
Diante da demora para finalização das obras na RJ-238 (Estrada dos Ceramistas) e do impacto na deterioração das vias urbanas de Campos por conta do fechamento total da rodovia estadual, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística) e a Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga) cobraram providências ao Governo do Estado, na tentativa de evitar impactos maiores para o desenvolvimento econômico da região e do estado.
Em ofício endereçado ao governador Cláudio Castro, as entidades relataram o problema com a interdição da RJ-238 pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e reforçaram os prejuízos iminentes às empresas da região, como as instaladas no Porto do Açu e as do setor ceramista.
No documento, as associações citam que, como rota alternativa para o transporte de cargas passaram a ser usadas as avenidas Arthur Bernardes, Alberto Lamego e Nilo Peçanha, além da Estrada do Carvão, mas que foi identificado o desgaste excessivo dessas vias, em virtude do grande volume de carretas.
"O Porto do Açu recebe mais de dez mil caminhões mensalmente, movimentando cargas de diversas regiões. Toda essa frota, sem alternativas viáveis de tráfego, está obrigada a transitar por regiões sem qualquer infraestrutura e correndo sérios riscos de roubo de carga. Cabe ressaltar que esta situação acarretará em prejuízos consideráveis para a indústria ceramista, uma das mais tradicionais da região, que emprega cerca de 3 mil trabalhadores e produz cerca de 60 milhões de peças por mês. Atualmente, de 4 a 5 mil caminhões por mês circulam ligados a essa atividade, sendo que aproximadamente 25% são forçados a atravessar o Centro de Campos devido ao fechamento da RJ 238" - é afirmado no ofício, acrescentando que o Distrito Industrial de Campos será igualmente afetado pelo comprometimento dos processos logísticos para escoamento da produção, como também para o recebimento de insumos.
As associações apontaram também o impacto direto na fluidez do trânsito local e na rodovia federal, especialmente nos km 66 e 67, conhecido como "Trevo do Índio", ocasionando prejuízo à segurança viária e risco iminente de acidentes.
"A NTC & Logística e a Fetranscarga reafirmam extrema preocupação com esse grave cenário e solicitam a intervenção do Governo do Estado no sentido de encontrar uma forma para garantir o direito de circulação da frota de caminhöes naquela regiäo, resguardando a segurança viária, o fluxo de trânsito e a integridade dos motoristas e da população" - encerra o documento.
"A NTC & Logística e a Fetranscarga reafirmam extrema preocupação com esse grave cenário e solicitam a intervenção do Governo do Estado no sentido de encontrar uma forma para garantir o direito de circulação da frota de caminhöes naquela regiäo, resguardando a segurança viária, o fluxo de trânsito e a integridade dos motoristas e da população" - encerra o documento.
Recentemente, por causa deste problema, a Prefeitura de Campos proibiu o tráfego na cidade de veículos com mais de 4 eixos (confira aqui) a partir desta segunda (02/06). Firjan e o Porto do Açu, que entrou na justiça, reagiram à proibição (relembre aqui). Na quarta, 04/06, a Firjan se reuniu com o DER-RJ para tratar do imbróglio (leia aqui).