A Câmara Municipal de Campos convocou para quarta-feira (24) uma sessão extraordinária para analisar o parcelamento de R$ 13 milhões em débitos previdenciários junto à PreviCampos. O pedido foi encaminhado no dia 18 de novembro pelo Conselho Deliberativo da instituição. O valor poderá ser dividido em até 300 parcelas, caso haja aprovação dos vereadores.

O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), se pronunciou em suas redes sociais sobre o parcelamento. 

"Nós estamos colocando dinheiro novo na previdência. A gente pega esse dinheiro do Refis, a maior parte dele, e coloca na PreviCampos para capitalizar o fundo e colocar mais dinheiro para garantir a aposentadoria do servidor da prefeitura. E é isso que a gente está fazendo agora, só que a gente não consegue pagar de uma vez só", disse Wladimir. 

Em 22 de novembro, Conselho Deliberativo da PreviCampos se reuniu e decidiu, a pedido da Prefeitura de Campos, que o repasse fosse parcelado. O pedido foi aprovado sem os votos dos representantes do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos de Goytacazes (Siprosep).

Segundo Elaine Leão, presidente do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais (Siprosep), existe uma determinação do Tribunal de Contas do Estado para que os valores do PreviCampos não sejam utilizados como caixa pela Prefeitura. Ela critica o parcelamento do repasse.

"Nós sabemos pelo cálculo atuarial contratado pelo PreviCampos, que está lá no site da transparência, que até 2029 nossa previdência vai quebrar se nada for feito com responsabilidade. E aí o prefeito faz a lei de amortização e agora chama de favor. É obrigatório pelo Tribunal de Contas, mas ele não executa o pagamento e leva isso para um parcelamento. E falava-se em 200 vezes, em 300 vezes, inadmissível e inaceitável. Hoje fala-se em 60 vezes", disse Elaine.