PF acessa celulares de Macário Neto, preso por envolvimento no vazamento de informações
17/12/2025 13:18 - Atualizado em 17/12/2025 15:23
A Polícia Federal teve acesso a um dos aparelhos do desembargador Macário Júdice Neto, são três no total. O desembargador foi preso na terça-feira (17) por conta do vazamento da operação que prendeu o ex-deputado TH Joias. 
De acordo com apuração do jornalista Octavio Guedes, a Polícia Federal (PF) já conseguiu acessar os dados de dois celulares apreendidos na operação: um dos três aparelhos encontrados com Macário, preso nesta semana sob acusação de obstruir investigações sobre a ramificação do Comando Vermelho na Assembleia Legislativa do Rio, e um telefone de Rodrigo Bacellar, presidente afastado da Alerj. O desembargador não forneceu a senha aos investigadores, que recorreram a meios tecnológicos para ter acesso ao conteúdo.
Ao todo, a PF trabalha com sete celulares considerados explosivos: os de Bacellar, do desembargador Macário e três aparelhos apreendidos com o chefe de gabinete de Bacellar, Rui Bulhões, apontado como operador do presidente da Assembleia.
Além dos aparelhos encontrados com o desembargador, a PF também conseguiu acessar um dos celulares de Rodrigo Bacellar, presidente afastado da Alerj.
Nos bastidores, o desembargador Macário estava muito preocupado com o rompimento, já que ambos respondem, no Tribunal Superior Eleitoral, uma ação na qual eles são acusados de comprar votos na reeleição de Castro e na eleição de Bacellar em 2024.
Segundo investigadores, Macário atuava de forma ativa para tentar reaproximar os dois, chegando a ligar para o governador para tentar marcar um encontro com Bacellar.
A relação entre Castro e Bacellar se rompeu em julho, quando, durante uma viagem do governador, Bacellar assumiu interinamente o governo e, sem avisar o titular do Palácio Guanabara, demitiu um dos secretários mais importantes, o deputado Washington Reis, responsável pela pasta de Transportes. Desde 3 de julho, segundo fontes do Palácio Guanabara, Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar não se comunicam.
Macário tentou antecipar a sessão de julgamento do caso TH Joias, mas não conseguiu. O julgamento está marcado para o dia 18 de dezembro. Após a prisão, o desembargador assinou de forma manuscrita sua suspeição para atuar no caso. A PF trabalha agora para acessar os outros dois celulares apreendidos com ele.
A tensão no mundo político aumenta ainda mais porque, além dos telefones de Bacellar e de Macário, há os três celulares do chefe de gabinete, considerado o operador político de Bacellar. Até a demissão de Washington Reis, Bacellar era o candidato de Cláudio Castro, que iria se afastar do governo, deixando Bacellar como governador interino até a eleição. Com a crise entre os dois, os planos mudaram.
Se Macário conseguisse recompor a aliança entre Castro e Bacellar, se tornaria o grande fiador político de um eventual governo Rodrigo Bacellar. Na visão de Macário, se a briga continuasse, isso poderia enfraquecer a defesa dos dois no Tribunal Superior Eleitoral. Daí a necessidade que o desembargador via de atuar como articulador político do reencontro e, a partir daí, fazer uma rearrumação da campanha de 2026.
A quebra de sigilo do celular do desembargador Macário Júdice Neto é mais uma má notícia que intranquiliza a classe política do Rio de Janeiro, já que o magistrado vinha atuando muito mais como um articulador político do que como relator do processo contra o ex-deputado TH Joias.
De acordo com apuração do jornalista Octavio Guedes, a Polícia Federal (PF) já conseguiu acessar os dados de dois celulares apreendidos na operação: um dos três aparelhos encontrados com Macário, preso nesta semana sob acusação de obstruir investigações sobre a ramificação do Comando Vermelho na Assembleia Legislativa do Rio, e um telefone de Rodrigo Bacellar, presidente afastado da Alerj. O desembargador não forneceu a senha aos investigadores, que recorreram a meios tecnológicos para ter acesso ao conteúdo.
Ao todo, a PF trabalha com sete celulares considerados explosivos: os de Bacellar, do desembargador Macário e três aparelhos apreendidos com o chefe de gabinete de Bacellar, Rui Bulhões, apontado como operador do presidente da Assembleia.
Além dos aparelhos encontrados com o desembargador, a PF também conseguiu acessar um dos celulares de Rodrigo Bacellar, presidente afastado da Alerj.
Nos bastidores, o desembargador Macário estava muito preocupado com o rompimento, já que ambos respondem, no Tribunal Superior Eleitoral, uma ação na qual eles são acusados de comprar votos na reeleição de Castro e na eleição de Bacellar em 2024.
Segundo investigadores, Macário atuava de forma ativa para tentar reaproximar os dois, chegando a ligar para o governador para tentar marcar um encontro com Bacellar.
A relação entre Castro e Bacellar se rompeu em julho, quando, durante uma viagem do governador, Bacellar assumiu interinamente o governo e, sem avisar o titular do Palácio Guanabara, demitiu um dos secretários mais importantes, o deputado Washington Reis, responsável pela pasta de Transportes. Desde 3 de julho, segundo fontes do Palácio Guanabara, Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar não se comunicam.
Macário tentou antecipar a sessão de julgamento do caso TH Joias, mas não conseguiu. O julgamento está marcado para o dia 18 de dezembro. Após a prisão, o desembargador assinou de forma manuscrita sua suspeição para atuar no caso. A PF trabalha agora para acessar os outros dois celulares apreendidos com ele.
A tensão no mundo político aumenta ainda mais porque, além dos telefones de Bacellar e de Macário, há os três celulares do chefe de gabinete, considerado o operador político de Bacellar. Até a demissão de Washington Reis, Bacellar era o candidato de Cláudio Castro, que iria se afastar do governo, deixando Bacellar como governador interino até a eleição. Com a crise entre os dois, os planos mudaram.
Se Macário conseguisse recompor a aliança entre Castro e Bacellar, se tornaria o grande fiador político de um eventual governo Rodrigo Bacellar. Na visão de Macário, se a briga continuasse, isso poderia enfraquecer a defesa dos dois no Tribunal Superior Eleitoral. Daí a necessidade que o desembargador via de atuar como articulador político do reencontro e, a partir daí, fazer uma rearrumação da campanha de 2026.
Relação Macário x Bacellar
A PF encontrou, ainda, no celular de Bacellar, trocas de mensagens entre o então presidente da Alerj e o Macário, que embasaram a operação. Veja abaixo trechos das conversas entre o desembargador e o parlamentar.
  • Conversas entre Bacellar e Macário

    Conversas entre Bacellar e Macário

  • Conversas entre Bacellar e Macário

    Conversas entre Bacellar e Macário

  • Conversas entre Bacellar e Macário

    Conversas entre Bacellar e Macário

  • Conversas entre Bacellar e Macário

    Conversas entre Bacellar e Macário

 
Fonte: G1

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