Lula recebe primeiro-ministro da Índia no Alvorada após Cúpula dos Brics
Hevertton Luna 08/07/2025 13:40 - Atualizado em 08/07/2025 13:39
Lula recebe primeiro-ministro da Índia
Lula recebe primeiro-ministro da Índia / Ricardo Stuckert/ Presidência da República
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi nesta terça-feira (8), no Palácio da Alvorada. Os líderes realizaram a reunião, em Brasília, após participarem da cúpula do Brics no Rio de Janeiro. Brasil e Índia estão entre os fundadores do bloco que reúne países de economias emergentes.

Em uma rede social, Lula publicou mensagem mencionando as afinidades entre os dois países.

"Brasil e Índia são nações irmãs, que possuem interesses comuns no desenvolvimento do Sul Global", escreveu Lula.

Ao fim do encontro, Lula e Modi devem fazer uma declaração à imprensa e assinar uma série de atos, entre os quais um sobre a parceria digital, com foco em infraestrutura pública digital, inteligência artificial, tecnologias emergentes e governança digital.

Segundo o Itamaraty, a pauta do encontro também incluiu a COP 30, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre clima, que será realizada em novembro em Belém, no Pará.

Lula busca apoio de outros líderes para que o encontro tenha resultados concretos nas políticas de combate às mudanças climáticas.

Relações diplomáticas

A visita de Modi ao Brasil marca os 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países e segue uma das linhas da política externa de Lula, que defende ampliar o comércio com a Ásia, em especial diante da guerra tarifária travada pelos Estados Unidos.

A reunião no Alvorada ocorre em meio a um novo capítulo na tensão com o presidente americano Donald Trump, que ameaçou impor uma tarifa adicional de 10% “qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics”.

Lula comentou a declaração em entrevista na segunda-feira (7). Para ele, trata-se de uma atitude equivocada, pois o presidente dos EUA não deve fazer ameaças a outros países pelas redes sociais. "Não queremos imperador", disse Lula.

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