Divisão sobre bênção para casais homoafetivos na Alemanha
Pedro Henrique Figueiredo 08/08/2025 14:57 - Atualizado em 08/08/2025 15:08
Catedral de Colônia
Catedral de Colônia / Vatican Media
Uma pesquisa feita pelo site katholisch.de revelou divisões nas 27 dioceses do país (Alemanha) sobre a implementação de diretrizes de bênção para uniões homossexuais na Igreja.
Cinco dioceses: Colônia, Augsburg, Eichstätt, Passau e Regensburg, se recusaram explicitamente a implementar as diretrizes não vinculantes do documento Segen gibt der Liebe Kraft (Bênçãos dão força ao amor), da Conferência Episcopal Alemã e do Comitê Central dos Católicos Alemães (ZdK, na sigla em alemão), publicado há três meses com normas sobre as bênçãos. O “Zdk” é uma organização de empregados leigos da Igreja na Alemanha.
Essas cinco dioceses alegam a declaração Fiducia supplicans, do Dicastério da Doutrina da Fé, como base para sua decisão. A declaração foi assinada pelo prefeito do dicastério, o cardeal, que é argentino, Victor Manuel Fernández, e permite apenas bênçãos informais, que não possam ser vistas como parte de nenhuma liturgia, a uniões homossexuais.
Algumas dioceses alemãs endossaram oficialmente ou pelo menos mantêm práticas pastorais alinhadas com as diretrizes não vinculantes.
As onze dioceses restantes adotaram várias posições intermediárias, com algumas expressando cautela sobre a implementação do subsídio ou deixando a critério pastoral individual.
O bispo de Augsburg, Bertram Meier, identificou alguns pontos em que a orientação entra em conflito com a doutrina da Santa Sé.
Ele disse que, embora a Fiducia supplicans enfatize que tais bênçãos não devem ser promovidas ou ter um ritual prescrito, o folheto alemão fala explicitamente de “celebrações de bênçãos” e pretende avaliar experiências com tais bênçãos.
A diocese também expressou preocupação com o fato de o folheto sugerir um “design planejado e esteticamente atraente de uma celebração de bênção litúrgica”.
A iniciativa católica “Novo Começo” criticou duramente as diretrizes alemãs, dizendo que elas promovem “o oposto das intenções declaradas” do Papa Francisco e contradizem o propósito original da Fiducia supplicans.
O “Novo Começo” diz que muitos bispos alemães estão falhando em defender a ética sexual católica em suas abordagens de implementação, dizendo que o folheto é incentivador de práticas que vão muito além do que o documento da Santa Sé previu.
Com informações ACI Digital

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