Sindicato dos Médicos relata atraso nos salários em todos os hospitais contratualizados de Campos
Hevertton Luna 18/04/2025 13:08 - Atualizado em 18/04/2025 15:31
Hospitais da rede contratualizada, Santa Casa e Plantadores de Cana
Hospitais da rede contratualizada, Santa Casa e Plantadores de Cana / Divulgação
Como noticiado nessa quinta-feira (17) pelo Blog Ponto de Vista, aqui, os médicos da Santa Casa de Misericórdia de Campos estão com os salários atrasados. Alguns profissionais, como os médicos que trabalham por produção, já estariam há 15 meses sem receber. Nesta sexta-feira (18), o Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) informou que o problema se estende a todas as instituições hospitalares contratualizadas do município: Hospital Plantadores de Cana, Beneficência Portuguesa, Hospital Escola Álvaro Alvim e a própria Santa Casa. 
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Campos informou que os repasses federais destinados às instituições estão em dia: "Não há atrasos por parte do Ministério da Saúde nem da Prefeitura de Campos", destacou o município.
Na tentativa de buscar soluções para superar a crise nas unidades de saúde, uma reunião entre representantes da Prefeitura de Campos e do Sindicatos dos Médicos foi marcada para a próxima quinta-feira (24). A informação é da presidente da presidente do SIMEC, Juliana Viana. 
"O Sindicato está ciente da situação dos funcionários da Santa Casa. A reunião será para falar justamente desse assunto e de outros serviços que a Prefeitura fornece à população", disse a representante dos médicos. 
Os atrasos acumulados até o fim de 2024 somam cerca de R$ 10 milhões. Médicos que atuam por produção relatam estar há até 15 meses sem receber, com o último pagamento correspondente a novembro de 2024. De acordo com os profissionais, os valores devidos são provenientes de repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Prefeitura de Campos. A categoria alega que os pagamentos não estão sendo realizados corretamente pelas instituições.
O Ministério Público Federal (MPF), responsável pela fiscalização do uso de recursos federais, e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) foram procurados pela reportagem, mas ainda não se manifestaram.
 

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