Em andamento o projeto de Resistência Artística Planícies de Dentro
12/07/2025 08:24 - Atualizado em 12/07/2025 08:24
Divulgação/assessoria
O ciclo formativo da Residência Artística Planícies de Dentro teve início na última quinta-feira (10). O projeto é um programa inédito em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, que propõe a criação de narrativas visuais que rompem com os discursos tradicionais sobre identidade e história, a partir das experiências de artistas negros, indígenas e LGBTQIAPN+; cinco já foram selecionados.

Na contramão dos apagamentos históricos que marginalizaram saberes, expressões e corpos dissidentes, o projeto busca abrir espaço para que esses artistas reescrevam, com suas próprias imagens e linguagens, as memórias da cidade.

A residência marca o início desse processo, propondo um mergulho no que há de mais profundo, subjetivo, político e simbólico, em territórios que, por muito tempo, foram tratados apenas como superfície.

A residência é a etapa formativa do projeto Planícies de Dentro, que propõe uma abordagem decolonial e antirracista sobre os modos de ver e narrar a história de Campos dos Goytacazes.

Ao longo de dois meses, cinco artistas selecionados por chamamento público participarão de oficinas teórico-práticas, visitas guiadas, experimentação artística e produções colaborativas que culminam na criação de obras e em uma exposição pública no Museu Histórico de Campos, prevista para final de agosto.
A iniciativa é realizada com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), por meio do Governo Federal, Ministério da Cultura, Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Funcultura.

O projeto é idealizado e tem curadoria da artista visual Agnis Silva (@artgnis), nascida e criada em Campos dos Goytacazes, cuja produção transita entre pintura, grafite, lambe-lambe, tatuagem e novas mídias, com fortes referências afrofuturistas e estéticas ancestrais.

“Queremos provocar deslocamentos nas narrativas dominantes sobre a história da cidade, abrindo espaço para outros corpos, outras memórias e outras formas de ver e sentir o território”, explicou Agnis.
A proposta da residência, segundo Agnis, é também tensionar os apagamentos históricos da historiografia local, propondo novas camadas de leitura sobre identidade, território e pertencimento.

O projeto, em andamento, é produzido pela Marimba Produções e apoiado pela Cerâmica Três Estrelas. 
Com informações da assessoria

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