Alexandre Buchaul e Jefferson de Azevedo: Eleições 2026 e esquerda x direita
Aluysio Abreu Barbosa, Cláudio Nogueira, Aluysio Abreu Barbosa, Cláudio Nogueira, Gabriel Torres e Hevertton Luna 11/10/2025 08:56 - Atualizado em 11/10/2025 09:41
Alexandre Buchaul e Jefferson de Azevedo
Alexandre Buchaul e Jefferson de Azevedo / Divulgação
O odontólogo Alexandre Buchaul (Novo) e o professor Jefferson de Azevedo (PT), ambos ex-candidatos a prefeito de Campos em 2024, foram os entrevistados desta sexta-feira (10) no programa Folha no Ar, da Rádio Folha FM 98,3. Eles comentaram a possibilidade de concorrer no próximo pleito e projetaram o cenário estadual para deputado, governador e senador, além das chances dos campistas na disputa. Por fim, analisaram o momento do governo Lula 3 e a conjuntura para a eleição presidencial de 2026.
Pré-candidatura para 2026

Alexandre Buchaul – “É uma possibilidade, sempre. Quem se envolve com política é sempre pré-candidato a alguma coisa, mas não dá para ter certeza com uma distância tão grande, pelo menos para mim. Eu preciso construir muito nesse caminho até lá, o partido precisa se posicionar em termos de nominata, como é que essa nominata vai ser montado. Mas estou sempre na beirada do campo com o meião alto e aquecido.”

Jefferson de Azevedo – “Apesar de estar sempre muito motivado e comprometido com a nossa cidade, com o nosso país, isso também não está nos meus planos em 2026, vir como pré-candidato. Isso não significa que não possa acontecer, mas neste momento não está na minha construção. Estou retomando a minha caminhada como docente, como pesquisador no Instituto Federal Fluminense, trabalhando temas importantíssimos da inteligência artificial, o impacto no mundo do trabalho, o impacto na educação, na formação das pessoas.”

Projeção a deputado

Alexandre Buchaul – “No combo Campos e São João da Barra, a gente teria condição de fazer entre quatro e cinco deputados estaduais. Federal um com certeza e o segundo talvez, aí eu concordo com o Jefferson nessa colocação, que a gente com certeza elege um federal. Provavelmente esse federal do governo municipal de Campos. O candidato a deputado federal que for apoiado por Wladimir vai ser eleito. Ou, se for ele mesmo, vai ser eleito. E a gente tem chance de fazer um segundo. E estadual eu acredito que também que a máquina da Prefeitura vai fazer muita diferença. A gente tem uns três ou quatro deputados ligados ao governo municipal e pode ter um ou dois de outros grupos políticos.”

Jefferson de Azevedo – “Campos tem potencial para ter de dois a três estaduais, eu acho que isso é algo muito razoável para o nosso colégio eleitoral e para atingir aqui a região. E federal, um, com muita certeza é possível. Nós já tivemos vários aqui. Mas quem sabe ter um segundo, que além de ter uma perspectiva local, possa ter uma perspectiva regional. E quem sabe ter um segundo, se não daqui, mas muito próximo da nossa cidade, aqui da nossa região.”

Eleição a governador

Alexandre Buchaul – “O Eduardo Paes é o franco favorito ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Os demais candidatos ainda vão avançar em campanha, avançar em trabalho de rua e avançar na desconstrução do Eduardo Paes. Então, isso tem um ano de trabalho para mudar alguma coisa até lá. A capital e o entorno do Rio de Janeiro tem 60% mais ou menos dos eleitores do Estado. Isso favorece bastante o Eduardo Paes, que tem grande visibilidade e esses municípios do grande Rio, todos ligados de alguma forma ao Rio de Janeiro, ao prefeito, que é quase um governador já para essa região. Isso faz com que ele saia na frente, obviamente. Uma projeção muito grande, visibilidade muito grande, reeleito com uma avaliação muito boa no Rio de Janeiro. O Flávio não acredito que ele vá ser candidato a governador, porque o cálculo político envolve muitas variáveis. A variável pesquisa é uma delas, mas a variável que acredito que faça mais diferença no cálculo político é o medo de ficar sem mandato.”

Jefferson de Azevedo – “Acho que o Eduardo Paes está surfando, é uma pessoa muito habilidosa. Eu fico muito impressionado. Lógico que teve muito recurso de dinheiro federal ali investido, mas ele foi muito ousado em muitas ações na cidade do Rio de Janeiro. É reconhecido por isso lá, e acho que tem esse background de outras eleições. Ele se candidatou ao governo também e foi para o segundo turno. Então é uma pessoa que, para mim, parece que se tudo continuar nesse ritmo, se não houver grandes cataclismas, que são muito comuns no Brasil e no Estado, acho que ele tem uma força muito grande. Além de um governo do Estado muito ruim.”

Garotinhos e Bacellar

Alexandre Buchaul – “Negar a força desses grupos políticos é negar a realidade. A gente tem grupos políticos muito fortes, locais. E no xadrez em que eles jogam, são os donos do tabuleiro aqui na região, mas também são peças de tabuleiros de jogadores maiores que eles. Então, por mais que as nossas decisões dependam das decisões deles, as decisões deles também dependem de outros atores que decidem acima deles.”

Jefferson de Azevedo – “São duas forças políticas que tem aqui. O atual prefeito, Wladimir, e também o presidente da Alerj, o Bacellar. Essas são duas grandes forças políticas e econômicas aqui no campo político. Eu, do ponto de vista do Wladimir, eu sempre tenho muita cautela, porque sempre tem muita espuma. A gente não sabe o quanto da propaganda vai se tornar real. O produto sempre é vendido, sempre inflado. Então, começa sempre com as conversas que vai ser ouvido do Eduardo e não estou dizendo que não possa ser. Sempre em um patamar muito alto, e isso vai se esmorecendo.”

Eleição ao Senado

Alexandre Buchaul – “A eleição para o Senado está muito cristalizada também e reforça o argumento de que o Flávio não seria candidato a governador. É impossível alguém deixar um cenário desse para o Senado e arriscar uma candidatura a governador. E o Cláudio Castro, apesar do governo mal avaliado e toda a situação que enfrenta, a visibilidade trazida pelo governo e os programas de governo, que acabam sendo executados em todo o Estado, levam ele a uma projeção boa para o Senado. No estado do Rio, aparentemente, a gente vai ter uma dobradinha de Flávio e Cláudio Castro. E aí resta saber o que os demais vão fazer, o Portinho, outros que aparentemente não tem condição de competir com os dois e vão acabar talvez escolhendo outros rumos. Uma saída do Portinho, por exemplo, desses 13% de intenção de voto que ele tem, migrariam para Flávio e para Castro, consolidando ainda mais o cenário que já existia. Eu não acredito que isso vai mudar no estado do Rio de Janeiro, não”

Jefferson de Azevedo – “Tenho uma admiração muito grande pelo Molon. Espero que os políticos consigam conversar para gente não tirar votos. Porque o Flávio já está meio que garantido, tudo indica até agora. Nesse momento, que a gente não perca a oportunidade, porque vai acontecer, talvez, o que foi dito aqui, vai um segundo, seja o Castro, seja o Potinho, que representa o mesmo espectro político. Eu acho que isso não é bom. Isso não é bom para o Estado. É importante porque cada um traz uma perspectiva, compromissos, prioridades. O segundo lugar eu vou trabalhar muito, dentro dos meus limites, para a Benedita da Silva. Acho que a Benedita, assim como o presidente Lula, que tem o retirante do Nordeste, que vai buscar oportunidade em uma cidade grande, em São Paulo, a Benedita é uma criança que nasceu numa favela do Rio de Janeiro, filha de uma senhora que lavava roupas para fora, de um pai pedreiro que vendeu limões e amendoins, coisas da criança pobre do Rio de Janeiro e que tem essa ascensão. Depois estudou, conseguiu se formar com toda a dificuldade que tem. E hoje eu vejo que a Benedita como se fosse o Lula do Rio de Janeiro.”

Polarização

Alexandre Buchaul - “Eu tenho uma preocupação muito grande com o discurso de que o outro quer acabar com a democracia, o outro quer eliminar o adversário. Só a gente lembrar que discursos desse tipo levam a facada, levam a tiro, levam o assassinato como foi no Charlie Kirk nos Estados Unidos. Levam também o assassinato da congressista democrata na Califórnia, porque o discurso de que o outro quer me eliminar, quer acabar comigo, é contra a democracia, leva ao indivíduo a reagir como se fosse um problema existencial.”

Jefferson de Azevedo - “A polarização é natural. Jesus Cristo polarizou com os fariseus, polarizou com o seu tempo, da pauta de costumes do seu tempo. Polarizar é normal, isso é saudável, não tem problema. O que não pode é eu querer matar o meu adversário, eliminar o meu adversário. Isso não pode, isso é guerra.”

Governo Lula

Alexandre Buchaul - “Lula vinha absolutamente perdido. O fator Janja prejudicou muito o Lula no início desse mandato dele. Ele vinha tendo um mandato perdido, sem conseguir fazer entrega, sem conseguir se relacionar com o Congresso. E um Congresso forte, ele é bom para a democracia. A gente pode eleger melhores representantes do Congresso, mas é importante um Congresso forte. Um Congresso fraco, um Judiciário fraco, e um Executivo absurdamente forte remete a uma situação ditatorial não harmônica, como se pensou na tripartição dos poderes. Mas o Lula havia perdido. A gastança da Janja, as viagens, as imagens, a forma como ela se selecionava.

Jefferson de Azevedo – “Eu acredito que a consequência de muitas políticas do governo federal vão ter repercussões ao longo de agora para diante. É normal, você constrói, reorganiza o país ou a gestão e consegue então implementar suas ações no terceiro e quarto ano. Qualquer governo, em qualquer lugar se mostra. O primeiro e segundo ano são construções ainda de consequências do anterior e uma virada. Então, eu acho que tem algumas políticas importantes que vão dar bons frutos e é possível que, inclusive, a rejeição do presidente Lula caia e a aprovação aumente.”

Eleição a presidente

Alexandre Buchaul – “Hoje, no cenário atual, Lula é favorito. Daqui a um ano, as coisas podem começar a mudar. Temos ainda Caiado, pouco conhecido. Temos o Zema, pouco conhecido e com baixa rejeição. Temos ainda a expectativa de crescimento de Tarcísio e de Ratinho Júniore e não vão ser todos candidatos. Então, existe uma tendência lá na frente que alguns desses saiam e fortaleçam uma candidatura de direita. Se for única ou duas, enfim, que se vierem, para se ter um segundo turno. E aí um segundo turno bastante disputado.”

Jefferson de Azevedo – “Todos têm a clareza hoje que a disputa do ano que vem vai ser tão difícil quanto a de 2022. Mas eu queria dizer que, para mim, a reação do governo Lula começa no início do ano, quando decide fazer o enfrentamento a representação do Congresso Nacional, que faz tanto mal ao Brasil, do ponto de vista do combate às desigualdades. Ali, eu acho que deixou um pouco de cair. Eu fui reitor na época do Temer e do Bolsonaro, e eu vi, testemunhei, pelo papel de estar sempre em Brasília, como o Executivo foi ficando de joelhose e acho que o governo Bolsonaro ficou de cócoras, porque o Congresso Nacional cresceu muito. Quando o próprio Temer começou a ter a possibilidade de ter o processo de impeachment, ele começou a fazer ainda mais concessões ao Congresso”. 
Pré-candidatura para 2026
Alexandre Buchaul – “É uma possibilidade, sempre. Quem se envolve com política é sempre pré-candidato a alguma coisa, mas não dá para ter certeza com uma distância tão grande, pelo menos para mim. Eu preciso construir muito nesse caminho até lá, o partido precisa se posicionar em termos de nominata, como é que essa nominata vai ser montado. Mas estou sempre na beirada do campo com o meião alto e aquecido.”
Jefferson de Azevedo – “Apesar de estar sempre muito motivado e comprometido com a nossa cidade, com o nosso país, isso também não está nos meus planos em 2026, vir como pré-candidato. Isso não significa que não possa acontecer, mas neste momento não está na minha construção. Estou retomando a minha caminhada como docente, como pesquisador no Instituto Federal Fluminense, trabalhando temas importantíssimos da inteligência artificial, o impacto no mundo do trabalho, o impacto na educação, na formação das pessoas.”
Projeção a deputado
Alexandre Buchaul – “No combo Campos e São João da Barra, a gente teria condição de fazer entre quatro e cinco deputados estaduais. Federal um com certeza e o segundo talvez, aí eu concordo com o Jefferson nessa colocação, que a gente com certeza elege um federal. Provavelmente esse federal do governo municipal de Campos. O candidato a deputado federal que for apoiado por Wladimir vai ser eleito. Ou, se for ele mesmo, vai ser eleito. E a gente tem chance de fazer um segundo. E estadual eu acredito que também que a máquina da Prefeitura vai fazer muita diferença. A gente tem uns três ou quatro deputados ligados ao governo municipal e pode ter um ou dois de outros grupos políticos.” 
Jefferson de Azevedo – “Campos tem potencial para ter de dois a três estaduais, eu acho que isso é algo muito razoável para o nosso colégio eleitoral e para atingir aqui a região. E federal, um, com muita certeza é possível. Nós já tivemos vários aqui. Mas quem sabe ter um segundo, que além de ter uma perspectiva local, possa ter uma perspectiva regional. E quem sabe ter um segundo, se não daqui, mas muito próximo da nossa cidade, aqui da nossa região.”
 Eleição a governador
Alexandre Buchaul – “O Eduardo Paes é o franco favorito ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Os demais candidatos ainda vão avançar em campanha, avançar em trabalho de rua e avançar na desconstrução do Eduardo Paes. Então, isso tem um ano de trabalho para mudar alguma coisa até lá. A capital e o entorno do Rio de Janeiro tem 60% mais ou menos dos eleitores do Estado. Isso favorece bastante o Eduardo Paes, que tem grande visibilidade e esses municípios do grande Rio, todos ligados de alguma forma ao Rio de Janeiro, ao prefeito, que é quase um governador já para essa região. Isso faz com que ele saia na frente, obviamente. Uma projeção muito grande, visibilidade muito grande, reeleito com uma avaliação muito boa no Rio de Janeiro. O Flávio não acredito que ele vá ser candidato a governador, porque o cálculo político envolve muitas variáveis. A variável pesquisa é uma delas, mas a variável que acredito que faça mais diferença no cálculo político é o medo de ficar sem mandato.”
Jefferson de Azevedo – “Acho que o Eduardo Paes está surfando, é uma pessoa muito habilidosa. Eu fico muito impressionado. Lógico que teve muito recurso de dinheiro federal ali investido, mas ele foi muito ousado em muitas ações na cidade do Rio de Janeiro. É reconhecido por isso lá, e acho que tem esse background de outras eleições. Ele se candidatou ao governo também e foi para o segundo turno. Então é uma pessoa que, para mim, parece que se tudo continuar nesse ritmo, se não houver grandes cataclismas, que são muito comuns no Brasil e no Estado, acho que ele tem uma força muito grande. Além de um governo do Estado muito ruim.”
 Garotinhos e Bacellar
Alexandre Buchaul – “Negar a força desses grupos políticos é negar a realidade. A gente tem grupos políticos muito fortes, locais. E no xadrez em que eles jogam, são os donos do tabuleiro aqui na região, mas também são peças de tabuleiros de jogadores maiores que eles. Então, por mais que as nossas decisões dependam das decisões deles, as decisões deles também dependem de outros atores que decidem acima deles.” 
Jefferson de Azevedo – “São duas forças políticas que tem aqui. O atual prefeito, Wladimir, e também o presidente da Alerj, o Bacellar. Essas são duas grandes forças políticas e econômicas aqui no campo político. Eu, do ponto de vista do Wladimir, eu sempre tenho muita cautela, porque sempre tem muita espuma. A gente não sabe o quanto da propaganda vai se tornar real. O produto sempre é vendido, sempre inflado. Então, começa sempre com as conversas que vai ser ouvido do Eduardo e não estou dizendo que não possa ser. Sempre em um patamar muito alto, e isso vai se esmorecendo.” 
Eleição ao Senado
Alexandre Buchaul – “A eleição para o Senado está muito cristalizada também e reforça o argumento de que o Flávio não seria candidato a governador. É impossível alguém deixar um cenário desse para o Senado e arriscar uma candidatura a governador. E o Cláudio Castro, apesar do governo mal avaliado e toda a situação que enfrenta, a visibilidade trazida pelo governo e os programas de governo, que acabam sendo executados em todo o Estado, levam ele a uma projeção boa para o Senado. No estado do Rio, aparentemente, a gente vai ter uma dobradinha de Flávio e Cláudio Castro. E aí resta saber o que os demais vão fazer, o Portinho, outros que aparentemente não tem condição de competir com os dois e vão acabar talvez escolhendo outros rumos.  Uma saída do Portinho, por exemplo, desses 13% de intenção de voto que ele tem, migrariam para Flávio e para Castro, consolidando ainda mais o cenário que já existia. Eu não acredito que isso vai mudar no estado do Rio de Janeiro, não”
Jefferson de Azevedo – “Tenho uma admiração muito grande pelo Molon. Espero que os políticos consigam conversar para gente não tirar votos. Porque o Flávio já está meio que garantido, tudo indica até agora. Nesse momento, que a gente não perca a oportunidade, porque vai acontecer, talvez, o que foi dito aqui, vai um segundo, seja o Castro, seja o Potinho, que representa o mesmo espectro político. Eu acho que isso não é bom. Isso não é bom para o Estado. É importante porque cada um traz uma perspectiva, compromissos, prioridades. O segundo lugar eu vou trabalhar muito, dentro dos meus limites, para a Benedita da Silva. Acho que a Benedita, assim como o presidente Lula, que tem o retirante do Nordeste, que vai buscar oportunidade em uma cidade grande, em São Paulo, a Benedita é uma criança que nasceu numa favela do Rio de Janeiro, filha de uma senhora que lavava roupas para fora, de um pai pedreiro que vendeu limões e amendoins, coisas da criança pobre do Rio de Janeiro e que tem essa ascensão. Depois estudou, conseguiu se formar com toda a dificuldade que tem. E hoje eu vejo que a Benedita como se fosse o Lula do Rio de Janeiro.” 
Polarização
Alexandre Buchaul - “Eu tenho uma preocupação muito grande com o discurso de que o outro quer acabar com a democracia, o outro quer eliminar o adversário. Só a gente lembrar que discursos desse tipo levam a facada, levam a tiro, levam o assassinato como foi no Charlie Kirk nos Estados Unidos. Levam também o assassinato da congressista democrata na Califórnia, porque o discurso de que o outro quer me eliminar, quer acabar comigo, é contra a democracia, leva ao indivíduo a reagir como se fosse um problema existencial.” 
Jefferson de Azevedo - “A polarização é natural. Jesus Cristo polarizou com os fariseus, polarizou com o seu tempo, da pauta de costumes do seu tempo. Polarizar é normal, isso é saudável, não tem problema. O que não pode é eu querer matar o meu adversário, eliminar o meu adversário. Isso não pode, isso é guerra.”
Governo Lula
Alexandre Buchaul - “Lula vinha absolutamente perdido. O fator Janja prejudicou muito o Lula no início desse mandato dele. Ele vinha tendo um mandato perdido, sem conseguir fazer entrega, sem conseguir se relacionar com o Congresso. E um Congresso forte, ele é bom para a democracia. A gente pode eleger melhores representantes do Congresso, mas é importante um Congresso forte. Um Congresso fraco, um Judiciário fraco, e um Executivo absurdamente forte remete a uma situação ditatorial não harmônica, como se pensou na tripartição dos poderes. Mas o Lula havia perdido. A gastança da Janja, as viagens, as imagens, a forma como ela se selecionava.  
 Jefferson de Azevedo – “Eu acredito que a consequência de muitas políticas do governo federal vão ter repercussões ao longo de agora para diante. É normal, você constrói, reorganiza o país ou a gestão e consegue então implementar suas ações no terceiro e quarto ano. Qualquer governo, em qualquer lugar se mostra. O primeiro e segundo ano são construções ainda de consequências do anterior e uma virada. Então, eu acho que tem algumas políticas importantes que vão dar bons frutos e é possível que, inclusive, a rejeição do presidente Lula caia e a aprovação aumente.” 
Eleição a presidente
Alexandre Buchaul – “Hoje, no cenário atual, Lula é favorito. Daqui a um ano, as coisas podem começar a mudar. Temos ainda Caiado, pouco conhecido. Temos o Zema, pouco conhecido e com baixa rejeição. Temos ainda a expectativa de crescimento de Tarcísio e de Ratinho Júniore e não vão ser todos candidatos. Então, existe uma tendência lá na frente que alguns desses saiam e fortaleçam uma candidatura de direita. Se for única ou duas, enfim, que se vierem, para se ter um segundo turno. E aí um segundo turno bastante disputado.”
Jefferson de Azevedo – “Todos têm a clareza hoje que a disputa do ano que vem vai ser tão difícil quanto a de 2022. Mas eu queria dizer que, para mim, a reação do governo Lula começa no início do ano, quando decide fazer o enfrentamento a representação do Congresso Nacional, que faz tanto mal ao Brasil, do ponto de vista do combate às desigualdades. Ali, eu acho que deixou um pouco de cair. Eu fui reitor na época do Temer e do Bolsonaro, e eu vi, testemunhei, pelo papel de estar sempre em Brasília, como o Executivo foi ficando de joelhose e acho que o governo Bolsonaro ficou de cócoras, porque o Congresso Nacional cresceu muito. Quando o próprio Temer começou a ter a possibilidade de ter o processo de impeachment, ele começou a fazer ainda mais concessões ao Congresso”. 

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