O Heliporto Farol de São Tomé celebra quatro anos de funcionamento nesta quarta-feira (17), sob a gestão da Infra Operações Aeroportuárias (Infra), como um dos principais ativos do setor offshore do país e como um vetor de desenvolvimento econômico na localidade.

Uma celebração foi realizada no Hotel Nobre Vista Offshore com a presença do vereador Juninho Virgílio, do presidente da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca), Thiago Virgílio, além de autoridades da Defesa Civil, Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e Eletrobras.

Localizado a cerca de 50 km do centro de Campos, o terminal é de extrema importância para a economia local e atende a demanda de transporte do setor offshore.

De acordo com a Infra, de setembro de 2021 a julho de 2025, a unidade movimentou um total de 1,38 milhão de passageiros e 114 mil aeronaves. Nesse período, o fluxo de passageiros teve um crescimento superior a 35% e o número de pousos e decolagens aumentou mais de 40%.

"Agora no mês de setembro, está entrando em operação a quarta empresa de transporte aéreo offshore. Então, por isso, nós já estamos com as quatro maiores empresas sediadas no Brasil do transporte aéreo off-shore. Isso, traduzindo isso em números, nós temos uma média de 20 aeronaves baseadas no aeroporto, um movimento médio de 1.300 passageiros por dia e cerca de 50 voos diários. Traduzindo em números de tripulações, de pessoal que trabalha em manutenção, isso gera muita oportunidade para a baixada e notadamente aqui para o Farol de São Tomé", explicou o CEO da Infra Aeroportos, Louzival Mascarenhas Junior.

Ele também falou sobre estarem alinhados com o planejamento estratégico de empresas voltadas para a exploração de petróleo e a geração de empregos em conjunto. 

"A gente está muito em linha com o planejamento estratégico das empresas de exploração e produção de petróleo e gás da Bacia de Campos. Se você olhar o planejamento estratégico da Petrobras, que é a maior do Brasil, sinaliza para a revitalização de poços maduros, o que vai necessariamente gerar emprego, novas tripulações para essas plataformas e o incremento aqui do número de aeronaves e todo esse ciclo de geração de emprego e renda", finalizou Louzival. 

O CEO ainda realizou uma apresentação para os convidados para mostrar os avanços, conquistas e resultados nesses quatro anos de gestão. O evento contou também com um café da manhã e uma mesa com bolo em comemoração ao marco de quatro anos do Heliporto.

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O gerente do Hotel Vista Nobre e do Nobre Hotel Offshore, César Lopes, contou que a maior parte da ocupação do hotel atende a demanda offshore. Ele comentou ainda sobre a importância do terminal, que fica localizado próximo à praia, para a economia.

"Hoje nós temos 95% da nossa ocupação voltada para as companhias aéreas que fazem suas operações no Heliporto do Farol de São Tomé. A praia tem um pico muito curto em termos turísticos, que é o de um verão, muito pequeno e isso não sustenta a economia de lugar nenhum. Isso é fato, se vocês olharem os quiosques, todos estão fechados. E o que sustenta, isso é minha humilde opinião, é exatamente a atividade econômica que gira em torno disso. Então as empresas têm pilotos, comissários, mecânicos, e isso tudo gira a parte de hotelaria, de pousadas, de restaurantes e de demais serviços", comenta.

O presidente da Codemca, Thiago Virgílio, falou sobre o marco de quatro anos de atuação do Heliporto e os impactos na economia local da praia campista.

"Hoje é um dia de muita alegria para nós da Companhia de Desenvolvimento do município de Campos, que somos o fiscal do contrato dessa concessão entre o município e a Infra, que faz esse trabalho do Heliporto. Estamos aqui para celebrar não apenas os quatro anos de concessão, não apenas as conquistas, mas também celebrar esse tipo de modelo de parceria que deu certo entre a Codemca e a Infra, que funcionou nesses últimos quatro anos. Foram investimentos virtuosos no Heliporto que acaba, através desses investimentos, ultrapassando a questão das operações aéreas. Ela acaba impactando todo o entorno do heliporto. A gente pode hoje ver, perceber e confirmar toda a movimentação nos hotéis, toda a movimentação nos restaurantes aqui da Baixada, mas principalmente de Farol", relatou.

Ele falou também sobre o papel contínuo do órgão na fiscalização do contrato de concessão. "A Codemca, como fiscal desse contrato, reafirma o seu compromisso de continuar cuidando com zelo e responsabilidade em cima dessa concessão e que a gente sabe que já deu certo, mas que tem muito mais para acontecer", ressaltou o presidente da Codemca.

Thiago comentou ainda sobre a estrutura do terminal e a representatividade do Heliporto para o desenvolvimento da praia.

"Hoje nós temos quatro hangares, cada hangar com uma empresa. Temos duas empresas nacionais e mais duas empresas multinacionais. Então acabou que o equipamento Heliporto do Farol se tornou um sinônimo de mais empregos, oportunidades, investimento, fortalecimento da economia local e desenvolvimento da praia", destacou.

Sobre a estrutura, além de quatro hangares, atualmente o Heliporto dispõe de 18 posições para helicópteros. O terminal de passageiros conta com salas de briefing, espaços administrativos, lanchonete, nove balcões de check-in e capacidade para receber cerca de 3 mil passageiros por dia.

O espaço também ganhou uma Seção Contra-Incêndio (SCI), equipada com viaturas de combate a incêndio, apta a atender emergências aeroportuárias e aeronáuticas, realizando simulados periódicos de emergência e reduzindo o tempo de resposta em situações críticas. Desde 2024, toda a operação é abastecida por energia 100% renovável, reconhecimento que rendeu o Selo Verde à unidade.