Em Campos, presidente da Firjan participa de inauguração de laboratório do setor cerâmico
Há um ano à frente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente da entidade, Luiz Césio Caetano, cumpriu agenda na região nesta semana. Em Campos, ele participou da inauguração de um laboratório voltado para o controle de qualidade e padronização dos produtos cerâmicos, que está instalado em unidade cedida pela Firjan ao Sindicato dos Ceramistas. Em entrevista à Folha nesta quinta-feira (16), Luiz Césio também falou sobre outros assuntos relacionados à indústria fluminense.
A inauguração do Laboratório de Ensaios Cerâmicos Roozevelt Pinto Pessanha foi realizada na manhã desta quinta-feira (16) e contou com a presença de empresários do setor e diretores do sindicato. A nova estrutura representa um marco para o setor, que passa a contar com um espaço próprio para análises técnicas e ensaios de materiais, em parceria com o Senai.
— Há um ano eu estive aqui e conversando com eles (do Sindicato dos Ceramistas), nós tínhamos naquele local uma unidade móvel da Firjan Senai, e eu sugeri que por que eles não absorviam esse serviço para valorizar a atuação do sindicato na sua base industrial e também com a possibilidade de maior atividade nesse sentido, junto à sua base, e até a possibilidade de levantar algum recurso pela prestação desse serviço. Foi muito bem aceita a ideia, nós fizemos um contrato de comodato, cedemos os equipamentos para o Sindicato dos Ceramistas, e hoje estivemos lá com a grande satisfação de ver o início dos trabalhos numa instalação muito bem construída, utilizando materiais próprios da fabricação deles, como tijolos, como revestimentos. Ficou muito interessante — afirmou o presidente da Firjan.
A região Norte Fluminense possui cerca de 110 fábricas de cerâmica com capacidade de produção de 100 milhões de peças e atende a pelo menos cinco estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Dentre os equipamentos cedidos pela Firjan Senai estão prensa, estufa, parquímetro para medição, balanças, deflectômetro, que são utilizados para os testes em tijolos, avaliação da qualidade da matéria prima utilizada, além de verificação e checagem dos produtos para garantir que estejam dentro das normas regulamentadoras do setor.
— Na região tem 114 cerâmicas e é necessário dar um apoio para que elas possam fazer o seu controle de qualidade, ou seja, controlar a qualidade da sua produção. Através desse laboratório, com os equipamentos que estão lá instalados, poderá ser feito o controle de qualidade da produção. Levar as amostras da produção para esse laboratório para fazer os ensaios. Então isso é bem instantâneo porque ele sabe se a produção dele está dentro do parâmetro ou não — comentou Luiz Césio.
O presidente da Firjan também falou sobre outros assuntos, como a expectativa para a EF 118, os desafios enfrentados no setor industrial e outros assuntos. A entrevista completa será publicada na edição impressa da Folha neste sábado (18).
Sobre o laboratório, o presidente do Sindicato dos Ceramistas, Mateus Henriques, destacou que o equipamento nasce com o objetivo de elevar o padrão de qualidade das indústrias cerâmicas locais e preparar o setor para futuras certificações. “Nosso laboratório tem dois objetivos principais: padronizar o produto cerâmico de Campos e preparar as empresas para conquistar certificações no futuro. Neste primeiro momento, não faremos as certificações diretamente aqui — elas continuarão sendo realizadas pelo Senai de Três Rios. O foco inicial é preparar os produtos de forma mais ágil e objetiva para esse processo”, explicou.