Analiel Vianna: "Percebi humildade da prefeita"
Cláudio Nogueira, Gabriel Torres e Hevertton Luna 19/07/2025 08:52 - Atualizado em 19/07/2025 08:52
Vereador Analiel Vianna
Vereador Analiel Vianna / Reprodução rede social
“Se eu tivesse peso na balança de decidir para um lado a maioria na Câmara, ou para o outro, talvez não aceitaria o convite”. Foi o que disse o vereador de São João da Barra, Analiel Vianna (PL), entrevistado desta sexta-feira (18) no programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Ele comentou sua chegada à base da prefeita Carla Caputi (União), depois de ter sido eleito de forma independente em 2024, analisou o governo da chefe do Executivo e a presidência de Sônia Pereira (PT) na Câmara de Vereadores. No segundo mandato, o parlamentar também abordou problemas enfrentados pelo município, como a distribuição de água potável pela Cedae e o avanço do mar em Atafona, além da sonhada construção do hospital municipal. Por fim, projetou a eleição de 2026 no Rio e no país.
Entrada na base – “Ela (Carla Caputi) tinha feito 12 vereadores, só eu não tinha sido eleito. Ali me mostrou, de uma forma muito saudável, que ela não precisava do meu voto para nada, nem para eleger presidente, nem para votar qualquer matéria. Percebi humildade e sinceridade da prefeita, afinal, se eu tivesse um peso na balança de decidir para um lado a maioria na Câmara, para um lado ou para o outro, talvez eu não aceitaria o convite.”

Cobranças – “A gente sempre emitiu muito ofício, muitas cobranças, porque a gente está na rua. A cobrança não é que você seja oposição, que você queira ver o governo mal. Às vezes, não. Todas as vezes que você cobra, você alerta o governo. Olha, nós estamos falhando nesse ponto.

Avanços do governo – “Hoje, avalio esses primeiros 180 dias da prefeita Carla Caputi com muita boa vontade. Alguns avanços, entregas de postos de saúde, que a gente precisava avançar. Fica aqui o meu apelo para que logo comece a obra do posto de saúde de Mato Escuro, que é a nossa comunidade.”

Primeiro mandato – “Essa emenda impositiva acho que foi o principal avanço do nosso primeiro mandato e que agora os vereadores desse mandato estão colhendo frutos e de todos os outros mandatos que vierem pela frente vai ter aquela participação daquele grupo de coragem que se posicionou e fez acontecer esses avanços.”

Nota para prefeita – “7. Sete passa de ano. Mas prefeita Carla Caputi, quero, no final desse mandato, aumentar essa nota. Eu tenho certeza que, com toda a humildade do mundo, eu posso contribuir para isso também, junto com meus colegas vereadores, com o seu vice-prefeito. Com a sua boa vontade, a gente avançar muito para a gente melhorar essa nota.”

Presidência de Sônia Pereira – “Agora vem aquele toque feminino, um toque diferente da Sônia, que vê a Câmara de um outro ângulo. Soninha é um nome que conseguiu agrupar esses vereadores de uma forma muito saudável. O diálogo dela é muito favorável com todos os treze vereadores dessa Câmara. Nota 8 para a Soninha.”
Força do Legislativo – “O vereador ele não é o Executivo, ele não faz acontecer, ele não executa a obra ou o determinado serviço. Mas, na verdade, quando a gente criou a emenda impositiva, ele se tornou protagonista.”

Avanço do mar – “Isso impacta na captação de água potável porque a água salgada consegue vencer a força com o rio e chega até a captação de água da Cedae, que fica ali na sede de São João da Barra. E isso também impacta o fornecimento de água potável. É um problema que não atinge só o avanço do mar em Atafona, mas atinge também a água potável.

Cedae – “A gente precisa avançar nesse sentido. Não pode ter a Cedae, que não tem obrigações de avanço, vai fazendo feijão com arroz ali. E segundo o pessoal da Cedae, eles tomam prejuízo todo mês, mas eles também não querem sair, eles não querem abrir mão.”

Privatização da água – “Pior do que ter conta é não ter água. Imagine que você quer ter a água e você não tem. Então, a gente precisa trabalhar, a gente precisa buscar pontos de equilíbrio nessa situação. Uma tarifa social até certo volume de consumo, você paga uma taxa social. Passou desse volume, você passa a uma taxa um pouco mais elevada, mais normal para os padrões.”

Verbas para o hospital – “Todos os vereadores aderiram, abraçaram e destinaram as emendas. Eu destinei quase um milhão de reais para que possa ser atendido o nosso hospital. Eu acho que todos os vereadores, tenho certeza que indicaram a emenda da saúde para o hospital.”

Construção do hospital – “Vejo que construir e equipar não seria o grande problema da questão. A funcionalidade que eu acho que é bem mais complexa. Mas eu tenho certeza que a prefeita vai buscar pessoas que estejam capacitadas, preparadas na área para dar todo esse suporte. Eu não domino. A gente quer ver acontecer, mas acho que ela precisa de uma equipe já com expertise na área para que possa conduzir até essa funcionalidade do hospital.”

Foco na região – “Se eles conseguirem administrar todo esse impasse, eu acho que seria muito bom trazer o foco do Estado para a nossa região. Eu acho que a gente pode colher vários frutos, tanto de Rodrigo quanto de Wladimir, duas figuras importantíssimas no cenário. Mas eu torço que eles consigam conduzir da melhor forma possível isso e que a nossa região saia ganhando.”

Campistas na disputa – “Vejo com muito bons olhos tanto o Rodrigo quanto o Wladimir. Eles me parecem ser dois protagonistas hoje na disputa ao Palácio Guanabara.”

Atitude de Bacellar – “O Rodrigo, eu acho que ele tem as atitudes dele. Como é que ele consegue conduzir a Alerj e ter 70 votos, 100% do voto da Alerj, algo inédito que aconteceu. Ao mesmo tempo ele foi muito agressivo nesse momento, onde ele estava na cadeira interina, quando a Cláudio Castro não estava no país, e tomou uma atitude que, assim, a gente olhando de fora me parece precipitada.”

Vagas na Alerj – “Rodrigo vai disputar a eleição da majoritária. Não sei como que vai se compor depois de toda essa situação que aconteceu com os Reis. Mas os outros três acredito que consigam se reeleger e manter o nosso Norte Fluminense forte na Alerj. Vou ajudar muito o deputado Bruno Dauaire.”

Eleição do Senado – “Acho que dá para dobrar e a direita pode sim fazer dois senadores. Já tem um de direita, que é o Romário, que é até do PL. E agora fazer mais dois, reeleição de Flávio e mais um. Eu acho que é uma grande possibilidade disso acontecer. Se fosse apenas um voto, o Flávio dominaria.”

Deputado federal – “A federal vou apoiar a Dani Cunha. É uma menina jovem que nos abraçou, principalmente nas minhas dificuldades agora. Conseguiu alinhar o partido, conseguiu me ajudar no momento mais difícil da minha campanha, já tinha ajudado ela da outra vez e continuarei ajudando a Dani.”

Eleição a presidente – “O Brasil está muito polarizado e vai depender do poder de convencimento, digamos, direita e esquerda, para poder pender essa balança para um lado, para que possa convencer, conquistar esses votos ali do meio termo, que não é nem direita nem esquerda.”

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