Após mais um caso de furto em meio ao abandono do Centro de Campos, o sistema de abastecimento de energia da sede da Folha FM também foi destruído. A situação foi percebida na manhã desta sexta-feira (12) pelos funcionários, que chegavam no local para iniciar o dia de trabalho. Além disso, fios de cobre foram levados durante a ação. 

A situação ainda atrasou o programa Folha no Ar, marcado para às 7h, devido a falta de energia, só vindo a começar uma hora depois. 

O radialista Cláudio Nogueira, que foi um dos que chegava no local para trabalhar quando percebeu a situação, deu mais detalhes sobre o caso em seu relato, ressaltando ainda que o prejuízo ficou por volta de R$ 6 mil só de material furtado, sem contabilizar o tempo em que a rádio ficou fora do ar. 

"Cheguei aqui 5h e pouca da manhã e logo vi de longe a caixa quebrada e os fios faltando. Eles cortaramm lá na entrada da distribuição de energia. Após o crime, tem que fazer uma proteção com grade, no caso nosso aqui vai ter que ser tudo tapado, não pode ter visibilidade. O negócio é muito complicado, é muito difícil trabalhar. Fora o prejuízo da rádio ter ficado fora do ar tem o prejuízo do material direto com mão de obra. A rádio ficou pelo menos umas 8 horas fora do ar. O nobreak ainda segurou um pouco, uns 45 minutos (...) Fica um negócio complicado aqui, só nessa brincadeirinha aqui, são aproximadamente R$ 6.000 porque o nosso cabo é de 90 mm para suportar a carga que nós usamos", explicou Cláudio.

O radialista também falou sobre a questão do abandono do Centro e os diversos relatos da situação que acontece na região do município.

"Essa questão de abandono do Centro parte por um princípio de unidade, se a gente não pegar firme aqui, se unir, a gente não vai resolver. Não tem policiamento militar no centro durante a noite e não tem policiamento (...) São diversos relatos desses crimes aqui na área. São muitos, muitos. A primeira coisa que eu vi aqui foi olhar os aparelhos de ar que também são dados do grupo folha e têm quilos de cobres", finalizou o radialista.

A Folha entrou em contato com a Enel e com a Polícia Militar sobre a situação, mas ainda aguarda um retorno. O caso será registrado na 134ª Delegacia de Polícia, no Centro de Campos.