Júllia Alves
21/09/2025 10:06 - Atualizado em 21/09/2025 14:53
Manifestantes reunidos em Campos
Manifestantes começam a ocupar a Câmara dos Vereadores de Campos
Manifestação contra o projeto de anistia aos condenados por atos golpistas e à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição, chamada PEC da Blindagem, está sendo realizada neste domingo (21), em Campos, em diversas cidades do Brasil. A partir das 9h, representantes de partidos políticos, entidades e população em geral se reuniram em frente à Câmara Municipal.
O chamado Ato de 21 de setembro conta com a participação de representantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), União da Juventude Comunista (UJC), Levante Popular da Juventude, Juventude Travessia do Sindicato dos Petroleiros Norte Fluminense (Sindicato NF), RUA Juventude Anticapitalista, Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Unidade Popular (UP), Juventude Pátria Livre (JPL) e Partido dos Trabalhadores (PT).
Danilo Dutra, presidente do PT-Campos
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Júlia ALves
O presidente do PT em Campos, Danilo Dutra, destacou que "é um ato nacional, que está acontecendo em várias capitais, para denunciar o absurdo que foi a aprovação da PEC da Bandidagem. Os políticos desse país querendo aprovar uma casta que não pode ser investigada".
Professor Raúl Palacio, militante do Partido dos Trabalhadores, afirmou que os polítcos precisam votar as demandas do povo. "A importância do movimento de hoje é para demonstrar que a pauta da anistia e a PEC da Bandidagem não podem ser aprovadas. O povo está na rua em defesa de seus direitos", explicou Palacio.
O aposentado Maurício Sarmet comentou sobre a importância da realização da manifestação e do foco em projetos que importam para a sociedade. "Devemos mostrar aos políticos desavergonhados, que votaram essa PEC da Blindagem, que não é isso que o povo quer. O povo está preocupado com outras coisas, não está preocupado com a impunibilidade de parlamentares. Acho que o povo tem que se mobilizar realmente para mostrar o que quer", disse o manifestante.
O representante da União da Juventude Socialista (UJS) , Mário Sérgio, afirmou que o ato tem como objetivo conscientizar e mobilizar as pessoas para se unirem e darem importância à temas que afetam a população. "É muito importante a realização desse ato que a gente está fazendo com um objetivo muito central de conscientizar a nossa sociedade, principalmente a cidade de Campos. É um escracho com toda a sociedade de um país, que atualmente resiste aos trampos e barrancos para manter a sua estrutura democrática e, a partir desse processo muito importante, que é o indiciamento, o julgamento e agora a condenação do Bolsonaro em decorrência dos atentados de 8 de Janeiro", protestou Mário Sérgio.
Durante o ato, as pautas da escala 6x1 e a isenção do Imposto de Renda (IR) foram reividicadas pelos manifestantes. "Um, dois, três, quatro, cinco mil, aprova essa Pec ou paramos o Brasil", cantaram os manifestantes sobre a questão do IR.
Na última quinta-feira (17), a Câmara dos Deputados aprovou a urgência para um projeto de anistia. No entanto, o Senado não recebeu bem a proposta que dificulta as investigações contra congressistas e a tendência é que a PEC fique engavetada.
Outras cidades
Em São Paulo, manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista. O ato começou às 14h e foi convocado nas redes sociais por movimentos de esquerda.
Os participantes gritam palavras de ordem contra a anistia e carregam placas e cartazes. Eles também estenderam uma bandeira gigante do Brasil, em contraste com o bandeirão dos Estados Unidos exibido por bolsonaristas no mesmo local, durante o ato do 7 de setembro.
Manifestantes fazem protesto, em SP, contra a PEC da Blindagem e o Projeto de Anistia
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Reprodução/TV Globo
No Rio de Janeiro, manifestantes se reúnem na orla da Praia de Copacabana, na zona sul do Rio. Gritos de “sem anistia” e “Bolsonaro na prisão” eram dados a todo momento, mesmo antes do início oficial da manifestação, que está previsto para às 15h. show gratuito de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, que prometem cantar juntos sobre um trio elétrico que partirá do Posto 5.
Na capital federal, os manifestantes se concentraram em frente ao Museu Nacional da República, na via S1, por volta das 10h. A partir das 11h30, o grupo seguiu em marcha até a altura da Avenida José Sarney, nas proximidades do Congresso Nacional.