Israel e Irã: conflito em escalada
Hevertton Luna 14/06/2025 08:39 - Atualizado em 14/06/2025 08:39
Ataques entre Israel e Irã mexem no tabuleiro mundial. Entre a noite de quinta-feira (12) e madrugada de sexta-feira (13), Israel bombardeou o Irã com mais 100 drones. Em resposta, a defesa iraniana enviou um ataque de mísseis as cidades Tel Aviv e Jerusalém. Após as investidas militares, o valor do petróleo e as ações da Petrobrás subiram, os aumentos interferem diretamente nos repasse de royalties para Campos e região. Prefeito de Macaé, Welberth Resende está em Israel aguardando embaixada brasileira retirá-lo do país.

Impacto no Norte Fluminense
O escalonamento do conflito entre os países do Oriente Médio resultou no aumento de quase 7% nesta sexta-feira (13), negociados próximos das máximas em meses. Por volta das 11h, o barril tipo Brent (referência global) subia 6,59% e chegou a ser negociado por 73,93 dólares. No Brasil, ações da Petrobras registraram alta de 2,46%, com valor de R$ 32,53.
A principal preocupação é se os recentes acontecimentos afetarão o Estreito de Ormuz, por onde transita cerca de um quinto do consumo global de petróleo. A hidrovia já vinha sendo considerada vulnerável devido à crescente instabilidade regional, mas até o momento não foi afetada. O fluxo de petróleo na região também segue inalterado.
Com estas valorizações, os municípios produtores de petróleo podem ter aumentos nos valores na distribuição de royaltes.
Wellington Abreu, superintendente de Petróleo e Gás de São João da Barra, comentou que “o (petróleo) Brent tende a subir em curto prazo, impactando positivamente os repasses de royalties aos municípios produtores em curto prazo, para agosto. No entanto, a instabilidade geopolítica também pode gerar retração econômica e incertezas prolongadas, afetando a demanda global por energia. Diante desse cenário, é necessário que os gestores públicos atuem com prudência fiscal, evitando euforias momentâneas. O aumento nas receitas pode ser pontual”.
Prefeito de Macaé
No meio da crise entre os países, uma comitiva brasileira de executivos, incluindo o prefeito de Macaé, Welberth Rezende, prefeito de Nova Friburgo e de João Pessoa e outros, está em Israel no aguardo da embaixada brasileira para poder retirá-la do país.
Por meio de um vídeo nas redes sociais, o prefeito de Macaé falou sobre a situação. “Esta é uma guerra de mísseis, então muito perigosa”. A delegação está segura, afirma o prefeito. “Fizemos contato já com a embaixada brasileira que está providenciando o nosso retorno”, complementou.
Conflito
Os bombardeios israelenses mataram o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, além de dois cientistas nucleares. Teerã e em outras cidades do país foram registradas explosões. Os militares israelenses afirmaram que o objetivo da operação é impedir o avanço do programa nuclear iraniano.
O líder supremo do Irã, aiatolá Khamenei, afirmou que Israel deu início aos bombardeios e começou uma guerra entre os dois países. Ele afirmou também que “não permitirá que o sangue de seus valiosos mártires fique sem vingança, nem ignorará a violação de seu espaço aéreo”.
“A mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica não os deixará impunes, se Deus quiser. Com esse crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo — e certamente o receberá”, declarou o aiatolá.
Já Benjamin Netanyahu, o premiê de Israel, disse que os bombardeios durarão “o quanto for necessário”. O chefe das Forças Armadas israelenses afirmou que o país usará “toda a sua força” para alcançar seus objetivos. Israel afirma que não há prazo para o fim dos ataques.
Fonte: G1

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