Embora Manaus e Belém tenham se erguido na zona equatorial, são cidades que não se situam na linha do equador e em suas proximidades. O propósito da nossa viagem à Amazônia em maio deste ano era percorrer a linha equatorial de noroeste a nordeste. São Gabriel da Cachoeira, no alto rio Negro, situa-se no extremo noroeste amazônica, nas imediações da linha do Equador. Navegando pelo rio Amazonas de Manaus a Belém, o propósito era chegar a Macapá, cidade que, em alguns pontos, pode-se colocar um pé no hemisfério norte e outro no hemisfério sul. Calor. Muito calor. O rio Amazonas se confundindo com o mar. Uma típica cidade amazônica.
No roteiro, figurava mais uma cidade, não por estar sobre a linha do Equador, embora próxima. É a pequenina Afuá, conhecida como a Veneza marajoara. Automóveis não podem circular por suas ruas. Trata-se de uma cidade-palafita em que se anda a pé ou de bicicleta. Tudo muito colorido. Os prédios públicos e particulares. As pilastras estão fixas no terreno, mas as altas marés sobem e descem por baixo dela. Nas marés muito altas (sizígia), a cidade pode ser invadida pelas águas.