Reciclagem eletrônica é tema de palestra na Reserva Caruara, em SJB
Durante o ciclo de palestras promovido pela Reserva Caruara, em Grussaí, no município de São João da Barra, o projeto Circuito Verde foi destaque na quarta-feira passada (18), ao abordar a importância da reciclagem de resíduos eletrônicos. O engenheiro ambiental e professor do Instituto Federal Fluminense (IFF) de Guarus, Luiz Fernando Mendes, apresentou o trabalho de extensão que mapeia o perfil desses resíduos na região e discutiu soluções voltadas a empresas que atuam no entorno do Porto do Açu.
"O projeto começou em abril do ano passado, quando foi renovado. Agora, estamos diante de um novo edital. Nosso projeto tem dois alicerces: um é a educação ambiental e o outro, a logística reversa. Estamos divulgando bastante essas ações nas redes sociais para que também sirvam à coleta de dados", explica o professor Fernando. Ele acrescenta ainda que o grande problema do e-lixo são os resíduos plásticos que não têm reciclabilidade.
Durante a palestra, a gestora ambiental Andresa Alcoforado explicou o papel da empresa Caparaó Reciclagem dentro do projeto universitário. “A empresa acredita muito na importância do levantamento de dados sobre o e-lixo na região. Por isso, auxilia com o ponto de coleta e oferece suporte aos pesquisadores. A educação ambiental ainda é um grande desafio para a sociedade do interior do Rio de Janeiro”, afirmou.
Projeto Circuito Verde
O Circuito Verde tem como objetivo promover a coleta e o descarte adequados do lixo eletrônico, além de estimular a educação ambiental a partir dessa problemática, no campus Campos-Guarus do Instituto Federal Fluminense (IFF). Até o momento, já foram recolhidos 833,9 Kg de resíduos eletrônicos. Desse total, apenas 35,4% são recicláveis; os outros 64,6% são rejeitos sem possibilidade de reaproveitamento.
Os materiais coletados têm origem variada, incluindo peças automotivas, eletroeletrônicos domésticos, componentes eletrônicos, sistemas de circuito fechado de TV, dispositivos de entretenimento, equipamentos de informática, fios e cabos elétricos, ferramentas de segurança, periféricos, pilhas, baterias e itens de telefonia.
O projeto também conta com o apoio externo da empresa Caparaó Reciclagem, responsável por receber e dar a destinação ambientalmente adequada aos resíduos. Além de recolher e encaminhar os materiais, o projeto está fazendo uma segunda etapa que é reaproveitar parte dos rejeitos na produção de peças de artesanato.