Dora Paula Paes
10/12/2025 07:46 - Atualizado em 10/12/2025 07:46
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A musicista e compositora Kalu Coelho lança sua coletânea de poesias “O silêncio é a música mais antiga do mundo” neste sábado (13), em Campos. Filha do professor e ex-vereador Hélio Coelho (falecido em 2023), a apresentação do seu trabalho poético será na Academia Campista de Letras (ACL), às 17h. A obra passeia pela dimensão existencial de uma mulher, a começar pelo silêncio e os atravessamentos da vida.
Lançado pela editora Patuá, ela está feliz com esse trabalho e já colhe reconhecimentos como do poeta e editor, Edson Cruz que escreveu sobre a obra: “O primeiro livro de poemas da musicista e compositora Kalu Coelho, ‘O silêncio é a música mais antiga do mundo’, traz toda a dimensão existencial de uma mulher que reconhece ser o silêncio - a pausa, a ausência aparente de som - a essência da própria música do mundo e da vida...”.
Como compositora,Kalu também escreve seu nome. Em 2013, gravou um disco considerado um grande trabalho na área musical.
“Totalmente autoral. Está em todas as plataformas, ganhou prêmio, meu disco saiu na capa do Guia Willie Whopper de Música Instrumental Brasileira no Japão, em 2018, como um dos melhores. Foi muito legal na minha trajetória como compositora e de lá para cá tenho algumas composições gravadas por outras pessoas. Como musicoterapeuta também venho transitando na área da saúde, trabalhando muito com crianças, crianças autistas”, conta.
Kalu, que reside em Armação de Búzios, também abre um parênteses para lembrar de outro livro que escreveu em 2015. Um diário de gravidez com pouca tiragem, que não tem em livrarias. De acordo com a poeta, esse diário não considera como seu primeiro livro. Ela deixa para “O silêncio é a música mais antiga do mundo” esse sentimento de sua primeira obra literária, agora, 10 anos depois, com chancela da editora Patuá, que é especializada em poesia.
“O diário foi um processo que meu pai me incentivou, que acompanhouo processo da minha gravidez”, se recorda e ainda discorre sobre saudade e luto.
“Com relação ao meu pai, esse foi o lugar onde a gente se encontrava muito, se afinava, esse lugar da arte, do pensamento, da sensibilidade, das coisas que também são indizíveis. Muitas coisas ele deixou pra mim, muitas coisas eu escrevitambém depois da ida dele. Uma maneira de elaborar o luto é escrever. Passa por tudo isso. Esse livro também traz muito esse tempo. Esse silêncio, esse lugar de entender a dimensão das coisas”, conclui Kalu.