Novas desavenças entre Anthony Garotinho e o filho Wladimir se tornam públicas. O motivo específico o pai não fala. Mas diz, em uma carta aberta, discordar das posições e atitudes do político Wladimir.

Garotinho revela que entre o filho, que, assinala, sempre amará, e o político Wladimir, há uma grande distância. “Não concordo que a celebração da juventude tenha que negar uma vida de experiência acumulada”.

No texto que publicou nas redes sociais, Garotinho sustenta que a virtude está em unir o novo ao legado construído. “Deixo claro que não estou me referindo à indicação de cargos e sim caminhos políticos”, enfatiza.

O ex-governador lamenta que nas raras opiniões que afirma ter dado não foi ouvido. E cita a antecipação da eleição da presidência da Câmara de Vereadores (na legislatura anterior), em que lembra ter avisado que seria um erro.

“Deu no que todos sabem. Entregaram o comando do Legislativo à oposição”, mencionou Garotinho, referindo-se à eleição ganha por Marquinho Bacellar, que assumiu o comando da Câmara.

Garotinho afirma que deseja tudo de melhor que um pai pode almejar para um filho. “Ao prefeito aconselho a ouvir pessoas mais preparadas, escolher melhor seus colaboradores e promover aqueles que têm ética e vocação para a vida republicana”, pontua.

No recado para Wladimir, o ex-governador destaca que não se trata de viver a sombra dos antepassados, “mas de entender que o novo nasce das raízes que foram plantadas, que melhor que uma ruptura é uma travessia”.

Em um trecho, Anthony Garotinho admite que os jovens conselheiros de Wladimir procuram a todo instante afastá-los. “Filho, amar não significa calar diante do erro. Todo erro político tem consequências”, ensina.

Mais na frente, Garotinho escreve: “Tentei aconselhar. Você escolheu um caminho diferente. Digo agora aquilo que toda classe política da cidade e do estado já perceberam. Você não respeita o passado. Apenas quer construir seu futuro”.

Ao se colocar longe da administração do filho, Garotinho assegura: “Não preciso dizer que não tenho nenhuma influência sobre suas decisões políticas ou governamentais. Não participo nem influencio suas escolhas e decisões”.

Na carta, Garotinho pede a Wladimir que não queira enterrá-lo vivo:

“Sou um pai que ama, sou também alguém que está na vida pública há 43 anos, enfrentando poderosos, vencendo injustiças, sofrendo traições, obtendo vitórias e derrotas, mas jamais abrindo mão da minha dignidade, o que não farei, nem mesmo para meu filho”.

Anthony Garotinho se manifestou sobre os resultados das eleições, em que, candidato a vereador no Rio de Janeiro, não se elegeu. O ex-governador se sentiu prejudicado pelas notícias de que os votos que receberia seriam anulados.

Garotinho, através de sua assessoria, diz ter analisado os mapas de votação em toda cidade do Rio e consultado alguns institutos de pesquisa que fizeram levantamento sobre eleição para vereador.

A avaliação dele é que foram espalhados milhares de prints da tela do site TSE no dia 06 de outubro, dia da eleição, afirmando que os votos que ele receberia não seriam validados.

O ex-governador cita que a decisão favorável à sua candidatura foi dada na quinta-feira, dia 03 de outubro, pelo Superior Tribunal de Justiça (TSJ), assinada pelo ministro Luís Salomão.

No entanto, revela Garotinho, o TRE-RJ deixou para o dia da eleição a leitura da decisão favorável ao seu nome. Diz que se ela já existia na quinta-feira “porque comunicar a população somente no dia da votação?”.

A coordenação de campanha Garotinho admite que centenas de mensagens de WhatsApp eram recebidas e desmentidas, “sendo que a desinformação foi massivamente difundida e impossível de ser controlada”.

Aliados de Anthony Garotinho revelam que o resultado das eleições para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro não reflete a gratidão e o respeito visto para com o ex-governador “por onde passamos”.

O ex-governador Anthony Garotinho (Republicanos-RJ) não foi eleito vereador no Rio de Janeiro, ele que buscava um mandato como o mais votado na capital do estado.

A candidatura de Garotinho chegou a ser impugnada pela Justiça Eleitoral, mas foi liberada por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) na manhã de ontem.

Apesar de ter recebido 8.753 votos, a situação de Garotinho no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aparece como "anulada sub judice", ou seja, ainda com pendências na Justiça Eleitoral.

Admitindo-se que Anthony Garotinho volte a ficar elegível em 2026 — a partir da minirreforma eleitoral — qual seria o seu plano para as urnas? É uma interrogação porque, na família, há o nome de Clarissa para lhe fazer concorrência.

O caminho natural de Garotinho é a busca de um mandato na Câmara dos Deputados. Mas o que não se sabe é se Clarissa planeja retomar uma cadeira em Brasília.

Clarissa, pelo que já admitiu lá atrás, gostaria de permanecer no Rio, o que abriria a hipótese, caso prefira um mandato na Alerj, de então fazer uma dobrada com o pai.

O fato é que a minirreforma eleitoral, que mexe na Lei da Ficha Limpa e na pena da Inelegibilidade, pode antecipar o retorno de Garotinho às urnas. E não só ele, mas Eduardo Cunha, Roberto Arruda e Paulo Maluf.

Garotinho, pela lei atual, está impedido de concorrer nas urnas desde 2018, quando foi condenado por improbidade administrativa. O caso está relacionado a irregularidades cometidas quando foi secretário estadual, entre 2005 e 2006.

AUTORIA

O projeto da minirreforma eleitoral é de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ). Trata-se da filha de Eduardo Cunha, um ex-aliado e atual desafeto de Garotinho. O texto já foi aprovado na Câmara.

O projeto vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Para que possa valer para as eleições de 2024, precisa virar lei pelo menos um ano antes do pleito, ou seja, tem que estar sancionado até 6 de outubro.

É certo que quanto antes estiver elegível é importante para Garotinho. Mas ele não teria tanto interesse assim a tempo de poder ser candidato em 2024. Afinal, a eleição é municipal e o filho Wladimir vai buscar a reeleição.

A Câmara Municipal apreciará hoje as contas do ex-prefeito Rafael Diniz, referentes ao exercício de 2020. A previsão é que vão ser aprovadas, mesmo com parecer contrário do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A projeção passa pelo fato de que o Legislativo aprovou as contas de 2016 da ex-prefeita Rosinha Garotinho. Elas também chegaram com parecer contrário do TCE.

Sob o aspecto político, o que difere, entre aprovar as contas de Rosinha, e também as de Rafael, é que o ex-prefeito, ao contrário da ex-prefeita, não descarta a colocação do seu nome novamente nas urnas.

Rosinha, mesmo ganhando condições legais para ser candidata, não cogita nova empreitada a cargo eletivo algum. Vale lembrar que, em 2008, quando se elegeu prefeita, ela não queria concorrer. 

Rafael Diniz, por sua vez, descarta uma aposentadoria política. Pode, quem sabe, colocar o nome em 2024 na eleição municipal.

Ou na de 2026, quando buscaria um mandato na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados.

Reeleito deputado estadual com 97.822 votos, Rodrigo Bacellar, que está à frente da Secretaria Estadual de Governo (Segov), faz um balanço sobre o ano de 2022 e projeta 2023.

O deputado cita que se desincompatibilizou em abril e deixou a Secretaria Estado de Governo para reassumir o mandato na Assembleia Legislativa. “Mas deixamos muitas ações encaminhadas sob a coordenação da excelente equipe”, assinala.

Rodrigo cita que da Alerj viu o governo dar prosseguimento aos investimentos para fortalecer programas como Segurança Presente, RJ Para Todos e Lei Seca.

O deputado acredita que a grande marca da Segov este ano foi a capacidade de integrar ações em sintonia com as necessidades de cada região. "E logo após a eleição já retornamos com ações de reforço para Segurança Pública e novidades para dar ainda mais transparência ao nosso trabalho”, diz.

No balanço, Rodrigo Bacellar enfatiza outros pontos: 

Reeleição do governador Cláudio Castro

“A vitória no 1º turno é uma resposta para o ótimo trabalho que foi feito. Essa vitória mostrou que a população reconheceu o desempenho do governador e a sua sensibilidade em ser um gestor que quebrou paradigma e foi fundamental para botar as contas no azul e retomar os investimentos em um estado que estava falido".

Reeleição para a Alerj

"Sempre disse que político tem que trabalhar muito para ser aprovado nas urnas. E conseguimos essa aprovação ampliando muito a nossa votação em relação ao pleito anterior. Isso é reflexo do trabalho em equipe, já que ninguém faz nada sozinho. E tenho certeza de que podemos fazer ainda mais pelo nosso estado nesse segundo mandato".

Força do interior

"Nunca se investiu tanto no interior. Hoje você consegue ver o governo do estado presente em todas as cidades, independente do número de habitantes. E não são obras simples. São obras de infraestrutura que tornam o Estado do Rio mais atrativo para investimentos externos. Prova disso é que o governo Cláudio Castro tirou obras históricas do papel, como hospitais, pontes, recuperação de estradas, Restaurantes do Povo. Em Campos, por exemplo, agora temos uma nova emergência no hospital HGG, obras em vários bairros, Restaurante do Povo, Segurança Presente e universidade na Baixada Campista, entre outras. Tudo isso com o governo do estado”.

Presidência da Alerj

“Nunca escondi que seria uma grande honra pode presidir a Alerj. Temos recebido apoios importantes e dialogado sobre a importância da Alerj neste novo momento do Estado, muito disso pela capacidade do presidente André Ceciliano em sua gestão. Vamos seguir dialogando e no tempo certo tudo será definido, respeitando a vontade da maioria, e, claro, sempre pensando no desenvolvimento do nosso estado”.

Deputado estadual eleito, Thiago Rangel foi indicado por parlamentares do Podemos, o seu partido, para a secretaria estadual de Trabalho e Renda. O novo Podemos, fruto da fusão com o PSC, não está conseguindo se entender em torno de um nome para o secretariado de Cláudio Castro.

Segundo o site Agenda Do Poder, o novo comandante da sigla, pastor Everaldo Pereira, deseja indicar a advogada Kelly Mattos para a Secretaria de Trabalho e Renda. Os deputados estaduais Thiago Rangel e Artur Monteiro e o federal Sargento Portugal não se sentem representados com a indicação. Querem ter a prerrogativa da escolha.

As divergências em torno da indicação acirrou os ânimos na sigla recém turbinada com a incorporação do PSC, em razão da cláusula de barreira.

Entre os parlamentares, a tendência é indicar o deputado campista Thiago Rangel. A falta de consenso está embolando a definição final do novo secretariado do governador, que deu prazo de 48 horas para o partido chegar a um consenso.

 

Os ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho, que fizeram teatro na adolescência, não perdem um capítulo da novela “Travessia”, exibida pela TV Globo. A assiduidade no acompanhamento se justifica. Afinal, um dos personagens é Tonho, vivido por Vicente, de seis anos, neto do casal.

Vicente é filho de Clarissa Garotinho com o empresário Marcos Alvite. O garoto é contratado de uma agência de talentos mirins. Soma outros trabalhos no currículo e faz sua estreia na Globo no papel do filho de Brisa (Lucy Alves) e Ari (Chay Suede).

A novela é escrita pela consagrada autora Glória Perez e dirigida por Mauro Mendonça Filho. O foco é a relação do homem com a tecnologia, sem deixar de lado os dramas e fatos do cotidiano.