Letreiro da antiga Estação Leopoldina é transferido para o Museu Histórico de Campos
10/03/2023 | 02h31
Letreiro foi entregue à equipe do Museu Histórico nesta sexta
Letreiro foi entregue à equipe do Museu Histórico nesta sexta
Antes esquecido numa garagem no Museu Olavo Cardoso, como noticiado pelo blog na última segunda-feira (6), o letreiro da antiga Estação Leopoldina enfim foi transferido para o Museu Histórico de Campos. Lá, a peça já foi colocada numa sala junto ao restante do acervo ferroviário, e na próxima semana ganhará destaque em uma parede, dada a sua importância histórico-cultural.
Na quinta-feira (9), a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Auxiliadora Freitas, informou que já havia sido feito um agendamento para a secretaria municipal de Obras retirar o letreiro, além de fazer a contenção da parte do Museu Olavo Cardoso que desabou. No mesmo dia, porém, a secretaria de Obras e Infraestrutura informou que "colocou novas estacas para manter o museu" (há anos em situação de abandono) e que "estuda a contratação de uma empresa para recuperar o espaço". A pasta justificou que o letreiro ainda não havia sido removido, pois demandava "mão de obra especializada, para evitar danos".
Agora removido, o letreiro foi entregue no Museu Histórico nesta sexta-feira (10). Ele se junta não somente ao acervo da estação ferroviária, como também ao que restou de um furto no Museu Olavo Cardoso em dezembro de 2020. O local foi alvo de nova tentativa de furto no último sábado (4), esta frustrada por policiais do programa Segurança Presente.
Estima-se que o letreiro da Estação Leopoldina estivesse no Museu Olavo Cardoso desde 2006, quando o casarão, situado à avenida Sete de Setembro, foi transformado pela Prefeitura num museu-casa. Atualmente, a antiga casa do usineiro Olavo Cardoso encontra-se fechada desde 2012, carecendo de reforma. Segundo Auxiliadora Freitas, após a definição da empresa que fará o projeto da obra, esta será licitada.
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Letreiro da histórica Estação Leopoldina está esquecido em garagem do Museu Olavo Cardoso
06/03/2023 | 04h49
Letreiro da Estação Leopoldina em garagem do Museu Olavo Cardoso
Letreiro da Estação Leopoldina em garagem do Museu Olavo Cardoso / Foto: Genilson Soares
Alvo de furto em dezembro de 2020 e de nova tentativa no último sábado (4), esta frustrada por policiais, o Museu Olavo Cardoso ainda guarda itens de importante valor histórico-cultural. Um deles é o letreiro da antiga Estação Leopoldina, que encontra-se numa garagem do prédio sem os devidos cuidados.
Originalmente do usineiro Olavo Cardoso, o prédio do museu que leva o seu nome data do fim do século XIX e foi doado à Prefeitura de Campos em 2006. Situado à avenida Sete de Setembro, no Centro, o museu-casa encontra-se fechado desde 2012, estando atualmente em situação de abandono e com uma parte da estrutura interditada. No final de 2020, criminosos furtaram do imóvel materiais de uso administrativo, mobiliário, ventiladores, computadores, bebedouros, condicionadores de ar e parte do acervo histórico-cultural. O que restou deste acervo foi restaurado e, em junho de 2021, transferido para o Museu Histórico de Campos, à praça do Santíssimo Salvador.
A transferência ao Museu Histórico incluiu peças como duas cristaleiras, duas mesas de jantar, 15 cadeiras, mesa de cozinha com outras três cadeiras de conjunto, um aparelho de bufê, guarda-roupas, cômoda, mesa de canto, penteadeira, três floreiras, três tapetes originais, duas colunas, relógio de parede de madeira, armário de louças, filtro com pedra vulcânica, documentos e fotos do casal Olavo Cardoso e Isabel Cardoso, frascos de perfumes usados por Isabel, além de fotos da primeira esposa de Olavo, Ambrosina, conhecida pianista de Campos no passado. Vários itens do mobiliário foram recebidos em estado degradável, desmontados, com vidros quebrados e algumas partes danificadas.
No último sábado, policiais do programa Segurança Presente prenderam dois homens tentando tirar parte da estrutura de ferro que compõe o muro do Museu Olavo Cardoso. Após a repercussão do caso, o blog tomou conhecimento de que continua no interior do terreno o letreiro da Estação Leopoldina, embora o restante do acervo referente à memória ferroviária de Campos também já tenha sido levado para o Museu Histórico, antes mesmo do furto de 2020 no Olavo Cardoso.
O blog apurou que, há anos, a Prefeitura tem recebido solicitações para que o letreiro da Leopoldina também vá para o Museu Histórico, onde teria mais segurança e ficaria junto a outras peças referentes à estação. Porém, esta transferência não aconteceu durante a última gestão municipal, como, até o momento, também ainda não foi realizada pela gestão atual. O letreiro estaria no Museu Olavo Cardoso desde que o casarão virou um espaço de memória, em 2006. Procurada, a Prefeitura não emitiu posicionamento até a publicação desta matéria.
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Letreiro da Estação Leopoldina em garagem do Museu Olavo Cardoso
Letreiro da Estação Leopoldina em garagem do Museu Olavo Cardoso / Foto: Genilson Soares
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Restauração do Museu Olavo Cardoso é debatida, mas segue sem definições
24/02/2023 | 05h33
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono / Foto: Rodrigo Silveira
Com marquise desabando, árvore crescendo no telhado, pichações na fachada, acúmulo de mato no quintal e já tendo sido alvo de furto no final de 2020, o Museu Olavo Cardoso tornou-se um “cartão postal de Campos às avessas”, como definiu o jornalista Saulo Pessanha em seu blog no portal Folha1. As constantes cobranças de pessoas ligadas à preservação patrimonial no município levaram a Prefeitura a procurar o Instituto Federal Fluminense (IFF), com objetivo de firmar uma parceria que viabilizasse a criação de um projeto para a obra. O IFF acenou positivamente, mas em relação a projetos para restauração de outros prédios históricos. Dada a urgência na situação do Olavo Cardoso, este ficaria de fora do acordo.
A possibilidade de parceria entre Prefeitura e IFF foi pensada pelo jornalista Edmundo Siqueira, outro titular de blog no Folha1. “Indaguei pessoalmente o prefeito Wladimir Garotinho sobre o que precisaria para salvarmos o Olavo Cardoso. Ele me disse que faltaria o projeto. Procurei o IFF, por ser uma instituição de ensino pública de alta qualidade e por ter o curso de arquitetura, através da professora Maria Catharina Queiroz Prata, que prontamente se propôs a ajudar”, recorda Edmundo.
O contato com Maria Catharina foi feito em janeiro. Desde então, há tratativas para que a parceria seja viabilizada. No início deste mês, a Prefeitura chegou a divulgar que a elaboração de um termo de cooperação técnica foi debatida com o IFF. Por meio dele, alunos do curso de bacharelado em arquitetura e urbanismo fariam projetos, destacando-se o de restauração do Museu Olavo Cardoso, para futuros estudos a respeito da obra. Na prática, porém, não é tão simples assim.
— Quando ocorreu a segunda reunião, no IFF, junto com a coordenação de arquitetura, nós colocamos alguns problemas de ordem prática, como por exemplo a urgência para ser feito o projeto do Olavo Cardoso, para ser feita uma licitação. Não tem como fazer isso de um dia para o outro. O projeto a ser licitado é um projeto grande — explica a professora Maria Catharina Queiroz Prata.
A própria Maria Catharina, então, sugeriu que a Prefeitura tentasse um contato à parte com a universitária Estéfani Carneiro. Atualmente cursando o último período da faculdade, Estéfani tem o Museu Olavo Cardoso como tema de estudo em seu Trabalho de Final de Graduação (TFG). À Folha, ela confirmou ter interesse em participar do processo para a restauração.
— Parece que a iniciativa do Edmundo deu uma ideia à Prefeitura para fazer uma parceria com o IFF, visando a reformar os patrimônios que tenham essa necessidade. Isso vai ser feito em forma de projeto de extensão, que geralmente dura mais de um ano e, por isso, envolve alunos que estão fazendo o curso. Como já estou me formando, eu não poderia participar. Mas, o caso do Museu Olavo Cardoso não vai se encaixar nessa parceria, devido à urgência da restauração — lamenta Estéfani. — Cheguei a fazer uma visita ao museu, e a situação está muito ruim. Me sensibilizei muito e queria muito fazer parte disso — acrescenta.
Em nota, a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Auxiliadora Freitas, informou que a entidade segue em tratativas com o IFF para que seja elaborado um termo de cooperação técnica. “Assim que o projeto avançar e se concretizar, serão divulgados prédios e projetos envolvidos no mesmo”, destacou.
Sobre o Museu Olavo Cardoso, Auxiliadora disse que a demanda de urgência está com a secretaria municipal de Obras e Infraestrutura, já tendo acontecido reunião desta com a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, na presença de membros do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam).
— Estão sendo tomadas as providências para que o projeto de restauração do referido imóvel avance. Estamos na expectativa de que esta demanda, em função da sua urgência, avance nas tratativas processuais, burocráticas e financeiras, para que a tão sonhada restauração deste equipamento aconteça — destaca Auxiliadora Freitas. — Quem sabe, também, juntos, possamos encontrar uma empresa local, inscrita na lei de incentivo estadual para bens culturais, que possa se interessar em colocar o imposto que pagaria ao estado na recuperação do nosso patrimônio cultural, tão significativo na nossa cidade — finaliza.
Por parte do IFF, o interesse em fazer parte de parcerias está mantido para outros projetos. Na visão da professora Maria Catharina, é importante que iniciativas deste tipo sejam buscadas, tanto com o IFF quanto com outras instituições, como o Centro Universitário Fluminense (Uniflu) e os Institutos Superiores de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (IseCensa).
— Acho que é extremamente viável, se não existe um corpo técnico, que o IFF e até mesmo outras instituições de ensino que tenham a arquitetura façam esses acordos com a Prefeitura. É importante viabilizar acordos, porque o patrimônio de Campos está se perdendo. Como professora de arquitetura e arquiteta, como uma pessoa que tem projetos referentes à preservação do patrimônio, vejo que é salutar ocorrer este termo — destaca.
A torcida é a mesma de Edmundo Siqueira, embora ressaltando que o poder público precisa buscar alternativas para restaurar o Olavo Cardoso.
— Minha ideia inicial era fazer do restauro do Museu-Casa Olavo Cardoso um exemplo prático de como pode existir uma parceria entre universidade e o poder público para restaurar um equipamento cultural. Espero que tenha bons frutos e que o Olavo Cardoso seja enfim restaurado. Mas, ressalvo que precisamos discutir, enquanto sociedade, sobre o uso que será dado — enfatiza.
Representantes da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima já estudam formas de uso para o prédio. Entretanto, ainda não há definições.
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono / Foto: Rodrigo Silveira
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono / Foto: Rodrigo Silveira
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono / Foto: Rodrigo Silveira
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Sylvia Paes é a nova diretora de Artes e Culturas da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima
01/12/2022 | 02h14
Sylvia Paes ao lado de Kátia Macabu
Sylvia Paes ao lado de Kátia Macabu / Foto: Secom
A professora, historiadora e escritora Sylvia Paes é a nova diretora de Artes e Culturas da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima. Ela foi a escolhida para substituir Kátia Macabu, braço direito da presidente da  fundação, Auxiliadora Freitas, desde o início do governo Wladimir Garotinho. A troca foi anunciada pela Prefeitura nesta quinta-feira (1°), agradecendo em nota a Kátia pelos serviços prestados
A possível saída de Kátia Macabu, por decisão própria, vinha sendo comentada nos bastidores do setor cultural da cidade nas últimas semanas. Escolhida para substituí-la, Sylvia Paes é atuante na causa da preservação da memória campista. Já foi presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Campos e integrante dos Conselhos Municipais de Cultura e de Proteção ao Patrimônio Arquitetônico, além de ser membro da Academia Campista de Letras, em cuja sede relançará no próximo sábado (3) o seu livro "Oculta exuberância: Cemitérios como museus”. Também já atuou em equipamentos como Museu Olavo Cardoso, Biblioteca Municipal Nilo Peçanha e Museu Histórico de Campos.
Até então no cargo, a diretora teatral e atriz Kátia Macabu foi uma das responsáveis pela elaboração do plano de gestão "Culture, Campos - com horizonte". Também teve atuação importante na organização da 11ª Bienal do Livro e da edição do ano passado do Festival Doces Palavras, entre outros eventos.
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