"Adrianinho" chegou a ser preso em 2014
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Foto: Arquivo Folha da Manhã
O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Campos condenou Adriano da Conceição e Lima, o “Adrianinho”, a 45 anos, três meses e 10 dias de prisão pela morte de Gilcilene Paes Pereira e da filha dela, Izabelle, que ocorreu em maio de 2014. O julgamento aconteceu nessa segunda-feira (8) no Fórum Maria Tereza Gusmão.
A prisão do criminoso, que está foragido, foi decretada pelo juiz Adones Henrique Silva Ambrósio Vieira, que presidiu o julgamento. O juiz recomenda que qualquer notícia sobre o paradeiro do condenado deve ser comunicada pelo número 190 ou pelo disque denúncia 181.
O crime aconteceu em maio de 2014, na residência das vítimas, localizada no Núcleo 04 do Assentamento Zumbi dos Palmares, em Campos. De acordo com a denúncia do Ministério Público, os crimes foram praticados após uma fútil discussão entre Gilcelene e Adriano durante a venda de um perfume, que resultou em agressões com pauladas e facadas. O corpo de Gilcelene foi abandonado no local do assassinato. Testemunha da morte da própria mãe, a filha da vítima, menor com apenas dez anos à época, foi golpeada na cabeça por Adriano – que não satisfeito, ainda ocultou o corpo da criança no fundo de um tanque de irrigação que fornecia água para animais da região. O cadáver só foi encontrado quatro dias depois.
“As consequências do delito são excepcionalmente severas e transcendem a mera perda de uma vida. A ação delituosa extinguiu um núcleo familiar, deixando um viúvo e pai, Ubirajara Francisco Barreto Laurindo, que não apenas perdeu sua esposa e sua única filha, mas também enfrentar o trauma perpétuo e indiscutível de reviver a memória desses fatos brutais pelo resto de sua vida. Esta consequência específica extremamente grave e impõe uma resposta penal mais severa do Estado” – escreveu o juiz na sentença.