No dia da Federação do União com PP, Bacellar com Flávio Bolsonaro
29/04/2025 17:43 - Atualizado em 29/04/2025 19:39
Rodrigo Bacellar e Flávio Bolsonaro
Rodrigo Bacellar e Flávio Bolsonaro / Foto: Reprodução redes sociais
Os partidos União Brasil e Progressistas formalizaram, nessa terça-feira (29), o lançamento da Federação União Progressista. Antes da cerimônia, no mesmo dia da oficialização, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, que é o nome cotado de seu partido para a disputa ao Governo do Estado, se reuniu com o senador Flávio Bolsonaro (PL), também em busca de alianças políticas, assim como fez com o ex-presidente Jair Bolsonaro em março deste ano, na Quarta-feira de Cinzas.
A aliança entre as legendas também deve afetar a política campista, uma vez que o PP é o partido do prefeito Wladimir Garotinho e o União é presidido por Bacellar, seu adversário político. Com a Federação oficializada, Wladimir e Bacellar poderão ter que dividir palanque na composição, caso não haja uma troca de partido.
A cerimônia para oficializar a Federação foi realizada na Salão Nobre da Câmara dos Deputados, com a presença de diversas autoridades. Juntas, as duas siglas se tornam a maior força política no Congresso Nacional com 109 deputados e 14 senadores. Além de seis governadores e 1.343 prefeitos. Também terão direito a R$ 953 milhões do fundo eleitoral, a maior fatia, em números de 2024 que serão atualizados.
Bacellar participou da cerimônia que formalizou a Federação. Nas redes sociais, o presidente da Alerj, que é cotado para a disputa ao governo do Rio de Janeiro em 2026, disse que é “uma honra estar ao lado de tantos líderes e amigos, mostrando a força a força da união em torno do progresso do Brasil”.
Na Câmara de Campos, a Federação terá nove parlamentares: sete do Progressistas, que são base do governo Wladimir, e dois do União Brasil, de oposição. Além da direção estadual, os partidos terão que definir o comando em cada município. Nesse arranjo, base e oposição vão precisar se acomodar no mesmo guarda-chuva partidário.
O lançamento da aliança ocorre após meses de negociações entre os presidentes do União, Antonio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira. Ambos farão uma co-presidência da federação até o final deste ano. Em janeiro de 2026, um novo presidente deve ser escolhido pelo grupo. A tendência é que a federação não apoie o nome do presidente Lula à reeleição.
União Brasil e Progressistas divulgaram um manifesto político que define as posições da Federação. O documento critica as gestões do Partido dos Trabalhadores, cita como exemplo positivo o Plano Real, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e prega a diminuição do papel do Estado na economia.
A direção da Federação no estado do Rio, por ser um dos principais colégios eleitorais, vai ser definida por uma negociação envolvendo as direções nacionais dos dois partidos. Em outros estados, foram definidos outros critérios, como o partido que tem o governador do estado e o número de deputados federais de cada legenda.

Segundo a legislação eleitoral, o modelo de federação impõe aos partidos um tipo de parceria que deve durar no mínimo quatro anos. É diferente da coligação, quando a combinação se dá apenas durante as eleições. As legendas ficam obrigadas a atuarem juntas em disputas majoritárias, a presidente, governador e prefeito.

Entre os benefícios da aliança, além de maior poder de negociações em Brasília, está a parte financeira. Os resultados eleitorais serão somados para o cálculo dos recursos de campanha e, juntos, Progressistas e União Brasil poderão receber a maior fatia do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

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