PT instaura Comissão de Ética para 'apurar e punir' deputada que contrariou orientação em votação que livrou Bacellar da prisão
11/12/2025 09:42 - Atualizado em 11/12/2025 09:42
Carla Machado e Rodrigo Bacellar
Carla Machado e Rodrigo Bacellar / Foto: Reprodução redes sociais
O Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro anunciou que irá instaurar uma Comissão de Ética para analisar o voto da deputada Carla Machado, que contrariou a orientação da sigla na sessão da segunda-feira (8) da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj). A deputada foi a única da bancada petista a votar pela revogação da prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil).
Na nota divulgada nessa quarta-feira (10), o PT afirma que a decisão de Carla Machado representa uma “reiterada desconsideração das orientações partidárias” e que isso “fragiliza a unidade do PT e compromete a confiança necessária à ação política conjunta”.

O partido destacou ainda que, “respeitando o devido processo estatutário e assegurando à deputada a ampla defesa e o contraditório, o diretório instaurará Comissão de Ética para apurar e punir as transgressões às decisões e orientações partidárias”.

Entre as críticas à postura da deputada, o PT afirmou que “a construção partidária é coletiva e pressupõe compromisso com as deliberações democráticas do partido, a unidade programática e a coerência política”.
A Folha entrou em contato com a assessoria da deputada e aguarda um retorno. 
Confira a nota do PT:
Votação
A Alerj decidiu revogar a prisão de Bacellar por 42 votos a 21, com duas abstenções. O presidente da Assembleia foi preso no dia 3 de dezembro pela Polícia Federal durante a Operação Unha e Carne.

Segundo a PF, ele é suspeito de vazar informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que levou à prisão do então deputado estadual TH Joias.
Com informações do G1

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