Show de Nana Caymmi em comemoração aos 15 anos da Folha da Manhã - 1993
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Arquivo Folha da Manhã
O corpo da cantora Nana Caymmi foi velado na manhã desta sexta-feira (2) no Theatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro. Depois, seguiu para o Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul, e, por volta das 14h, amigos e familiares se despediram da estrela da música brasileira durante sepultamento. Em dezembro de 1993, Nana fez o show em comemoração aos 15 anos da Folha da Manhã.
Nana morreu nessa quinta-feira (1º), aos 84 anos, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul do Rio, onde deu entrada em julho de 2024 para tratar uma arritmia cardíaca. Segundo o hospital, a morte se deu em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos.
Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941 – fez aniversário dois dias antes de morrer –, a carioca cresceu em uma família de músicos: era filha de Dorival Caymmi com Stella Maris, e irmã de Danilo Caymmi e Dori Caymmi.
Nana Caymmi
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Foto: Divulgação/ Lívio Campos
Dona de discografia pautada por extrema coerência na seleção de repertório, arranjadores e produtores musicais. Estreou na música ao lado do pai ainda adolescente, e, em 1960, durante um dueto na canção “Acalanto”, composta por Dorival quando ela ainda era bebê. Os versos viraram canção de ninar crianças por todo o Brasil: “Boi, boi, boi / Boi da cara preta / Pega essa menina que tem medo de careta”.
A diretora presidente do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa, lamentou a morte da artista e falou sobre a apresentação de Nana, que estava acompanhada dos irmãos, no show dos 15 anos da Folha.
“Eu a conheci, pessoalmente, em 1993, por ocasião do show dos 15 anos da Folha da Manhã, no palco do Cine Goitacá, que reuniu todos os filhos do imortal Dorival Caymmi, um dos maiores expoentes da Música Popular Brasileira, com a chancela da Petrobras. Realmente foi um belíssimo show para muitas pessoas, que ficou marcado na história da Folha da Manhã, onde pude conhecer Nana mais de perto e onde nasceu uma amizade a toda belíssima família Caymmi. Triste a sua partida da vida terrena. Mas, com certeza, ela estará com sua majestosa voz entoando acalantos no palco do céu. Até, Nana!”, disse Diva.
Caixão com o corpo de Nana Caymmi deixa o Theatro Municipal
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Rogério fidalgo/AGNEWS
O músico Danilo Caymmi também destacou a importância da irmã para a música brasileira.
"Eu sinto como irmão, mas também como fã, como inúmeros fãs que a acompanhavam. A gente perdeu a grande intérprete Nana Caymmi", destacou Danilo.