Problemas na guarita e no Chafariz Belga, na Praça Quatro Jornadas, no Centro de Campos, exigem cuidados e manutenção. Moradores da área central apontam que a guarita foi vandalizada, segue sem manutenção, com aspecto sujo e com a porta quebrada. Já o Chafariz, um patrimônio cultural da cidade, está com água parada e em tom verde, com larva de mosquito e lixo, o que pode poliferar o mosquito da dengue e o avanço da doença.

"É, o chafariz está com essa água esverdeada, precisando de um reparo, mas com certeza eu espero que pela sabedoria das autoridades, que eu sei que a luta é grande, com certeza a prioridade é a Praça São Salvador. Estamos próximos do natal e as autoridades vão tomar providências quanto ao problema. Uma manutenção seria necessário, pois deste jeito, não pode ficar. Aqui é um local de passagem e muitas famílias frequentam essa área e com esse aspecto sujo acaba desvalorizando o centro da cidade", reclamou Magali Batista Dias, 79 anos, aposentada. 

O porteiro Anderson Rodrigues, de 37 anos, falou da importância de conservar o monumeto e fez um apelo para que não joguem lixo dentro do chafariz. Ele ainda citou que a cabine que faz parte do monumento histórico segue quebrada desde que houve algumas ações de vândalos. 

" Então precisa de um cuidado urgente, porque vai ficar até mais bonito aos olhos das pessoas que passam por aqui. Lembro, há um tempo, que a cabine foi arrombada por moradores de rua e ainda segue quebrada. No Chafariz é possível notar lixo, como por exemplo, sacos e garrafas plásticas. Ainda sem comentar o mau cheiro de urina e fezes no entorno do chafariz. Tem gente que faz as necessidades dentro do chafariz e mais, não satisfeitos, depredam o patrimônio de Campos. Eu venho na praça, é meu caminho para ir trabalhar, também venho me divertir com a família e sei como é lamentável observar todos esses problemas", finalizou Anderson.

A diretora do Museu Histórico de Campos, Graziela Escocard, comentou a história da Praça Quatro Jornadas e enfatizou a conservação do patrimônio Público, como cultura e conhecimento para população.
“O chafariz, tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam), é uma réplica de um dos 100 chafarizes que o descobridor da América, Cristóvão Colombo, mandou fabricar. Segundo registros da Prefeitura de Campos, só existem dois no mundo: um no município e o outro na Europa”, disse ela.

A fonte, importada da Bélgica, foi um presente para a cidade, oferecido ao primeiro prefeito de Campos, Manoel Rodrigues Peixoto, pela companhia inglesa Campos Syndicate Ltda. A inauguração foi realizada pelo segundo prefeito de Campos, Manuel Camillo Ferreira Landim, em 11 de outubro de 1906, em comemoração à Descoberta da América.

Atualmente, os quatro leões de bronze e as oito taças de cerâmica que compunham o chafariz foram furtados. A inauguração da última restauração ocorreu em dezembro de 2023, quando foi instalado o sistema de água dançante, que está desativado.

A Folha entrou em contato com a Prefeitura de Campos para saber o que tem sido feito para as melhorias e manutenção ao monumento.

Por meio de nota, a Superintendência de Limpeza Pública informou que uma das bombas do chafariz apresentou falha e queimou. O reparo já está previsto no planejamento da equipe e deve ser executado nos próximos dias.