Direção da Câmara decide pedir suspensão do mandato de deputados envolvidos em motim
23/09/2025 17:37 - Atualizado em 23/09/2025 17:37
Marcos Pollon, Marcel Van Hattem e Zé Trovão
Marcos Pollon, Marcel Van Hattem e Zé Trovão / Divulgação
A direção da Câmara dos Deputados decidiu na segunda-feira (22) pedir as suspensões de três deputados envolvidos no motim que travou os trabalhos na Casa.

As queixas disciplinares foram encaminhadas nesta terça (23) ao Conselho de Ética, a quem caberá avaliar eventuais punições.
Os alvos da Mesa Diretora da Câmara são: Marcos Pollon (PL-MS): suspensão do mandato por 90 dias por declarações difamatórias contra a cúpula da Câmara; e outro pedido de suspensão, por 30 dias, por obstruir o acesso de Hugo Motta à cadeira de presidente; Marcel van Hattem (Novo-RS): suspensão do mandato por 30 dias por obstruir o acesso de Hugo Motta à cadeira de presidente; e Zé Trovão (PL-SC): suspensão do mandato por 30 dias por obstruir o acesso de Hugo Motta à cadeira de presidente.

A decisão da cúpula da Câmara acolhe as conclusões apresentadas pelo corregedor, deputado Diego Coronel (PSD-BA), na última sexta-feira (19).

Coronel avaliou que Pollon, van Hattem e Zé Trovão registraram os comportamentos mais graves analisados pela corregedoria.

O parecer foi acatado, e o envio dos pedidos ao Conselho de Ética foi assinado por todos os membros da direção da Câmara, com exceção dos dois vice-presidentes: Altineu Côrtes (PL-RJ) e Elmar Nascimento (União-BA).

No início desta tarde, as representações entraram no sistema da Câmara.

A ocupação do plenário da Câmara ocorreu em agosto e durou mais de 30 horas. O espaço foi ocupado por deputados de oposição em uma tentativa de impor a análise de propostas e em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O episódio fragilizou Motta, que foi impedido de se sentar à cadeira de presidente durante a tentativa de reabrir os trabalhos na Casa.
Ao todo, o corregedor da Câmara analisou representações contra 14 deputados do PL, PP e Novo. Além dos suspensos, será aplicada censura escrita a todos os investigados: Allan Garcês (PP-MA); Bia Kicis (PL-DF); Carlos Jordy (PL-RJ); Caroline de Toni (PL-SC); Domingos Sávio (PL-MG); Julia Zanatta (PL-SC); Nikolas Ferreira (PL-MG); Paulo Bilynskyj (PL-SP); Pastor Marco Feliciano (PL-SP); Sóstenes Cavalcante (PL-RJ); e Zucco (PL-RS).
Fonte: G1

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