Vereadores travam embate sobre situação do trânsito em Campos
Gabriel Torres 04/06/2025 21:36 - Atualizado em 04/06/2025 21:36
Sessão da Câmara de Vereadores
Sessão da Câmara de Vereadores / Foto: Rodrigo Silveira
A proibição do trânsito de carretas dentro da cidade de Campos foi tema de embate na sessão da Câmara de Vereadores desta quarta-feira (4). Os líderes da base do governo e da oposição, Juninho Virgílio (Podemos) e Marquinho Bacellar (União), discutiram a proibição e a demora na entrega da Estrada dos Ceramistas, que está em obras. Uma decisão judicial na noite desta quarta autorizou a circulação de caminhões de quatro eixos no perímetro urbano.
O tráfego de caminhões acima de quatro eixos foi proibido por um decreto da Prefeitura de Campos na segunda-feira (2), sob o argumento que os veículos têm causado transtornos à população e prejudicado o trânsito da cidade. Na manhã desta quarta-feira, caminhoneiros realizaram um protesto contra a proibição. A circulação foi autorizada por uma decisão da juíza Helenice Rangel Gonzaga, da 3ª Vara Cível de Campos, que atendeu pedido do Complexo Porto do Açu.
Na discussão entre os parlamentares, acusações mútuas de que a proibição e a demora na obra da Estrada dos Ceramistas tenham intenções eleitorais. O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), também foi citado. Vereadores da base cobram dele ajuda nas demandas do município, como a obra na Ceramistas, responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), órgão estadual.
O vereador Marquinho Bacellar criticou a proibição e o prefeito Wladimir Garotinho, que segundo ele estaria tentando pressionar o governo do Estado. Ele também afirmou que a atitude está prejudicando os caminhoneiros e disse que a Ceramistas tem previsão de entrega para o final de junho.
— Essa atitude de fechar a cidade é imatura e irresponsável, que vai dar problema sério. Quando eu estava na presidência (da Câmara), ele tentou botar uma pressão na LOA (em 2023). Não pego a pressão dele. Aí ele acha que essa pressão que ele está fazendo vai pegar no Estado, de fechar a cidade — disse Marquinho.
O líder do governo no Legislativo, Juninho Virgílio, usou o mesmo argumento, mas segundo ele o pressionado seria o prefeito de Campos. Ele citou a demora na entrega das obras da Estrada dos Ceramistas e a não utilização do sistema "Pare e siga", que permite a abertura parcial da rodovia.
— Falei aqui várias vezes, vamos esperar a eleição, que é ano que vem. Mas o que está parecendo é que estão usando a máquina do Estado para fazer já uma campanha antecipada com a intenção de sangrar o prefeito — falou Juninho.

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