fossem os exemplos. Isso não é verdade e é importante ficar muito claro.”
Eficiência na gestão – “Nós temos que melhorar a eficiência. Ou seja, em alguns locais, você acaba tendo três, quatro profissionais, que se você compara isso em outros espaços, a iniciativa privada, por exemplo, só tem um profissional, ou dois profissionais. Então, a Prefeitura, historicamente, é muito difícil lidar com isso. Ela precisa se colocar não no papel de quem emprega, mas de quem contribui para a geração de emprego. Isso é diferente. Trazer todo mundo que precisa de emprego para dentro da prefeitura faz com que a própria prefeitura não funcione.”
Dificuldades – “Se a gente observar isso em municípios e estados, normalmente o primeiro ano de gestão é sempre um ano mais difícil. E não é tão difícil entender. Porque não é só uma continuidade, mesmo que seja o mesmo prefeito ou o mesmo governo. Não é só uma continuidade. Porque, na medida em que se desenvolvem ações e políticas públicas, você precisa pensar de uma forma diferente.”
Nota para gestão Wladimir – “Cabe 7,5. Porque é bom. Nessa questão, eu acho que você tem uma comparação consigo próprio. Comparar consigo próprio, em um outro momento, é sempre bem mais difícil. Isso não quer dizer acomodação, ao contrário. Porque o nível de exigência ele sobe e tem que subir. Só que quando você bota energia nessa parte que é muito sensível, tem que superá-la.”
Educação em Campos – “Se a gente falar da educação, no início da gestão, qual era a grande crise da Educação? Não tinha vagas para as crianças. Não tinha em idade obrigatória, a partir dos quatro anos, mas menos ainda para creche. Agora em 2025, vocês viram alguma manchete falando que criança ficou fora da escola? Então isso parece que o governo não está trabalhando, a gente precisa ser justo nesse sentido.”
Governo Wladimir na Educação – “Inovou bastante na gestão passada e ele vai pagar esse preço, que fica como uma marca de gestão que é positiva, mas ele marca, vai ter esse preço a pagar. A minha analogia é o seguinte, agora a sombra foi para frente dele. Assim como eu, secretário de Educação, é a mesma coisa. Ou seja, por mais que você avance, quando você está andando no sentido contra o sol, cada vez que você dá um passo para frente, o que acontece com a sua sombra? Ela avança também.”
Gestão da educação – “Qualifico como boa também esse período de gestão e a nossa equipe, porque há de se melhorar sempre e nem tudo que a gente gostaria de fazer conseguimos fazer. Então teria uma falsa humildade aí se eu dissesse que eu achei que foi só regular. Eu acho que foi boa pelo empenho de todos que atuaram juntamente comigo e equipe.”
Experiência como secretário – “Não foi a minha primeira experiência como secretário de Educação. Então, acho que a diferença é que a gente traz na bagagem uma vivência. A pandemia foi um desafio por si só e isso, na verdade, me engrandeceu enquanto gestor.”
“Educação é de pessoa para pessoa” – “Acho que educação, antes de mais nada, educação não é tecnologia, é de pessoa para pessoa. O professor é uma pessoa, o estudante é uma pessoa, os pais também são pessoas. Então mobilizar esse exército de pessoas não é simples. E, ao mesmo tempo, precisa estar o tempo todo atento porque para mobilizar é difícil, mas para desmobilizar é fácil. Basta que alguma coisa comece a acontecer que gere descontentamento, e aí a coisa pode sim descambar.”
Programa de Aprendizagem Eficiente (PAE) – “O que eu fiz inicialmente foi dar um norte. Eu não tinha nenhum elemento, nenhuma referência, nenhuma bússola. Então, nós criamos o Programa de Aprendizagem Eficiente, o PAE, que se tornou conhecido na cidade e até mesmo fora. Porque a gente hoje divulga que é preciso fazer política pública, mais do que política pública de governo, fazer política pública de Estado.”
Gestão participativa nas escolas – “Tem que ter gestão participativa, não adianta vir de fora para dentro e dizer “vai fazer desse jeito”. Então criando comissões, criando formas diretas de trabalhar perto dos profissionais. Então, eu tinha uma agenda chamada Secretaria em Ação, que eu ia para as escolas, conversava com vários gestores, professores, um comitê permanente de planejamento e gestão, e dali nós fomos melhorando os processos. E a melhoria de processo é o jeito de fazer. Antes não tinha esse jeito, cada um fazia a seu modo. Então nós começamos a documentar o jeito de fazer as coisas, documentar revisando toda aquela parte pedagógica de matriz curricular, documentando o jeito de se comunicar por parte das escolas e da secretaria.
Tecnologia nas escolas – “Nós não temos resistência à tecnologia em Campos. Isso é um grande diferencial. Então, foram muitas as ações na parte de Ciência e Tecnologia, também mais Ciência na Escola, fazendo com que os nossos alunos passassem a fazer ciência.”
Indicadores da Educação – “Resumidamente, nós melhoramos indicadores educacionais. Temos muitos desafios. Precisamos continuar melhorando. Por exemplo, a alfabetização. Nasceu muito recentemente um indicador nacional que fala sobre a questão da alfabetização. Nós precisamos ter o programa nacional Criança Alfabetizada, que é um pacto chamando o país para estar priorizando isso.”
Experiência na Câmara – “É salutar a oposição, a situação, isso é absolutamente normal. Mas o respeito, o nível que a Câmara pode ter, no seu ponto de vista de estar ali divergindo, sim, mas em busca do melhor para a cidade e não apenas um olhar para o próprio umbigo. Então, eu vejo que o ambiente está muito favorável nesse sentido.”
Primeiras impressões na Câmara – “Eu não vou usar mais o termo Câmara de Vereadores porque era um termo incorreto na minha concepção. Por quê? É a Câmara Municipal, Câmara Legislativa de Campos, porque é restritivo dizer que é Câmara de Vereadores. Ela não é de vereadores, porque o que eu recebi lá quando cheguei foi um grupo de profissionais extremamente preparados, extremamente solícitos, que eu me senti em casa.”
Projetos de lei – “Eu aproveitei um pouco esse mês de julho também para isso, para dar uma estudada melhor, o que nós temos em Campos em termos de legislação, quais são as oportunidades que há. E virão alguns projetos de lei daqui a muito pouco tempo. Eu já estou escrevendo vários deles.”
Diálogo de Wladimir - “Ele tem uma habilidade política muito interessante, ele consegue dialogar muito bem, não que ele fique em cima do muro, deixando bem claro. Mas ele consegue dialogar tanto com o espectro de esquerda quanto com o espectro de direita. Porque, e ele fala isso muito bem, que ele é o prefeito, então ele está aqui defendendo as necessidades e aquilo que a cidade precisa.”
Posição de Wladimir - “Não vejo o Wladimir como um bolsonarista de direita radical, pelas atitudes dele, pelo olhar social que ele tem e tal. Mas é respeitável a questão de como se vê o mundo. Não vejo nenhum conflito nesse sentido.”
Chances de Wladimir – “Uma curiosidade que é muito relevante é o nome do Wladimir. Tirando a questão Bacellar, o nome do Wladimir está sendo considerado como vice-governador para linhas opostas, inclusive. A linha representada pelo prefeito do Rio de Janeiro e, por outro lado, pelo próprio Washington Reis. Então, isso demonstra a relevância política de Campos.”
Disputa para o Senado – “Quando se fala de outros nomes para o Senado, você tem também o senador atual, que é o Portinho, que vem fazendo um trabalho que a gente que é de Campos precisa estar acompanhando. Porque em todos os momentos o Wladimir tem uma aproximação muito grande com ele, como tem com o Flávio também. E aí as ações acabam trazendo benefício direto para a Campos.”
Eleição a deputado - “É razoável supor quatro a cinco, mas cinco no sentido mais, talvez, otimista. Dado que nós estamos falando de Campos e da região. Deputado federal, para ser direto, a questão da Tassiana é um nome que a gente ouve falar seguramente, mas Campos pode fazer dois. Voto tem. A grande questão é conseguir garantir a eleição.”
Crise política – “Em algum momento caiu alguém da esquerda, daqui a pouco cai alguém da direita, daqui a pouco cai de novo. Onde nós vamos parar com isso? Ah, mas o problema é o Alexandre de Moraes, antes era o Sérgio Moro. Isso aí está aparecendo muito mais a gente assistindo um Netflix da vida que não mexe na nossa vida do que a vida real. No entanto, não é assim.”
Bolsonaro - “No Brasil de hoje você falar o que é e o que não é, sob ponto de vista político-jurídico, é uma interrogação. Até porque não se concluiu o julgamento, mas tudo leva a crer que Bolsonaro será realmente condenado, e como condenado ele acabará sendo preso. Mas Lula também foi preso, e depois de preso voltou a ser presidente. Então, é difícil a gente fazer esse tipo de prognóstico, embora a seguir pelo raciocínio lógico até por idade e tudo mais, nem sendo preso realmente o Bolsonaro, é difícil ele ser um nome, sobretudo para a próxima eleição imediatamente.”
Reeleição de Lula – “Se eu fosse usar meramente a estatística pregressa, o que já existe do passado, eu diria que a probabilidade de um presidente conseguir a sua reeleição é mais alta do que o contrário. No entanto, porque nós estamos falando aqui de possibilidade.
Segundo turno – “Nós vamos ter segundo turno. Pelo índice que você colocou, nós vamos ter segundo turno. Independente de quem seja o candidato da direita ou da esquerda. Não há perspectiva de você ter eleição num turno só.”
Chances de Lula – “Para o Lula hoje está mais difícil. Estou dando a data de hoje. Por que está mais difícil? Porque você tem hoje uma mobilização muito grande ante a ideia dessa reação do Judiciário de se prender o Bolsonaro.”
Projeção para presidente – “Como é que vai estar isso, sobretudo se Bolsonaro colocar como um candidato alguém da sua família e não apoiar um outro. Que sinal que isso pode passar? Então, há espaço, a meu ver, para Lula se reeleger, a depender mais diretamente de como esse processo vai se dar após a prisão de Bolsonaro.”