Nos tempos do rádio AM em Campos...
Antônio Alexandre, um libanês que se virou em Campos para sobreviver, conseguiu, nos anos 60, abrigado na Arena, eleger-se deputado estadual, depois de se projetar no colunismo social e no rádio.
Pessoa de cultura modesta, Antônio Alexandre tropeçava no Português e nas suas observações através do microfone. Na enchente de 1966, uma das maiores da cidade, ele extrapolou.
O seu horário na Rádio Continental era pela manhã. Mas diante do flagelo da população, empunhou o microfone quase que o dia todo.
E numa dessas intervenções, Antônio Alexandre disse que estava vendo no Rio Paraíba do Sul algo boiando.
Pessoa de cultura modesta, Antônio Alexandre tropeçava no Português e nas suas observações através do microfone. Na enchente de 1966, uma das maiores da cidade, ele extrapolou.
O seu horário na Rádio Continental era pela manhã. Mas diante do flagelo da população, empunhou o microfone quase que o dia todo.
E numa dessas intervenções, Antônio Alexandre disse que estava vendo no Rio Paraíba do Sul algo boiando.
— O problema aqui em Guarus está muito sério, pois já tem até cocô boiando. Muito cocô, mesmo!
Dos estúdios, o locutor de plantão o interrompe e tenta consertar:
Dos estúdios, o locutor de plantão o interrompe e tenta consertar:
— Alexandre, Cocô, não. Diga fezes!
Antônio Alexanre replica:
—Não são fezes. Estou vendo cocô mesmo.