Gabriel Torres
13/10/2025 17:27 - Atualizado em 13/10/2025 17:27
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assina junto com outros líderes
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Foto: Reprodução de vídeo/Rede Globo
Líderes de diversos países do mundo assinaram nesta segunda-feira (13), no Egito, um acordo para oficializar o cessar-fogo da guerra na Faixa de Gaza, sugerido pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Mas os dois lados do conflito – Israel e o grupo terrorista Hamas – não estiveram presentes.
Chamado de "cúpula da paz em Gaza", o encontro ocorreu na cidade egípcia de Sharm El-Sheik. O documento foi assinado pelo próprio Trump e pelos presidentes Abdul al-Sisi (Egito) e Recep Tayyip Erdogan (Turquia), além do emir Tamim bin Hamad Al Thani (Catar) – essas três nações atuaram como mediadoras das tratativas.
A assinatura ocorreu horas após o Hamas ter libertado os 20 últimos reféns israelenses que ainda estavam sob seu poder em Gaza.
"Juntos, conseguimos fazer o que todos disseram que era impossível. As pessoas não acreditariam que conseguiríamos a paz no Oriente Médio [...]. Agora, a reconstrução [de Gaza] começa", afirmou Trump nesta segunda.
Com participação de mais de 20 líderes mundiais, a cúpula tem como objetivo conduzir uma segunda etapa de negociações do plano de paz, apresentado no fim de setembro por Trump e iniciado efetivamente na semana passada, após aprovação de negociadores de Israel e do Hamas.
A proposta prevê o fim da guerra; o estabelecimento de condições para paz duradoura no Oriente Médio; e a implantação de um conselho que irá supervisionar Gaza no primeiro momento do pós-guerra.
Até a última atualização desta reportagem, não havia ficado claro como esse conselho supervisor irá funcionar. Outros detalhes do plano de Trump continuavam vagos, com pendências referentes a assuntos delicados e de fortes desavenças entre Israel e Hamas, caso do desarmamento do grupo terrorista.
Embora tenha confirmado inicialmente que iria ao encontro desta segunda, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não viajou ao Egito. Ao anunciar a ausência, o gabinete oficial deu como justificativa a proximidade de um feriado judaico.
Em discurso no Parlamento israelense antes da cúpula, Trump disse que "a era do terror" no Oriente Médio acabou. O presidente americano foi ovacionado pelos presentes. Netanyahu, em pronunciamento anterior, havia afirmado estar comprometido com a paz.
Reféns libertados
Os 20 reféns israelenses vivos que ainda estavam sob poder do grupo terrorista Hamas foram libertados após mais de dois anos de cativeiro, na madrugada desta segunda-feira (13). A operação faz parte de um acordo de cessar-fogo assinado entre Israel e o Hamas.
O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, discursou no Parlamento israelense nesta segunda. Ele afirmou que é "um dia histórico, o fim de uma era de mortes e terror". O acordo de cessar-fogo foi proposto pelo republicano.
"Este é um dia histórico para o Oriente Médio e um triunfo incrível para Israel e para o mundo. Os Estados Unidos se unem a vocês nesses dois votos eternos — nunca esquecer e nunca mais repetir. (...) Contra todas as probabilidades, fizemos o impossível e trouxemos nossos reféns de volta para casa", afirmou Trump.