Conjunto da obra de Evandro Barros faz a ponte entre Direito, Filosofia e Tradição
Dora Paula Paes 21/05/2025 11:13 - Atualizado em 21/05/2025 11:13
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Na busca por criar pontes entre o passado e o presente, entre o Direito, a Filosofia e a Tradição, o advogado, mestre em Cognição e Linguagem e Doutorando em Políticas Sociais, pela Uenf, Evandro Monteiro de Barros Junior acaba de lançar seu sétimo livro: “Fundamentos do Estoicismo”, que pretende lançar na 12ª Bienal do Livro de Campos, que começa no final do mês de maio na cidade.

Também blogueiro da Folha1, Evandro fala sobre sua atuação como autor. Ela teve início em 2022, com o lançamento do livro “A Nobreza em Exílio”. Quanto à sua mais nova obra, ele pontua: “Meu 7º livro surge no exercício do meu maior mister que é ser marido e pai, no front da advocacia e nas turbulências do doutorando”.
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Uma forma mais elevada de viver, segundo ele, são premissas de toda sua jornada na escrita literária. “Acredito que é por meio dessas conexões que podemos encontrar sentido, direção e — quem sabe — uma forma mais elevada de viver”, afirma.

Ao lançar seu primeiro livro “Nobreza em Exílio”, segundo ele, procurou explorar temas jurídicos e históricos, porém, diz que foi além das análises técnicas. O autor acabou por apresentar a nobreza não apenas como uma herança do passado, mas como uma possibilidade viva de contraponto ao mundo atual. “Defendi a ideia de que a verdadeira função da nobreza é servir como exemplo silencioso, como uma presença transformadora, capaz de suscitar nos outros a intuição da Verdade. A restauração da Casa de Arpades, símbolo de uma nobreza não corrompida pelo aburguesamento moderno, é apresentada como um gesto providencial — um farol em tempos sombrios”, explica.

No ano seguinte, foi a vez de “Noblesse Oblige”. O livro é um convite para que cada pessoa redescubra sua história, reconcilie-se com seus legados e transforme sua casa num espaço de virtude, descanso e felicidade. O autor explica que a seu ver a obra constitui o verdadeiro espírito da nobreza.

“O Direito dos Reis” também nasceu em 2023. “Com esse título, quis aprofundar o debate sobre a origem e legitimidade do poder político. O foco não está apenas na linhagem, mas no entendimento de que o monarca, por excelência, é aquele que compreende o significado profundo de ser nobre. A obra percorre os caminhos da filosofia antiga, com Sócrates, Pitágoras, Orfeu e a mitologia grega, até os fundamentos das ordens de cavalaria.
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Na mesma sequência de produção, a nobreza e o direito se misturaram mais uma vez, Evandro publicou a “Coletânea de Nobreza e Direito Dinástico”. De acordo com ele, esse trabalho teve como objetivo lançar luz sobre os direitos civis de uma parcela da população que, muitas vezes, desconhece o que lhe é de direito. “Reuni discussões sobre Heráldica, Genealogia e o conceito de Dinastia, além de esclarecer o papel do Chefe Dinástico e de seus herdeiros. O livro é uma ponte entre o Direito e a História, demonstrando como esses temas podem enriquecer a cultura de uma nação”, salienta.

- Já em 2024, lancei Introdução ao “Direito Político na Perspectiva Monárquica e ao Direito Dinástico na Teoria Geral do Estado”. Nesta obra, busquei apresentar o Direito Político de forma clara, explicando a estrutura do Estado, as funções dos poderes e os direitos políticos dos cidadãos, sob o prisma da organização monárquica. É uma leitura fundamental para compreender o funcionamento do poder e suas alternativas estruturais, inclusive aquelas que o tempo e o sistema eleitoral nos fizeram esquecer.

O volume 1 do livro “Etiqueta Política”, por vez, é fruto de um curso que ele ministrou. O livro trata da importância da educação, da memória e da cultura na vida política. No livro, segundo ele explica, apresentou a etiqueta política como uma ferramenta de discernimento diante da realidade, capaz de dar ao cidadão uma percepção mais refinada dos acontecimentos sem que ele se abale. “Questionei o sufrágio universal e explorei regimes autoritários, apontando como a monarquia parlamentar moderna poderia oferecer limites ao poder e salvaguardas às liberdades civis”, conta o autor.

Por fim, também nascido a partir de um curso ministrado, “Fundamentos do Estoicismo” trata-se de uma introdução acessível à filosofia estoica, uma das mais influentes da Antiguidade. A obra apresenta ensinamentos de Zenão de Cítio, Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio, destacando como seus princípios continuam atuais e poderosos. Em tempos de instabilidade emocional e excesso de estímulos, o Estoicismo oferece uma proposta de vida baseada na virtude, no autocontrole e na aceitação da realidade. “Ao cultivar a razão e controlar nossas reações, conseguimos alcançar serenidade, mesmo em meio às turbulências do mundo”, conclui Evandro, pronto para apresentar seu novo trabalho.
Nota do autor 
FUNDAMENTOS DO ESTOICISMO: O Estoicismo, uma filosofia antiga, surgiu na Grécia Antiga, por volta de 304 a.C., com o filósofo Zenão de Cítio, e se espalhou para Roma por intermédio de Sêneca, florescendo na Antiguidade, sendo uma das correntes filosóficas mais influentes da época. Novamente esta filosofia, vem ganhando destaque em tempos modernos, pois oferece princípios que podem ser aplicados nos desafios atuais, principalmente, na busca de uma vida mais plena e satisfatória. Promovendo a resiliência e a calma diante das adversidades, o Estoicismo se mostra um instrumento facilitador para lidar com as dificuldades da vida moderna. A prática dos princípios estóicos nos ajuda a encontrar significado e propósito para a vida, destacando a importância da razão como o mais alto instrumento, já que devemos usá-la para viver bem e tomar decisões sábias.

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