Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Campos possui atualmente 176 mil pessoas ocupadas no mercado de trabalho e, desse total, 13 mil são servidores públicos estatutários. Nos dois primeiros meses do ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram criados 237 postos de trabalho, levando em consideração a queda em janeiro em virtude do fim do movimento das festas de fim de ano e a recuperação em fevereiro. De janeiro de 2021 a fevereiro de 2025, já são 14.484 postos de trabalho com carteira assinada.
O diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campos, o economista Ranulfo Vidigal, afirma que o setor de Serviços continua liderando o ranking, acumulando 601 novos postos de trabalho; seguido pela Construção Civil, com 31, e setor agropecuário com nove. A previsão é de que comércio e indústria se recuperem nos próximos meses, assim como o agropecuário com a proximidade da safra da cana-de-açúcar.
Além do fato positivo de estar cumprindo suas obrigações com os servidores e, consequentemente, fomentando a economia, o município de Campos também vem buscando parcerias e investindo em setores que contribuem para oxigenar a economia. São investimentos em Agricultura, Logística, Construção Civil e Infraestrutura. Campos também figura na liderança do ranking na abertura de novas empresas nas regiões Norte e Noroeste Fluminense.
De acordo com dados da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), nos primeiros dois meses deste ano, foram abertas 410 empresas. Desde o início do governo Wladimir Garotinho, em 2021, a Jucerja contabilizou a abertura de mais de 7 mil novas empresas no município. Ainda segundo a Jucerja, o município está no 6º lugar do ranking dos municípios do estado do Rio de Janeiro que mais abriram empresas. Acima de Campos, estão a capital, Rio de Janeiro, e os municípios de Niterói, Duque de Caxias, São Gonçalo e Nova Iguaçu. Em todo o ano de 2024, foram abertas 1.715 empresas.
O economista Ranulfo Vidigal ressalta que, atualmente, um grande empregador da região é o Porto do Açu e os empreendimentos ligados a ele. “Atualmente, 70% dos empregos desses empreendimentos estão associados a Campos, porque muitas pessoas moram aqui, consomem e utilizam da estrutura existente no município em diferentes setores, como saúde e educação, entre outros. Com isso, o município já vem investindo em sua estrutura para atender a essa crescente demanda”.
Outro destaque do economista é a qualificação da força de trabalho local. “Temos 25 mil universitários fazendo curso superior, além de outros grupos cursando pós-graduação, mestrado, doutorado e até pós-doutorado. Atualmente, também estamos com grande oferta de cursos de qualificação no setor offshore, mais recentemente, através do Programa Empregos Azuis, fortalecendo a mão de obra local para atender à demanda da indústria marítima e de óleo e gás. Esse incremento também é oriundo dos investimentos anunciados para a Bacia de Campos”.
Ranulfo destaca os fatores que contribuíram para esse desempenho positivo no mercado de trabalho campista e cita o processo de recuperação do nível de atividade econômica do setor privado na cidade. “Segundo os dados compilados pela Secretaria de Estado de Fazenda, enquanto em 2020, em função da pandemia, a cidade apresentava queda de 26% no seu ritmo de negócios, nos anos recentes de 2021, 2022 e no primeiro semestre de 2023, o nível de atividade no setor privado cresceu 34%”, explica.
O economista ressalta ainda o incremento da massa de salários ampliada, que é o somatório do valor das aposentadorias, pensões, salários de funcionários públicos municipais, estaduais e federais e salários de trabalhadores no setor privado local. “Pelo comportamento positivo da economia local incentivado pelos investimentos públicos em infraestrutura da Prefeitura que se refletem numa arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS), cujo crescimento soma 28%, na comparação entre o primeiro semestre de 2023, em relação ao mesmo período em 2022”, frisa Ranulfo Vidigal.