Caso Letycia: Justiça adia julgamento dos três acusados do assassinato
Rafael Khenaifes 20/05/2025 11:16 - Atualizado em 20/05/2025 15:04
Caso Letycia
Caso Letycia / Reprodução
A Justiça adiou o julgamento de três dos acusados do assassinato da gestante Letycia Peixoto, de 31 anos, réus no processo. O júri popular estava marcado para esta quarta-feira (21). A nova data ainda não foi marcada. O adiamento aconteceu devido um pedido da defesa do acusado de ser o intermediário da ação criminosa. O crime completou dois anos no mês de março deste ano.
A informação foi confirmada pelo advogado da família das vítimas, Márcio Marques, que informou sobre a sessão plenária ter sido retirada de pauta depois de uma análise do processo em que advogado do acusado de ser o intermediário envolvido no caso saiu do caso e um novo advogado entrou às vésperas.
"Ele entrou às vésperas, praticamente aos 45 minutos segundo tempo. O intermediador resolveu trocar de advogado. Ele justificou dizendo que não poderia estar no plenário porque ele já teria uma audiência marcada em São João da Barra e, por esta razão, ele pediu a redesignação em nome da plenitude de defesa para dar tempo de estudar o processo, sendo o motivo pelo qual o júri foi retirado de pauta", explicou Marques.
Já o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ) informou, em nota, que não há júri marcado porque "existem recursos em julgamento da 5ª Câmara Criminal". 
O acusado de ser o mandante do crime que vitimou a gestante Letycia Peixoto e seu filho Hugo, Diogo Viola de Nadai, teve o recurso negado duas vezes. Ainda não existe uma data para o julgamento dele já que, por conta do julgamento dos recursos, o processo foi desmembrado e seguirá, até então, apenas com os três réus citados. 
O crime - No dia, Letycia estava no carro da empresa em que trabalhava conversando com sua mãe, que estava do lado de fora do veículo, na rua Simeão Scheremeth, próximo à Arthur Bernardes, quando, por volta das 21h, as duas foram surpreendidas por dois homens em uma moto.
O carona disparou diversos tiros na direção da gestante, que foi atingida na face, no ombro, na mão esquerda e no tórax. A mãe de Letycia, por instinto, chegou a correr em direção aos criminosos, momento em que foi atingida na perna esquerda. Câmeras de segurança flagraram o momento do assassinato.
Também no momento do crime, Letycia deixava a tia-avó Simone Peixoto, de 50 anos, em casa, após um passeio de carro que fazia sempre com ela para acalmá-la. No banco do carona, Simone, que tem Síndrome de Down, ficou coberta de sangue e a família diz que ela chora o tempo inteiro. Segundo o tio de Letycia, eles chegaram a pensar que a Simone havia sido baleada, mas se tratava de grande quantidade de sangue de Letycia após ser atingida.
As duas foram socorridas pelo tio da gestante e levadas para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde Letycia morreu logo após dar entrada. Uma cesariana de emergência foi realizada e o bebê transferido para a UTI neonatal da Beneficência Portuguesa, mas ele não resistiu e morreu horas depois. Já a mãe da gestante foi atendida, fez exames e recebeu alta.

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