PF prende dois sargentos da PMERJ por suspeitas de vazamento de operações contra crime organizado
08/12/2025 11:07 - Atualizado em 08/12/2025 11:07
Divulgação
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta segunda-feira (8), na Operação Tredo, 2 PMs suspeitos de vazar informações sobre operações policiais à cúpula do Comando Vermelho (CV). A ação foi realizada no Rio de Janeiro e em Mesquita. 

Um dos presos é o 2º sargento Rodolfo Henrique da Rosa, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), apontado como informante de Carlos da Costa Neves, o Gardenal, gerente-geral do tráfico no Complexo da Penha e responsável pela expansão da facção na Grande Jacarepaguá.

Da Rosa também era o responsável pela escalação das equipes do Bope que participam das operações. O outro preso é o policial militar Luciano da Costa Ramos Junior.

Agentes saíram para cumprir, no total, 11 mandados de prisão e 6 de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio de Janeiro.

Entre os procurados estão Gardenal e Edgar Alves de Andrade, o Doca, maior liderança do CV em liberdade.

A ação contou com apoio do Bope e da Corregedoria da PM.
Um ano de investigações
As investigações foram iniciadas a partir do compartilhamento de informações relacionadas à atuação de um militar da Marinha do Brasil no fornecimento de drones e no treinamento de integrantes do CV para utilização desse equipamento. A troca de informações foi autorizada judicialmente no âmbito da Operação Buzz Bomb, deflagrada pela PF em setembro de 2024.

“Com as informações obtidas, foi realizada nova investigação que culminou na identificação de policiais militares que repassavam informações a lideranças da organização criminosa em questão”, diz a PF.

“O objetivo era frustrar a atuação dos órgãos de segurança nessas áreas. Tal conduta permitia que os criminosos se organizassem previamente contra ações legítimas das forças policiais”, emendou.

Os investigados deverão responder pelos crimes de integrar organização criminosa armada, corrupção passiva e ativa, homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma e violação de sigilo funcional.

O termo que dá nome à operação, “tredo”, significa traidor, aquele que rompe a confiança de outrem agindo com falsidade e deslealdade.
Com informações do G1

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