A Igreja de Nossa Senhora do Terço, no centro de Campos, passou por uma vistoria da Defesa Civil Municipal, na última terça-feira (15). O pedido, para a inspeção no local, partiu do Conselho da Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam), que, agora, aguarda o relatório técnico. O departamento jurídico da Diocese de Campos também acompanhou os técnicos no prédio da igreja, que precisa de obras de restauração. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, também, já ajuizou uma ação civil pública para que o patrimônio histórico passe por processo de restauro.

A construção religiosa, na Rua Carlos de Lacerda, é tombada pela Coppam. A igreja foi construída por uma Irmandade Religiosa. No momento, a Diocese de Campos está na Justiça e move um processo para obter a posse da construção, em decorrência da morte de todos os membros da irmandade.

No dia 1º de abril, o pátio passou por capina, o que melhorou o aspecto de abandono, porém, o entulho proveniente da capina ainda não foi retirado. "Sobre os entulhos, os mesmos serão retirados após a Semana Santa. Devido a grande programação que acontece nesta semana, não houve condições de realizar a retirada do material", informa a assessoria da Diocese.

Em matéria recente da Folha da Manhã, o Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco, informou que diante da preocupação do restauro da Igreja de Nossa Senhora do Terço, caberiam algumas observações. "A referida Igreja precisa passar por obras de restauração, mas infelizmente não há recursos financeiros para todo o trabalho necessário, apenas medidas cautelares como as já realizadas. Todavia, vale ressaltar que sem o auxílio da iniciativa privada fica inviável a restauração da Igreja de Nossa Senhora do Terço. Também, a Diocese de Campos não pode ser responsabilizada pela situação atual do templo, pois a Mitra Diocesana não tinha a posse do prédio", explica.

Em 2020, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação civil pública em face da Mitra Diocesana de Campos para garantir a preservação da Igreja Nossa Senhora do Terço, imóvel que goza de proteção legal, estando inserido em área especial de interesse cultural (AEIC).

"A ação objetiva a condenação da instituição na realização das obras de conservação e restauração necessárias, seguindo projeto elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo Coppam. O MPRJ também se manifestou pela inclusão do Município de Campos dos Goytacazes no polo passivo do processo, em razão de seu dever subsidiário de preservação do bem", informou em nota o Ministério Público.