Solte a cachorrinha...
30/07/2025 | 11h32

Anos 60. O telefone tilintou e Mário Manhães de Andrade, gerente de A Notícia (então o principal jornal de Campos), atendeu.
Era um comerciante sírio, contando uma “tragédia” em casa.
Sumira uma cadelinha e os filhos estavam inconsoláveis.
Mário disse que não recebia anúncios pelo telefone.
Mas o sujeito o venceu no cansaço. Os sinais da cadelinha foram passados e o preço, de três cruzeiros, por vez, combinado.
O comerciante mandou colocar sete vezes, ao preço final de vinte cruzeiros.
O anúncio saiu um dia só e o telefone novamente tilintou. Por coincidência, o próprio Mário Manhães atendeu.
O homem estava eufórico e desmanchou-se em elogios ao jornal, dizendo que logo apareceu uma pessoa com um exemplar de A Notícia e a cadelinha.
Em meio aos elogios, o sírio disse que mandaria pagar os três cruzeiros.
— Calma aí! Não são três cruzeiros. São vinte.
— Mas o anúncio só saiu uma vez!
— Mas o combinado foi para sair sete vezes!
Discute daqui, discute dali, até que Mário deu a solução:
— Se o senhor não está satisfeito, solte a cachorrinha e deixe o anúncio sair mais seis vezes.
Do outro lado do fio, o homem ficou em silêncio por uns 15 segundos.
Depois explodiu uma gargalhada, vencido.
E mandou pagar os 20 cruzeiros.
(Obs: Foto ilustrativa)
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O que a eleição de 2026 reserva para Wladimir Garotinho
29/07/2025 | 16h27
Interlocutores do grupo político de Wladimir Garotinho trabalham com a hipótese de o prefeito concorrer nas eleições de 2026 como vice em uma chapa liderada por Eduardo Paes na disputa do governo do estado. Aí, Wladimir não seria candidato à Câmara dos Deputados.

A se confirmar a vaga de vice para Wladimir, a busca por uma cadeira na Câmara dos Deputados, dentro do grupo liderado pelo prefeito, fica em aberto. E as apostas podem se concentrar na candidatura da primeira-dama Tassiana Oliveira, que faria o debut nas urnas.

Pelo que ouve nos corredores do Cesec dá para apostar em uma candidatura de Tassiana. É pule 10. Ela seria única do grupo, de forma a debutar na política com cacife para se eleger deputada federal e representar o município de Campos em Brasília.

Na verdade, um cenário assim é o que deseja Wladimir. Mas tudo depende da oficialização como vice de Eduardo Paes. As chances são efetivas. Paes precisa fortalecer o seu projeto político no interior, até porque é daqui Rodrigo Bacellar, o principal oponente.

Com Tassiana no páreo para a Câmara dos Deputados, Caio Vianna, ora exercendo um mandato em Brasília como suplente, vai ser candidato à Assembleia Legislativa (Alerj). Não é o que ele deseja, mas o que lhe é possível na montagem do tabuleiro liderado por Wladimir.

Caio, na disputa de uma cadeira na Alerj, teria a companhia do deputado Bruno Dauaire, que buscará o terceiro mandato. E do vereador Thiago Virgílio. Afora, a concorrência de outros nomes não tão ligados politicamente a Wladimir, mas que podem ter ajuda dele em uma troca de apoio.
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Projeção de quatro deputados de Campos para a Alerj na eleição de 2026
27/07/2025 | 08h30
Em entrevista ao programa "Folha no Ar", o vereador licenciado e atual secretário de Gestão de Pessoas e Governança Digital Wainer Teixeira (PP) fez uma projeção de certa forma otimista para as eleições de 2026.

Wainer acredita que o município de Campos pode fazer quatro deputados estaduais e dois federais. Quando se fala em previsão otimista é por conta tão somente dos resultados das eleições de 2022, que não foram bons.

Sim, porque o saldo foi muito aquém do que o município poderia fazer, e já fez, para a sua representação na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa (Alerj).

Nenhum
O eleitorado de Campos não fez nenhum deputado federal. Quem melhor se saiu nas urnas foi Caio Vianna. Mas não se elegeu, Ficou na suplência, o que lhe permite, agora, estar exercendo um mandato que não se sabe até quando vai.

Na disputa para a Alerj, foram escolhidos apenas três nomes: Rodrigo Bacellar, Thiago Rangel e Bruno Duaire. Pela projeção de Wainer Teixeira, a eleição de 2026 pode acrescentar mais um nome.

Digamos que quatro deputados é pouco pelo quantitativo de eleitores em Campos. E pelo histórico nas urnas do município. Em eleições passadas a quantidade de cadeiras na Alerj, ocupadas por políticos daqui, somava mais.

Já a bancada de Campos em Brasília era marcada por dois deputados. Até na época do bipartidarismo, com Alair Ferreira representando a Arena e nomes como Sadi Bogado e Walter Silva abrigados no MDB.
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Clarissa Garotinho vai tentar novamente uma cadeira no Senado
26/07/2025 | 08h36
Ex-vereadora no Rio e com mandatos na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, Clarissa Garotinho, agora no Republicanos, vai voltar ao cenário político. Nos planos dela, com vistas às eleições de 2026, está a busca por uma cadeira no Senado.

Vencer tal eleição não é tarefa fácil. Mas Clarissa está disposta tentar mais uma vez. Afinal, como diria Darcy Ribeiro, o Senado é o paraíso. O mandato é de oito anos e a cadeira oferece tudo que é mordomia.

Para o Estado do Rio de Janeiro são duas vagas em disputa. Em 2022, Clarissa tentou tal conquista. Não conseguiu. Foi a quarta colocada. Então abrigada no União Brasil, somou 1.145.413 votos.

Convidada para ser candidata em 2026, Clarissa está animada. E vai gravar participação no programa partidário do Republicanos. “Estou refletindo sobre os próximos passos”, diz, admitindo que uma pesquisa recente a animou e o Republicanos fez o convite.

Clarissa filiou-se ao Republicanos desde o início do ano passado. Ela cita que a relação com o deputado federal Luís Carlos Gomes (o novo presidente) é excelente. “Estamos tendo um bom diálogo”, enfatiza.


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Divertida história envolvendo o vereador Hélio Azevedo Gomes, o Lelé
25/07/2025 | 08h34
Ano: 1963. O ministro da Viação e Obras Públicas, Hélio de Almeida, veio a Campos para visitar obras do governo federal.

No aeroporto, Hélio de Almeida deu uma entrevista coletiva, que foi acompanhada pelo vereador Hélio Azevedo Gomes, o Lelé, integrante da comitiva de recepção ao ministro.

Lelé, diante dos jornalistas, tentou fazer algumas reivindicações. Mas não foi muito feliz e o ministro não entendeu o que, afinal de contas, pretendia o vereador de Ponta Grossa dos Fidalgos.

Hélio de Almeida solicitou, então, a intervenção do secretário estadual de Comunicação e Transportes, o campista Edgardo Machado, para decifrar o enigma.

Foi aí que o locutor Jorge Soares, da Rádio Cultura, que fazia a transmissão, ao vivo, saiu com esta:
— Neste momento o doutor Edgardo Machado está traduzindo as palavras do vereador Lelé...
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Uma pérola de Péris Ribeiro, que brilhou no jornalismo esportivo
23/07/2025 | 07h16
O jornalista Péris Ribeiro, levado domingo (20) por Papai do Céu, foi um brilhante cronista esportivo. Pesquisador dos melhores do país, escreveu três livros e ganhou vários prêmios literários.
Um dos prêmios mais significativos foi o que obteve na terra natal, ao ficar em primeiro lugar no 2º Concurso de Crônicas da Prefeitura, no ano de 1990, com “Didi, o Gênio da Folha-Seca”.
Quatro anos depois, a biografia de Didi acabou virando um livro de sucesso. Nele, Péris fez questão de viajar livremente através da saga gloriosa do ilustre conterrâneo.
A maior ambição de Péris Ribeiro era pela criação, em Campos, do Memorial Waldir Pereira em homenagem ao bicampeão do mundo falecido em maio de 2001 no Rio de Janeiro.
Na imprensa de Campos, em que começou em fins dos anos 60, Péris militou em dois jornais: A Notícia e Folha da Manhã. E não faltam, em sua carreira, fatos divertidos no dia-a-dia de labuta.
Em determinada noite, Péris chega ao jornal A Notícia, já por volta das 23h, e passa pela oficina a caminho da redação.
Procura então saber o espaço para a cobertura do jogo Goytacaz e Sapucaia, que havia sido realizado mais cedo, no Rio, na preliminar da Flamengo e Botafogo.
O espaço era pequeno, pelo adiantado da hora. Apenas duas colunas, com pouco mais de 10 centímetros de altura para uma nota sobre o amistoso arranjado pelo presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Eduardo Vianna, o Caixa D´Água, para que os dois clubes se exibissem no Rio de Janeiro, recebendo, em troca, um cachê.
Péris fez a nota, mas o título para a vitória do Goytacaz sobre o Sapucaia, em pleno Maracanã, pelo espaço curto, reservado pelo funcionário Capitólio, estava demorando a sair.
O jeito foi reduzir o tamanho das palavras. E saiu esta pérola:
“Goyta fatura Sapuca no Maraca”
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Recuperação do centro de Campos ignora restauração da Lyra do Apollo
22/07/2025 | 12h08
 A revitalização do Centro Histórico de Campos está na pauta do governo Wladimir Garotinho. Uma visita técnica, motivada por ações para recuperar a área já foi feita, envolvendo representantes de vários órgãos municipais.

O que chama a atenção é que o estágio atual do prédio da Lyra do Appolo vai sendo ignorado. Isto quer dizer que um dos principais cartões postais do Centro Histórico deve continuar como está, ou seja, sucateado por conta de um incêndio que sofreu em 2009.

Afora não se importar com o deplorável estado da Lyra de Appolo, as ações para recuperar o Centro Histórico não envolvem um problema que minimiza o desejo de muita gente em freqüentar o comércio da área: as caixas de som em portas de loja.

A poluição sonora é forte e haja disposição para percorrer o comércio com as caixas sonoras se rivalizando no volume junto a óticas, farmácias e lojas de eletrodomésticos.

É um som alto, o dia todo. O pior é que os comerciantes não se importam que traga malefício para os empregados das lojas. A tarefa para coibir é da Divisão de Postura da Prefeitura.
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Wladimir Garotinho sinaliza uma candidatura a vice em 2026
21/07/2025 | 10h44
O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), fez uma declaração que sinaliza aceitação como candidato a vice na chapa de Washington Reis na eleição para o governo do estado em 2026. “Aonde Washington estiver, eu estarei, por amizade e respeito”, assinala.

A colocação foi uma resposta a uma declaração de Washington de que ele, Wladimir, seria o vice do sonho de qualquer candidato. O prefeito diz que vai esperar a coisa acontecer. O que antecipa é que não caminhará com Rodrigo Bacellar, também pré-candidato a governador.

Wladimir está no PP, hoje federado ao União Brasil, de Rodrigo Bacellar. Mas vai sair. Washington Reis diz que o MDB, que preside no Estado do Rio de Janeiro, está de portas abertas.

Wladimir tem admitido que são efetivas as chances de ele compor uma chapa com Reis. Aí, o tabuleiro para as eleições do ano que vem ganharia a presença da Tassiana Oliveira como candidata à Câmara dos Deputados.

Washington Reis, quando é questionado sobre o potencial da candidatura de Rodrigo Bacellar, disputando a eleição na cadeira de governador, assegura que ganhará da máquina do estado.

O ex-prefeito de Duque de Caxias, em entrevista ao Globo, lembrou que nos anos 90 o então governador Marcello Alencar tinha a máquina e não elegeu o sucessor. A disputa foi ganha por Anthony Garotinho.
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Casas no centro de Campos, abandonadas, podem ruir
19/07/2025 | 08h26
Imóveis abandonados na área central de Campos vão se multiplicando. E geram problemas de toda ordem. O pior, até porque é o mais preocupante, é o risco de desabamento. Alguns tiveram tal fim.
E não é preciso ser entendido em construção civil para avaliar que determinados imóveis, pela aparência, podem não resistir a uma chuva mais forte. Ou mesmo um vento fora da curva.
Uma prática adotada pelos proprietários é a colocação de cartazes alertando para o risco. Não basta. Caso desmoronem vão atingir pedestres avisados ou desavisados.
Na Rua 13 de Maio, um pouco antes da Siqueira Campos, uma casa, antiga, mostra uma fitinha de alerta. O imóvel exibe, até pelo seu estado, um sério risco de desmoronamento. Se ruir, e atingir pessoas, não vai surpreender.
A Prefeitura precisa agir. Antes que seja tarde.
 
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Jornalista Aloysio Balbi e o vôo no jato de famoso banqueiro
18/07/2025 | 08h08

Ano – 1986. Jornalista dos bons, Aloysio Balbi, então atuando como repórter de O Globo em Campos, vende a ideia para o jornal (que acolhe) sobre a realização de uma matéria com o famoso banqueiro Ronaldo Cézar Coelho (dono do Multiplic), que encontra-se na cidade fazendo campanha para deputado federal.
Ronaldo Cézar, claro, acha ótimo ganhar a matéria, e sem saber, naturalmente, que Balbi trabalha no Globo, mas como correspondente na cidade, propõe ao jornalista dar-lhe a entrevista no seu retorno ao Rio de Janeiro, de avião.
Balbi topa, mesmo admitindo para si a dureza de ter que voltar para Campos de ônibus, no mesmo dia.
No interior do avião, Balbi vê que Ronaldo também convidara o falante vereador Aldemir Gonçalves, o Ruço Peixeiro, que se apresenta para o banqueiro como “forte” cabo eleitoral.
Assim que o avião decola do Aeroporto Bartolomeu Lyzandro, Ruço começa a falar, garantindo a Ronaldo tantos votos aqui e ali na Baixada Campista.
Na concepção de Balbi a viagem duraria 40 minutos, o tempo que leva entre Campos-Rio um avião de carreira. Daí que, pacientemente, espera Ruço vender o seu peixe.
Só que o avião do banqueiro era um Lear-Jet e chega rapidinho ao Rio.
No aeroporto, onde havia um carro a esperá-lo, Ronaldo faz as despedidas e por conta de sua agenda apertada não dá chance a mais conversas com qualquer dos convidados do voo.
Aloysio Balbi volta para Campos sem a entrevista e justificadamente muito “p" da vida.
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Sobre o autor

Saulo Pessanha

saulopessanha@fmanha.com.br