O Porto do Açu, localizado em São João da Barra, e a Van Oord, empresa holandesa especializada em obras marítimas responsável pela dragagem de manutenção do complexo portuário, anunciaram nessa segunda-feira (1º) uma parceria para colaboração em diversas iniciativas sustentáveis, incluindo a utilização de biocombustível na dragagem dos canais de acesso.
A expectativa é que, a partir de 2026, as operações já sejam abastecidas com o combustível renovável HVO (Hydrotreated Vegetable Oil), conhecido como diesel verde, em uma iniciativa inédita no país.
"A parceria reforça nosso compromisso de liderar a transição energética no setor portuário brasileiro, com a adoção de soluções que preparem o país para novos padrões ambientais. Estamos contribuindo com os esforços globais de redução das emissões de carbono e promoção da energia sustentável", afirma Vinicius Patel, diretor de Administração Portuária e Serviços do Porto do Açu.
As dragas da Van Oord já atuam na manutenção dos canais do Porto, e a nova etapa prevê que os motores passem a operar com biocombustível. A medida irá reduzir as emissões de carbono e contribuir para os objetivos de descarbonização de ambos.
"Essa ação fortalece as operações da Van Oord no Brasil e demonstra o potencial dos combustíveis renováveis na redução das emissões nas atividades marítimas, contribuindo para o avanço da descarbonização no setor portuário", afirma Tim Helbo, Diretor Américas da Van Oord.
O Dia D do Abacaxi reuniu produtores, técnicos e pesquisadores no último sábado (30), na localidade de Imburi, São Francisco de Itabapoana. O evento foi realizado pela Associação dos Produtores de Abacaxi, APRA - Rio, que reúne a cadeia produtiva da fruta no Norte Fluminense. O encontro contou com apoio da Emater-Rio, Uenf e Embrapa, uma oportunidade que promoveu debates sobre produtividade, novas variedades, desafios e os avanços para a criação da Indicação Geográfica (IG) do abacaxi da região.
Para o presidente da APRA-Rio, Heraldo Meirelles, a produção de abacaxi vive um momento de crescimento, o que só pode ser realizado com apoio de pesquisas importantes da Uenf e também da Embrapa. A associação existe há pouco mais de um ano, principalmente por meio dela, as modificações do campo vão repercutir na economia.
“Vivemos um momento único. Duas variedades já foram lançadas e outras estão prestes a chegar ao produtor. São plantas mais resistentes, que ajudam a enfrentar doenças como a fusariose e garantem mais produtividade. O objetivo é oferecer um abacaxi que atenda a diferentes públicos, mais doce, mais ácido ou mais firme”, afirmou. Ele reforçou ainda a importância do atendimento técnico.
“Quem trabalha no campo segue orientação séria. Produzo orgânico por estratégia de mercado, não por acreditar que o convencional faz mal. O que precisamos é de um manejo correto e informação qualificada”, completou Heraldo.
O Rio de Janeiro está entre os quatro maiores produtores de abacaxi do país. São Francisco de Itabapoana se destaca nacionalmente, enquanto Campos dos Goytacazes, Quissamã e São João da Barra formam, junto com ele, um dos maiores territórios contínuos de produção do Brasil. Segundo a Emater, a área cultivada no estado pode chegar a quase 12 mil hectares.
A padronização dos processos e a necessidade de dados atualizados foram reforçadas pelo professor Paulo César Santos, da UFES, que iniciou seus estudos sobre a cultura no Norte Fluminense há dez anos pela UENF. Para ele, a construção da IG depende de uma leitura precisa da realidade produtiva.
“Os dados oficiais muitas vezes não refletem o campo. Se considerarmos perdas de até 50% por doenças, não podemos trabalhar com médias desatualizadas de 20 mil frutos por hectare. Já temos produtores superando 30 mil. O IG precisa se apoiar em números reais para fortalecer a identidade territorial”, explicou Paulo.
Pesquisadores da Uenf e da Embrapa também destacaram o avanço da produtividade com o uso de variedades mais resistentes, manejo nutricional adequado e técnicas de adensamento, fatores que elevam o percentual de frutas de primeira, o que reflete diretamente na rentabilidade do produtor.
O pesquisador da Embrapa, Raul Castro, ressalta o papel da organização social na sustentabilidade da cultura. “A união dos produtores em São Francisco é animadora. A associação fortalece o trabalho das mulheres, cria oportunidades para os jovens e amplia o acesso a recursos. Onde há renda, o agricultor permanece e prospera”, afirmou.
O IG exige padrões técnicos, rastreabilidade e decisões coletivas. “Abacaxi do Norte Fluminense”, é um selo que garante qualidade, autenticidade e origem da fruta produzida no território. A iniciativa fortalece o produtor, reforça o vínculo cultural da atividade e reconhece a tradição da região na produção do abacaxi.
“A associação será a guardiã da marca. A IG envolve custos, normas e escolhas estratégicas que só fazem sentido quando tomadas de forma conjunta. Um produtor isolado não tem a mesma força que um CNPJ organizado”, explicou Paulo César.
Além dos ganhos produtivos e econômicos, pesquisadores apontaram que a IG amplia o potencial do turismo de experiência, agregando valor ao território. Com o selo, propriedades poderão promover vivências de colheita, degustações, visitas guiadas e roteiros gastronômicos ligados ao abacaxi. A paisagem agrícola, as histórias de família e o modo tradicional de plantar passam a ser, também, atrativos turísticos, ampliando oportunidades para agricultores familiares, mulheres rurais e jovens que desejam permanecer na atividade.
O produtor Neivaldo da Silva Macedo, foi o anfitrião do encontro e um dos primeiros a adotar a variedade Imperial no município. Com quase 20 anos de experiência, ele testemunha a evolução da cultura e acredita que a associação pode trazer muitos benefícios para os produtores de abacaxi.
“Hoje, aqui na propriedade a expectativa é colher até 33 mil frutos por hectare. Há alguns anos a realidade era outra. O abacaxi passou por períodos difíceis, mas de 2015 para cá a cultura ganhou força, o consumo aumentou e o manejo ficou mais técnico. É uma atividade que agrega valor e recompensa quem sabe conduzir bem”, finalizou o produtor.
Com pesquisa, organização produtiva, turismo rural e identidade territorial caminhando juntas, o Norte Fluminense consolida o abacaxi como uma das culturas mais estratégicas e promissoras da fruticultura brasileira. (A.N.)
A exposição “Personalidades negras brasileiras que você precisa conhecer” terá início nesta quarta-feira (26), às 13h, no polo da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Campos, que fica na rua Santiago Carvalhido Filho, 85, no Centro. Com o objetivo de valorizar as trajetórias de vidas e lutas das lideranças negras de Campos e do Brasil, a mostra será realizada até o dia 18 de dezembro na tenda do Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional da UFF.
A proposta é idealizada pela professora adjunta Luane Bento dos Santos, do Departamento de Ciências Sociais da UFF, por estudantes do curso de licenciatura e bacharelado em Ciências Sociais que participam dos projetos de ensino “Aquilombar na formação docente: a escrita de intelectuais negros e indígenas nas Ciências Sociais”; projeto de extensão “Cine Egbé: o cinema negro vai às escolas”; e do projeto de iniciação científica “Trajetórias de Vidas e Lutas das Lideranças Negras de Campos dos Goytacazes”.
Com a exposição, os organizadores buscam celebrar as histórias, lutas, vitórias e a intelectualidade de pessoas negras que marcaram — e ainda marcam — a história local e nacional.
"Através de imagens e trajetórias inspiradoras, convidamos você a reconhecer, valorizar e se orgulhar das lideranças negras que construíram caminhos, abriram portas e seguem iluminando novas gerações. Um encontro entre passado e presente, onde vozes históricas dialogam com artistas, estudantes, educadores e militantes de hoje", destaca a organização do evento.
A Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) promoverá, no dia 27 de novembro, o seminário “ZPE do Açu: Avanços e Oportunidades”, reunindo especialistas e representantes dos governos federal, estadual e municipal para debater os progressos e as perspectivas da implantação da Zona de Processamento de Exportação do Açu.
O encontro será realizado às 17h, na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), e integra a agenda do Governo do Estado voltada ao fortalecimento da competitividade e à ampliação das oportunidades para a indústria fluminense.
— O projeto da ZPE do Açu é estratégico para o desenvolvimento do Rio de Janeiro e representa um passo importante na modernização e integração da nossa estrutura produtiva — afirma o presidente da Codin, Fábio Picanço.
As inscrições para o seminário são gratuitas e podem ser realizadas pelo link https://forms.gle/F21qY1LnXTDbaZez9 ou pelo portal da Companhia: www.codin.rj.gov.br.
Prevista para o município de São João da Barra, a ZPE do Açu está inserida em um ambiente de negócios com infraestrutura portuária, retroárea industrial e conexões logísticas de grande capacidade, fatores que ampliam o potencial de escala produtiva e integração com mercados globais.
O Porto do Açu lançou mais uma turma do "Portodos Jovens", uma jornada de aprendizagem que acompanha o jovem sanjoanense por 4 anos, a partir da finalização do 9º ano do Ensino Médio – uma parceria com o Instituto Federal Fluminense (IFF) e a Prefeitura de São João da Barra.
Depois de capacitar dez jovens na estreia do programa, no ano passado, a empresa que administra o complexo portuário deu início à capacitação de mais dez estudantes, nesta quarta-feira (5). O objetivo da ação é impulsionar a qualificação do aluno, com dois anos de parte teórica junto ao IFF e mais dois anos de prática e mentoria no Açu, na experiência como jovem aprendiz e estagiário.
“O 'Portodos Jovens' é um programa que já deu certo e, felizmente, caminha para sua segunda turma. É através dele que materializamos nosso compromisso com o desenvolvimento da juventude local e nos consolidamos como vetor de transformador social. O foco é criar oportunidades para que o jovem se desenvolva junto com a gente, abrindo portas para muitos deles no mercado portuário”, explica Viviane Menini, gerente de Recursos Humanos da Porto do Açu Operações.
A primeira edição do 'Portodos Jovens' contou com a mobilização de 500 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de 12 escolas de São João da Barra. O desafio inicial da empresa foi estimular o interesse dos estudantes pelos cursos técnicos oferecidos pelo IFF, para que eles possam participar da jornada completa.
Nesta segunda edição, foram convidados mais de 200 estudantes do IFF dos cursos de Transporte Aquaviário, Eletromecânica e Petróleo e Gás para participarem da Trilha de Desenvolvimento. Entre os mais de 60 participantes do processo seletivo, os 10 jovens que mais se destacaram começaram, hoje, como Jovens Aprendizes, com direito à bolsa auxílio e mentoria nas instalações do complexo portuário. A fase seguinte será o Programa de Estágio.
A estudante Luciana Lopes, que passou pela primeira turma, conta como tem sido a jornada de aprendizagem: “Integrar o time do Porto do Açu tem sido uma experiência única, marcada de momentos emocionantes e curiosos. Tenho tido a oportunidade de estar em lugares incríveis, ao lado de pessoas mais incríveis ainda, absorvendo o máximo de conhecimento possível”, pontuou.
Kristof Waterschoot, CEO do Porto de Antuérpia, e Eugenio Figueiredo, CEO do Porto do Açu
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O Porto do Açu e o Porto de Antuérpia-Bruges assinaram nessa segunda-feira (3) uma carta de intenções para a criação de um corredor marítimo verde entre Brasil e Europa, com potencial para se tornar a primeira grande rota de exportação de e-combustíveis do mundo. O objetivo é que o corredor esteja em operação antes de 2030.
O acordo é resultado de um estudo de pré-viabilidade desenvolvido pelo Rocky Mountain Institute (RMI) e Global Maritime Forum (GMF), apresentado durante o Oceans of Opportunity Summit, no Rio de Janeiro. O evento reuniu líderes do setor portuário, marítimo, energético, financeiro e governamental para discutir a agenda de descarbonização marítima do Brasil.
“Trabalhamos para que o Porto do Açu seja um hub global de exportação de combustíveis marítimos de emissão zero, estrategicamente posicionado para conectar a produção brasileira à crescente demanda europeia por soluções de baixo carbono. A criação do corredor reforça nossa estratégia de ser o porto da transição energética no Brasil”, afirma Rogério Zampronha, CEO da Prumo.
O Porto de Antuérpia-Bruges, um dos maiores hubs industriais da Europa, projeta a importação de 6 a 10 milhões de toneladas de amônia verde por ano até 2030, equivalente a 1,2 a 1,5 milhão de toneladas de hidrogênio verde. Essa demanda de mercado pode ser atendida pela produção brasileira, incluindo a prevista para o hub de hidrogênio e derivados do Porto do Açu.
“A parceria com o Porto de Antuérpia-Bruges mostra o poder da cooperação internacional e como podemos contribuir para uma economia marítima sustentável e circular. O Açu é um ecossistema que entrega resultados reais, com disponibilidade de energia e um modelo de porto privado que garante agilidade, eficiência e os mais altos padrões ESG”, completa Eugenio Figueiredo, CEO do Porto do Açu.
De acordo com o estudo de pré-viabilidade, o corredor Açu-Antuérpia oferece vantagens comerciais: a operação dos navios pode se aproximar da paridade de custos com combustíveis convencionais com os novos incentivos da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês); a infraestrutura necessária já foi mapeada, incluindo terminais, protocolos de segurança e requisitos regulatórios; e há viabilidade comercial para atender à demanda europeia com baixo risco de compliance.
“A parceria com o Porto do Açu é um marco na construção de um corredor transatlântico de energia verde. Juntos, estamos preparando os primeiros fluxos de importação de amônia verde do Açu para Antuérpia-Bruges, impulsionando uma economia marítima verdadeiramente sustentável e circular”, comenta Kristof Waterschoot, CEO do Porto de Antuérpia-Bruges Internacional.
O mapeamento também destaca que o Brasil possui condições competitivas para se tornar um dos maiores produtores globais de e-combustíveis, impulsionado por sua matriz elétrica predominantemente renovável, políticas públicas para o setor e baixo custo de capital. Além disso, a implementação do IMO Net Zero Framework, que pode começar já no próximo ano, e políticas europeias como FuelEU Maritime e Emissions Trading System (ETS) devem criar incentivos adicionais para combustíveis de emissão zero ou quase zero. O setor marítimo é responsável hoje por cerca de 80% do comércio mundial em volume e por aproximadamente 3% das emissões globais.
“O Brasil tem os recursos para liderar o mundo em combustíveis marítimos sustentáveis e competitivos. Possui ótimas energias renováveis, carbono natural, uma indústria de recursos naturais próspera e conectividade que o tornarão uma potência global na próxima economia de energia e o posicionarão como líder para nos levar até lá”, destaca Jon Creyts, CEO da RMI.
“O setor marítimo tem a chance de ser um líder na transição energética global, especialmente porque pode ajudar a criar um mercado para os e-combustíveis. O corredor verde entre o Porto do Açu e Antuérpia-Bruges é mais do que uma rota comercial que pode estimular esse mercado; é um símbolo do que podemos alcançar por meio de uma ação climática coordenada e de uma liderança estratégica. Estamos apenas começando a explorar os vastos ‘Oceanos de Oportunidades’ que surgem quando inovação, políticas públicas e liderança se unem em prol de um futuro descarbonizado”, aponta Johannah Christensen, CEO do Global Maritime Forum.
Hub de hidrogênio do Porto do Açu
O Porto do Açu tem consolidado sua posição como um importante polo de produção de hidrogênio de baixo carbono e combustíveis limpos. Em apenas um ano, a primeira área licenciada, abrangendo 1 milhão de metros quadrados, foi totalmente destinada a projetos focados na exportação de amônia verde e e-metanol para mercados internacionais. O licenciamento ambiental para mais 4,5 milhões de metros quadrados está em andamento para atender à crescente demanda de investidores no Porto.
Até o momento, cinco desenvolvedores internacionais garantiram seis reservas de terrenos dentro do hub de hidrogênio e Derivados do açu, reforçando o papel do porto como porta de entrada do Brasil para a produção e exportação em larga escala de combustíveis sustentáveis.
O próximo passo do corredor Açu-Antuérpia será um estudo de viabilidade completo, que detalhará custos, contratos de offtake, disponibilidade de navios e motores compatíveis, e a estrutura financeira do projeto, combinando incentivos da IMO, programas brasileiros e políticas europeias.
A Reserva Caruara e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para o desenvolvimento de projetos de educação ambiental na região Norte Fluminense, com foco nos municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra.
“Estamos honrados de celebrar este acordo com o Inea. A Reserva Caruara, além de ser a maior RPPN do Estado do Rio de Janeiro, reforça com este acordo sua atuação no território, ampliando as ações de educação ambiental relacionadas à biodiversidade do ecossistema de restinga em toda a região Norte Fluminense”, destaca Caio Cunha, gerente da Reserva Caruara.
A parceria prevê o intercâmbio de informações e a elaboração conjunta de projetos e atividades voltadas à educação ambiental da população local, promovendo maior integração entre duas unidades de conservação, a Reserva Caruara, administrada pela Porto do Açu Operações, e o Parque Estadual da Lagoa do Açu (Pelag), sob gestão do Inea. O acordo tem validade de dois anos e pode ser prorrogado.
O Porto do Açu e a JAQ Apoio Marítimo, unidade de negócios do Grupo Náutica, assinaram nesta quinta-feira (16) um Memorando de Entendimentos (MoU, na sigla em inglês) para estudar formas de captação de recursos, apoio e parcerias voltadas ao desenvolvimento de embarcações movidas a hidrogênio produzido a bordo, além de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
As empresas pretendem elaborar conjuntamente estudos de viabilidade técnica, comercial, ambiental, financeira, jurídica e contábil necessários para o avanço e eventual implementação desse tipo de embarcação. A JAQ já está desenvolvendo duas embarcações (Explorer H1 e Explorer H2) que serão operadas a hidrogênio verde, com zero emissão de carbono. As unidades foram projetadas para funcionar como laboratórios avançados dedicados ao estudo dos biomas brasileiros e funcionarem como verdadeiros laboratórios de pesquisa, desenvolvimento e inovação flutuantes.
O projeto será apresentado oficialmente durante a COP30, em Belém (PA), e seguirá para o Porto do Açu no próximo ano.
Na próxima segunda-feira (20) o comércio de Campos estará fechado em virtude do feriado do Dia do Comerciário. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Campos (Sindivarejo), as lojas só poderão abrir sem a presença dos funcionários, que terão direito à folga integral, sem prejuízo da remuneração.
A medida foi tomada conforme prevê a cláusula 9.1 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em vigor. O sindicato reforça que o Dia do Comerciário é uma data de reconhecimento ao trabalho e à dedicação dos profissionais que movimentam diariamente o varejo local.
O Sindivarejo também lembra que bancos, instituições financeiras, repartições públicas e demais segmentos funcionarão normalmente. Assim, o consumidor deve ficar atento e se programar antecipadamente, evitando transtornos ao encontrar o comércio fechado na segunda-feira
Davi, Lázaro e Luana tiveram textos selecionados
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Três estudantes da região de Campos dos Goytacazes vão representar a Regional Norte Fluminense no Projeto Alunos Autores 2025, da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ). A iniciativa vai transformar os participantes em escritores de um livro, que será lançado na capital fluminense. A ação integra o Educação do Amanhã, ligado à Política Pública de Recomposição das Aprendizagens.
Davi de Andrade estuda no Cólegio Estadual Benta Pereira, em Campos, e escreveu a poesia "O silêncio das madrugadas nas cidades". Já Lázaro Campos Dias, autor do conto "Em busca de sentido para a existência", é aluno do Colégio Estadual Barão de Macaúbas, em São Fidélis. E de Quissamã, a aluna Luana Souza da Silva, do Colégio Estadual Visconde de Quissamã, escreveu a crônica "A sombra da saudade".
Os textos revelam a sensibilidade dos estudantes e o trabalho de incentivo à criatividade nas escolas. Lázaro escreve sobre um menino que procura razão na vida, conduzindo o leitor por reflexões existenciais. Luana traz a memória afetiva e a presença simbólica de quem já partiu, em uma narrativa marcada pela lembrança. Davi, por sua vez, descreve com lirismo a quietude das madrugadas nas metrópoles, transformando a rotina urbana em poesia.
Para Joilza Rangel Abreu, subsecretária de Gestão de Ensino da Seeduc-RJ, o Projeto Alunos Autores fortalece o desenvolvimento da formação integral. “Esse programa enaltece a produção textual e reconhece o esforço dos educadores, que orientam e estimulam cada aluno. Ver seus textos publicados em um livro é um momento de orgulho e autoestima, que reflete diretamente no engajamento e na motivação da comunidade escolar. É uma conquista que exalta o aprendizado e a confiança de cada jovem no próprio potencial”, afirmou.
Projeto
A Seeduc-RJ lançou o edital do Projeto Alunos Autores em maio deste ano, com a divulgação do cronograma e suas regras. A iniciativa contemplou três categorias: poesia, para alunos do Ensino Fundamental Anos Finais; conto, para o Ensino Médio e crônica, para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O processo foi dividido em três partes. Na fase escolar, cada unidade indicou um trabalho por modalidade, escolhido por uma banca especializada. Em seguida, houve uma curadoria das Diretorias Regionais, que selecionaram até duas opções de cada gênero para representar suas áreas. Na etapa estadual, uma comissão avaliadora externa escolheu os 33 finalistas.
Segundo Flavia Costa, superintendente pedagógica da Seeduc-RJ, a atividade demonstra a força da rede e dos professores. “O Projeto Alunos Autores teve um alto comprometimento dos docentes, que incentivaram seus alunos em sala de aula e acompanharam de perto cada estágio. O resultado é uma coletânea que expressa a diversidade cultural do estado e valoriza o protagonismo juvenil”, comentou.
O Projeto Alunos Autores conta com a participação das 14 Diretorias Regionais: Metropolitanas I, II, III, IV, V, VI e VII; Norte Fluminense; Serrana I e II; Baixadas Litorâneas; Centro-Sul, Noroeste Fluminense e Sul Fluminense.
Lançamento
A coletânea será editada pelo Grupo Eureka, parceiro da Seeduc-RJ no Projeto Educação do Amanhã. O lançamento está marcado para 18 de novembro, com uma tarde de autógrafos no Espaço Veneza, no Rio de Janeiro, em um momento de celebração. Os exemplares serão distribuídos a alunos e bibliotecas. Além da versão impressa, será disponibilizado também um e-book.