A história de Campos com o cinema ainda está aqui
06/02/2025 | 09h49
Um velho e conhecido ditado diz que um cavalo selado não passa duas vezes na sua frente. No caso do cinema brasileiro, talvez seja o melhor momento de passagem de uma montaria encilhada; Globo de Ouro, indicações ao Oscar com direito a transmissão na Sapucaí e “Ainda Estou Aqui” renovando as forças do setor cinematográfico, deixando milhões de brasileiros interessados.
Em Campos, o cinema passou por um momento de auge que — quase — culminou com uma Escola de Cinema na Uenf. Havia na planície 70 salas de cinema de rua, nos anos 1960 e 70, de Santo Eduardo ao Centro, passando por Saturnino Braga, indo até Dores de Macabu.
Apenas três distritos não possuíram registros de cinemas de rua: Ibitioca, São Joaquim e Dr. Matos (estes dois últimos extintos na divisão geográfica atual), como informa Joilson Bessa, poeta e mestre em geografia pela UFF Campos. Em seu trabalho de mestrado, Bessa verificou que a sala de cinema de rua mais antiga foi em Goytacazes, então 2° distrito, em 1930. Por lá o maior cineteatro da área rural de Campos, o Cine Teatro São Gonçalo, projetava filmes e documentários.
Nos anos 1950, mais 14 salas foram inauguradas. Duas décadas mais tarde, somaram-se 68 salas de cinema em Campos — 20 na sede e 48 na área rural. Deste ápice, o declínio levou a duas salas apenas, em meados dos anos 1980. O Cine Capitólio e o Goytacá sobreviviam bravamente, até deixarem de existir. O primeiro em 2001 e o segundo vendido para uma igreja evangélica nos anos 1990.
Cinema, Uenf, Darcy e o Festival Internacional Goitacá

Quando a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) nasceu, havia uma enorme expectativa, tanto dos moradores da região Norte Fluminense, principalmente da população campista que se mobilizou para a universidade acontecer, quanto dos acadêmicos empolgados com a ideia de Darcy de fazer algo do “terceiro milênio”, ainda no início dos anos 1990.

O educador-sonhador tinha no projeto inicial da Uenf uma escola de cinema. O Solar do Colégio, que hoje abriga o Arquivo Público Municipal, foi parcialmente restaurado e abrigaria o que seria a sede da Escola Brasileira de Cinema e Televisão. O projeto não foi à frente, mas caso esse sonho de Darcy se tornasse realidade, Campos certamente seria um polo de produção cinematográfica de excelência, como é o ensino da Uenf em outras áreas.
I Festival Internacional Goitacá de Cinema

Com a chegada de 2025, vai ganhando forma o I Festival Internacional Goitacá de Cinema, em Campos. Já estão confirmadas uma mostra internacional e uma brasileira, ambas com curtas e longa-metragens, tanto de ficção quanto documentários. O evento vai acontecer em agosto e abrigará o também inédito Seminário de Cinema e Audiovisual do Norte e Noroeste Fluminense recentemente aprovado em editais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Atualmente, os organizadores estão recebendo propostas de empresas que possam abraçar o projeto do festival enquanto patrocinadoras, uma vez que ele foi aprovado na Lei Rouanet e está sob análise na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei do ICMS (Folha1, veja aqui).

— Nosso objetivo é fomentar o debate a partir de diferentes perspectivas sobre a concepção da Escola de Cinema e Audiovisual na Uenf, considerando as experiências institucionais existentes a partir da perspectiva de professores, pesquisadores, profissionais do setor e gestores públicos — afirma o cineasta Fernando Sousa, diretor geral do festival e doutorando do programa de pós-graduação em Sociologia Política da Uenf (Folha1,, veja aqui).

A história de Campos com o cinema ainda está aqui


A história é um elemento vivo, e seu uso pode ser construtivo e educativo, ou omitido. Seja como for, é sempre uma decisão política e social, e econômica muitas vezes. Omitir que Campos já teve uma história interessante com o cinema pode ser uma forma de omissões em políticas públicas.
O que pessoas como Darcy e Fernando fazem, com apoio ou não do poder público — mas sempre dependendo da boa institucionalidade — são formas de manter vivas manifestações artísticas e culturais tão necessárias, principalmente em tempos sombrios.
Seja no Oscar ou no ortivo Festival Goitacá de Cinema, é preciso festejar o fato de ainda estarmos aqui, e ainda haver arte e história para festejar.
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Expectativas, hesitações e o realismo extremo de Guerra Civil
01/05/2024 | 01h10
Reprodução


Há expectativas para quem vai ao cinema ver Guerra Civil (direção e roteiro de Alex Garland, produção A24), e a principal, ao menos para o público brasileiro, reside na atuação de Wagner Moura como um dos protagonistas do longa, onde vive Joel, repórter da Reuters. Para quem espera a entrega do ator, a expectativa é atendida. Para quem busca um filme de guerra bem escrito e amarrado, talvez saia da sessão tão hesitante quanto o filme.

A hesitação de Garland, que assina direção e roteiro, pode parecer imparcialidade, mas é conformismo cinematográfico. Não há problema algum em um filme não apresentar respostas; pelo contrário. Cinema, como outras artes, cumprem bem seu papel quando promovem debate e instigam mais perguntas do que respostas fáceis. Mas Guerra Civil acaba respondendo essas perguntas mesmo querendo não fazê-lo — hesitando em deixar o espectador incomodado.

O filme é um road movie, ambientado nas estradas devastadas de um Estados Unidos distópico que vive uma violenta guerra interna contra um governo ditatorial. A viagem que os protagonistas levam o espectador termina em Washington DC, mais especificamente na Casa Branca, onde a experiente jornalista Lee (Kirsten Dunst) e seu colega Joel (Wagner Moura) iriam fazer uma entrevista bombástica (literalmente) com o presidente.

A24/Reprodução
O filme faz um tributo ao jornalismo de guerra, reforçando a importância de ter profissionais cobrindo conflitos in loco, e coragem e do senso de missão que eles assumem. Lee e Joel percebem essa “missão” de formas diferentes. Enquanto Lee está visivelmente esgotada e sofrendo as consequências psicológicas de presenciar por anos todo tipo de violência, Joel está ansioso para a próxima.


Para dar alívio cômico (que são bem poucos) e trazer para quem está na cadeira do cinema uma sensação de cuidado e identificação, dois outros personagens entram no enredo: Sammy (Stephen McKinley Henderson) e a novata Jessie (Cailee Spaeny), que cumprem muito bem esses papéis.

Sammy é um veterano correspondente do The New York Times (do que restou dele) e mesmo idoso e fora de forma física, mostra que está completamente ativo no fazer jornalístico investigativo, de contato com as fontes e na capacidade de entender o jogo para informar. Jessie — com atuação marcante de Spaeny, que viveu Priscilla Presley no filme homônimo de Sofia Coppola, lançado em 2023 — é a novata com ânsia de aprender com os mestres e pronta para viver as experiências que poderiam deixá-la mais próxima deles.

O conflito geracional entre Lee e Jessie é o pano de fundo que o diretor encontrou para discutir o papel do jornalismo em condições normais de temperatura e pressão e em situações extremas. Em um dos diálogos mais interessantes do filme, ambientado na arquibancada de um estádio utilizado como campo de refugiados, as personagens reconhecem pontos em comum em suas trajetórias, e um deles dizia respeito aos pais delas que estavam morando na área rural dos EUA como se nada estivesse acontecendo no restante do país. Mesmo não respondendo diretamente através dos personagens, o filme não se furta em mostrar que enquanto alguns se omitem, outros se arriscam para resolver o problema.

O filme tenta não criar mocinhos e bandidos, e tenta humanizar todos os personagens, principalmente com Joel, em alguns momentos de imaturidade e bebedeira. Mas hesitou em incomodar, não abriu as feridas das causas de uma guerra civil que sempre tem dois lados, pelo menos.

Mas não se furta de usar a violência. Em tomadas bastantes reais com sons de tiros e explosões mais altas que o normal para o cinema tradicional — com direito a expressões de desespero em tomadas bastante reais de Moura e Spaeny —, o road movie se transforma em um filme de guerra perturbador, principalmente com a aparição de Jesse Plemons (marido de Kirsten Dunst que fez uma ponta rápida e aterrorizante no filme) vivendo um perverso guerrilheiro enterrando uma pilha de mortos.
A24/Reprodução

Apesar das hesitações e perguntas respondidas sem querer, o diretor foi muito feliz quando introduziu um diálogo que escancara a burrice de uma guerra, de qualquer guerra.
Em uma das paradas da estrada até DC, o grupo de jornalistas encontra dois snipers que disparavam contra uma casa abandonada, onde outro atirador atira de volta. Joel pergunta de que lado os atiradores estão e de que lado estaria o inimigo oculto no interior da casa. A óbvia resposta contraria o senso comum em um mundo polarizado: “alguém está tentando nos matar; e estamos tentando matá-los”.

Trata-se de um filme sobre polarização sem querer parecer estar polarizado. A expectativa de romper com isso não foi alcançada, mas se for ao cinema buscando reflexões sobre o momento que o mundo atravessa, atuações inspiradas e um road movie de guerra de realismo extremo, verá as expectativas sendo superadas. Vale o ingresso, sem dúvida.


Leia crítica de Felipe Fernandes, publicada no blog Opiniões, de Aluysio Abreu Barbosa, aqui
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The Batman: um filme de canalhas e (quase) anti-heróis
13/03/2022 | 09h27
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A estratégia das grandes franquias, quando estão para entrar em cartaz, é usar os fãs para fazer o trabalho de marketing. Em tempos de redes sociais massificadas, até os haters ajudam no engajamento, e cada elemento do triler divulgado é analisado minunciosamente para achar alguma pista do que vem de novo e quais personagens serão exploradas. No Batman de Matt Reeves não foi diferente. Aliás, de diferente ele tem pouco.
“The Batman” é um noir, um “romance policial de suspense”. Daqueles que a gente fala que é bom. “E o Batman?” — “É bom”. Com ponto final, sem exclamações. Mas sem dúvidas vale o ingresso — estética e trilha inspiradas, enredo bem amarrado e boas atuações. Os exageros na duração da película e no uso de uma textura primitiva acabam por deixar alguns momentos maçantes e arrastados.
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A construção da Gotham City de Reeves é o ponto alto do filme. Obscura, corrupta e chuvosa, com tomadas de luminosidade bem pensadas, faz o espectador imergir na trama principal e nas paralelas. Nesses canários é que surge Zoë Kravitz interpretando uma Mulher-Gato com sensualidade e pés no chão; real e exposta. Personagem construída com maestria pela direção e atuação. A máscara, que a princípio pode parecer amadora e malfeita, logo se mostra condizente com a proposta.

Batman e Mulher-Gato rodam a Gotham de moto durante boa parte do filme, mas essas tomadas em nenhum momento entediam. É onde foi criada a tensão sexual e química entre eles. Ambas as motocicletas estilizadas com ar retrô, também sem exageros, mantendo-nos na garupa de forma deleitável.
O sempre esperado “carro do Batman” também não decepciona. Por homenagem ou inspiração, deixa um tom “Taxi Driver”, de Scorsese. Além disso, Gotham City é — sempre foi — uma alusão clara a Nova Iorque, com arquitetura industrial e com iluminação predominante de neons e telões de LED.
E essa cidade que leva “The Batman” nos apresentar aos vilões — canalhas mafiosos e policiais corruptos, Pinguim e o lunático Charada — diretamente para o estilo setentista de Scorsese. Mas também para o suspense investigativo de “Se7en”, de David Fincher, com um maníaco manipulador cometendo crimes bárbaros e deixando pistas direcionadas ao investigador. Nesse caso, Batman.
De forma proposital ou não, os “caras malvados” assumem o protagonismo da trama do primeiro ao segundo ato. Com destaque para John Turturro, que nasceu no Brooklyn e trouxe para o mafioso Carmine charme e frieza ao estilo italiano de Michael Corleone. E destaca-se também um irreconhecível Colin Farrell, que deu vida a um Pinguim assustadoramente real.
Apesar do grande vilão do filme ser o Charada, esse não atendeu as expectativas como antagonista principal. O tom excessivamente fetichista, com direito a máscaras de couro e gemidos de prazer quando matava, contrastou negativamente com uma atuação fraca de Paul Dano. Com pistas infantilizadas que foram deixadas nas cenas do crime, e os diálogos que estruturavam o jogo de palavras do vilão pueris, Charada não entrega o esperado.
Ainda é um Batman?
Mas o que mais incomoda é o Batman, propriamente dito. A escolha arriscada em Robert Pattinson, que se mostra ainda muito preso à saga Crepúsculo, vem agradando uma parcela significativa dos fãs — e trazendo novos —, mas é difícil aos acostumados com um Batman forte, estrategista e com veículos especiais. E apela ao fetichismo, também de forma exagerada. Saindo das sombras fazendo barulho ao estilo do Urso Judeu, do Tarantino “Bastardos Inglórios”, ou em tomadas que focam nas botas, o barulho do ranger do couro é quase ensurdecedor aos ouvidos mais puristas.
The Batman entregou um noir bem amarrado, trazendo as referências que agradam quem gosta de cinema. Agradou público e crítica. Mas é um filme sobre canalhas e o submundo da política e do crime. Um filme policial clássico. Traz um tom crítico necessário em um mundo apodrecido pelas relações de poder. Mas não é um filme para fãs. Tem pouco de Batman, e os vilões se destacam abertamente. Pattinson não entrega uma atuação brilhante e enfraquece demasiadamente o personagem.
Mas ele ainda se nega ao julgamento precipitado e a justiça com as próprias mãos. Mesmo se denominando com “vingança” logo no começo do filme, permanece sem cruzar linhas sem volta, mesmo sendo levado ao limite. Ainda é um Batman. Quase um anti-herói. Não se deixa corromper e não permite que aliados se corrompam. Consegue manter a expectativa para o próximo filme, e uma necessária ponta de esperança. Sim, ainda é um Batman.
 
* The Batman está em cartaz no Kinoplex, em Campos e no Cine Araújo.
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Campos e o Cinema
11/03/2022 | 10h36
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Campos é uma cidade de cinema. Não só por sua história — que certamente daria um filme —, mas por ter sido território ocupado por quase 70 salas de cinema de rua, nos anos 1960 e 70. E com uma característica primordial: a descentralização. De Santo Eduardo ao Centro, passando por Saturnino Braga, indo até Dores de Macabu; praticamente em todos os distritos era possível ver uma sala de cinema.
Hoje, Campos conta com modernas e confortáveis salas de cinema em shopping centers. Nesse fevereiro que passou, Guarus recebeu uma delas, no também recém-inaugurado Plaza Shopping. O primeiro cinema daquele que é um dos bairros mais populosos do município. Cinema com os padrões comerciais. Mas já nos anos 1950, lá estava instalado, e projetando a sétima arte, um charmoso cinema de rua.
O período de crescimento econômico que Campos experimentou, trazido pela indústria sucroalcooleira, propiciou que vários espaços culturais na área central do distrito-sede fossem abertos — e vivenciados. Cafés, livrarias, teatros, bandas de música e cineteatros efervesciam a cidade. A imprensa era ocupada por profissionais gabaritados e dava espaço à intelectualidade campista. O Café High Life e o Cine Teatro Trianon eram palcos elitizados de convivência e cultura. Os distritos levavam cinema aos moradores, servindo como equipamentos culturais descentralizados.
Apenas três distritos não possuíram registros de cinemas de rua: Ibitioca, São Joaquim e Dr. Matos (estes dois últimos extintos na divisão geográfica atual), como informa Joilson Bessa, poeta e mestre em geografia pela UFF Campos. Em seu trabalho de mestrado, Bessa verificou que a sala de cinema de rua mais antiga foi em Goytacazes, então 2º distrito, em 1930. Por lá o maior cineteatro da área rural de Campos, o Cine Teatro São Gonçalo, projetava filmes e documentários.
Nos anos 1950, mais 14 salas eram inauguradas. Duas décadas mais tarde, somavam-se 68 salas de cinema em Campos — 20 na sede, 48 na área rural. Deste ápice, o declínio levou a duas salas apenas, em meados dos anos 1980. O Cine Capitólio e o Goytacá sobreviviam bravamente, até deixarem de existir. O primeiro em 2001 e o segundo vendido para uma igreja evangélica nos anos 1990.
Sem cinema algum entre os anos de 1996 a 1999, a cidade começa a receber as salas de exibição modernas nos anos 2000. Em 2012, o shopping Avenida 28 inaugurava o Kinoplex, uma das maiores redes do país, depois de ter no mesmo local o Cine Ritz e o Cine Magic.
Vale lembrar que a Casa de Cultura Villa Maria tinha uma videoteca charmosa, que ficou acessível a qualquer campista em 1995. Com mostras de cinema e apresentação de filmes que não estavam no circuito comercial de cinema, a Villa foi uma espécie de cinema popular por quase seis anos.
Campos voltando a ser uma cidade de cinema
Os três principais shoppings da cidade contam com grandes salas de cinema, hoje. Ainda há muito para ser trabalhado em descentralização de arte e cultura em Campos, mas “o outro lado do rio” já pode comer pipoca e assistir projeções com padrões modernos. As grandes estreias cinematográficas são exibidas na cidade, sem qualquer prejuízo em comparação com as capitais.
O que não significa dizer que os ditos “cinemas de rua” não tinham qualidades; tanto na escolha das películas como nos equipamentos de exibição. O Trianon e o Goitacá suportavam mais de 1000 cinéfilos iluminados apenas pelos raios de projetores 35 mm — o mesmo utilizado no Capitólio, Coliseu, São José, Drive In e Dom Marcelo, que poderiam acomodar mais de 500 pessoas.
O cinema em Campos também passou também pela academia. Ou quase. A Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que foi projetada por Darcy Ribeiro para ser uma universidade do terceiro milênio, tinha em seu projeto inicial uma escola de cinema. O Solar do Colégio, que hoje abriga o Arquivo Público, seria a sede da Escola Brasileira de Cinema e Televisão. O projeto não foi à frente, mas caso esse sonho de Darcy se tornasse realidade, Campos certamente seria um polo de produção cinematográfica de excelência, como é o ensino da Uenf em outras áreas.
Mesmo não sendo possível a realização do "sonho de cinema" de Darcy, a sua Uenf foi o local escolhido para a pré-estreia do curta-metragem campista “Faroeste Cabrunco”. Na última quarta-feira (9), o curta foi projetado no Centro de Convenções da Universidade. Com um nome “da gema”, o faroeste é estrelado por Tonico Pereira, ator de renome nacional, também campista.
Um cinema, seja de rua ou grandes salas comerciais, não são políticas públicas culturais. Estas são complexas e devem obedecer a parâmetros abrangentes, emancipatórios e democráticos. Mas voltar a ser uma “cidade de cinema” é fundamental para a formação de identidade e fortalecimento da cultura campista. Que a cidade, que ainda não realizou um dos sonhos de Darcy, possa ser (voltar a ser, ou ser ainda mais) uma cidade com cinema “pra cabrunco”.
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Sobre o autor

Edmundo Siqueira

edmundosiqueira@hotmail.com