Filme de criadores do Festival Goitacá de Cinema ganha projeção em festivais, na TV e no streaming
22/10/2025 | 01h08
'Rio, Negro' é dirigido por Fernando Sousa e Gabriel Barbosa
'Rio, Negro' é dirigido por Fernando Sousa e Gabriel Barbosa / Foto: Divulgação
O ano de 2025 tem sido especial para o documentário "Rio, Negro". Lançado em 2023, o filme alcançou projeção nacional e internacional, com exibição em canal de TV, entrada em plataformas de streaming e presença em novos festivais. A direção é de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa, sócios na Quiprocó Filmes e criadores do Festival Internacional Goitacá de Cinema, realizado em Campos.
Desde o ano passado, "Rio, Negro" integra a cartela de filmes do Prime Video, exclusivamente para assinantes do canal CurtaOn. Uma das novidades foi a entrada na programação do Canal Futura, no final do mês passado, estreando na TV aberta. No último dia 3, houve o ingresso no Globoplay, terceiro maior serviço de streaming do Brasil no número de assinantes.
Consolidada nas plataformas, a projeção também pode ser notada com a indicação a eventos. Em março, "Rio, Negro" integrou a programação do Festival Cinélatino de Toulouse, na França. Agora, está na mostra competitiva de longas-metragens do Festival Arquivo em Cartaz, do Arquivo Nacional. No último dia 17, houve uma exibição do filme no CineArte UFF, em Niterói, e nesta terça-feira (21), uma na cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio.
"Rio, Negro" apresenta um olhar profundo sobre a história do Rio de Janeiro, destacando a contribuição fundamental da população negra na formação da cidade, em uma narrativa marcada por memórias, disputas sociais e impactos políticos. Em 2023, o filme estreou em cinemas de Rio de Janeiro, São Paulo, Palmas, Balneário Camboriú, Porto Alegre, entre outras metrópoles brasileiras. A trajetória do documentário inclui sessões em eventos como o Dubai Festival (2023); o Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs - 2023); o Festival Internacional do Filme Etnográfico do Recife (2023); o Inffinito Brazilian Film Festival (2023); o Festival Casa Sueli Carneiro (2023), o Festival Internacional de Cine Político (2023) e o Prêmio da Academia de Cinema Africano (2023). No Santos Film Fest (2023), recebeu menção honrosa na mostra de longas-metragens.  
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Trajetória do presidente campista Nilo Peçanha é contada em curta-metragem de animação
02/10/2025 | 10h55
Foto: Divulgação
Nascido no distrito de Morro do Coco, em Campos, Nilo Peçanha entrou para a história como o primeiro presidente negro do Brasil. Agora, 101 anos após a sua morte, sua trajetória será contada em um curta-metragem de animação 2D, dirigido pela designer gráfica e produtora cultural Diane Lizst. O lançamento acontece na Câmara Municipal de Campos, às 15h desta quinta-feira (2), dia do 158º aniversário do nascimento de Nilo, que morreu em 1924, aos 56 anos. Após uma roda de conversa e a sessão de estreia, a obra será disponibilizada gratuitamente no YouTube.
De acordo com Diane Lizst, um dos intuitos do curta-metragem "Nilo, o presidente negro" é auxiliar o cumprimento das leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileiras nas salas de aula. A própria Diane assina o roteiro, junto a Isabella Ismile, que também é responsável pela direção de arte.
— Por meio de uma linguagem acessível e emocionante, o filme apresenta às novas gerações uma personalidade afro-brasileira de imensa importância, oferecendo um espelho poderoso, no qual crianças e adolescentes negros podem se reconhecer e se inspirar — destaca Diane Lizst.
Republicano e abolicionista, Nilo Peçanha foi eleito deputado da Assembleia Nacional Constituinte de 1890-1891, senador, governador do Rio de Janeiro e vice-presidente da República. Chegou à presidência em 1909, após a morte do presidente Afonso Pena, e governou o Brasil até o ano seguinte. Durante a sua gestão, foram criados o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), antecessor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), e a Escola de Aprendizes Artífices, primeira escola técnica do Brasil e embrião dos institutos federais de ensino. Por esse motivo, Nilo é reconhecido como patrono da educação profissional e tecnológica brasileira.
Ficha técnica de "Nilo, o presidente negro":

Direção: Diane Lizst
Produtora executiva: Diane Lizst
Roteiro: Diane Lizst e Isabella Ismile
Gestão de projeto: Franproduz
Direção de arte: Isabella Ismile
Co-direção de arte: Pedro Arcelino
Produção audiovisual: Pedro Arcelino
Animação: Isabella Ismile
Design de personagens: Diane Lizst e Isabella Ismile
Storyboard: Diane Lizst e Isabella Ismile
Cenários: Isabella Ismile e Rodrigo Tannus
Assistência de animação: Gabriel Matos
Produção fonográfica: Filipe de Matos Monteiro
Música: Nunca é tarde para sonhar
Composição: Giselle Damásio
Interpretação musical: Evando dos Santos
Back-vocal: Diane Lizst e Giselle Damasio
Narração: Diane Lizst
Dublagem: Evando dos Santos
Sonoplastia: Isabella Ismile
Interpretação em Libras: Milena Gomes
Legenda: Isabella Ismile
Edição: Isabella Ismile
Design: Pedro Arcelino
Realização:
Governo Federal / Ministério da Cultura
Prefeitura de Campos dos Goytacazes / Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima
Fundo Municipal de Cultura, via Lei Paulo Gustavo 
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Álbum produzido pelo campista Cristiano Simões é indicado ao Grammy Latino
18/09/2025 | 08h18
Shin-Urayasu foi indicado na categoria melhor álbum de tango
Shin-Urayasu foi indicado na categoria melhor álbum de tango / Foto: Reprodução
Divulgada nesta quarta-feira (17), a lista de indicados ao Grammy Latino inclui um trabalho fortemente ligado a Campos. Trata-se de "Shin-Urayasu'", um dos concorrentes ao prêmio de melhor álbum de tango. Além de ser do duo Scofano-Minetti, cujo pianista uruguaio Alfredo Minetti morou na cidade quando criança, o disco tem como um dos produtores o campista Cristiano Simões.
Atualmente dividido entre os Estados Unidos e Portugal, Alfredo Minetti residiu em Campos na década de 1970, por ser enteado do médico e ex-candidato a prefeito César Ronald. Nesse período, foi aluno do Externato Santo Antônio e também do Colégio Eucarístico, além de ter conhecido o instrumento musical que o acompanharia anos mais tarde.
— Havia um piano na casa dos pais do meu padrasto, onde comecei a tocar sozinho. Foi meu primeiro contato com o instrumento. Só fui ter aulas depois, no Rio, mas meu fascínio pelo instrumento nasceu em Campos — lembra Minetti, que durante a carreira retornou à cidade para várias apresentações no Teatro Municipal Trianon, sendo a mais recente uma de 2023. Em 2017 e 2022, os shows em solo goitacá foram pelo duo Scofano-Minetti, que une o seu trabalho ao do bandeonista uruguaio Richard Scofano.
Cristiano Simões, por sua vez, é professor de filosofia e produtor cultural, além de atual superintendente de Educação e Cultura da Câmara Municipal de Campos. Ele assina a produção de "Shin-Urayasu" junto a Alfredo Minetti, Valeriano Fernandez, José Domenech, Maurício Figueroa e Ana Albertini.
— Estou trabalhando com o duo Scofano-Minetti desde 2018. É uma enorme satisfação saber que, depois de alguns anos, o nosso trabalho foi internacionalmente reconhecido com essa indicação. Estou em êxtase ainda, tentando entender o que está acontecendo. É um misto de satisfação, emoção... Até difícil encontrar palavras. É muito gratificante ver o nosso trabalho reconhecido, porque foi o trabalho de uma equipe grande, com muitas pessoas envolvidas. Estamos todos muito honrados — afirma Cristiano.
Disponibilizado nas plataformas digitais em novembro do ano passado,"Shin-Urayasu" possui cinco composições originais para bandoneón e piano, bem como um solo de bandoneón. As faixas foram gravadas no estúdio Quinta Aumentada, em Portugal, com mixagem e masterização de Jorge Cervantes.
O álbum do duo Scofano-Minetti concorre ao Grammy Latino com os álbuns "Colángelo... Tango", de José Colángelo; "Piazzolla para orquesta típica", da Orquesta Típica Daniel Ruggiero; "Milonguín", do Giovanni Parra Quinteto; "La inevitable tentación de ir a contramano", do Sexteto Fantasma; e "En Vivo 20 Años", de Tanghetto. O resultado será conhecido no dia 13 de novembro, em cerimônia na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas.
— Ainda estamos todos em êxtase. A nominação é algo muito difícil de conseguir e já é considerada um grande marco. Isso dito, é uma competição, em que agora, em vez de dezenas, somos seis. Então, estamos tentando fazer com que o máximo de pessoas ouça o nosso álbum, e compartindo o mesmo com muitos colegas que são membros votantes da Academia Latina da Gravação, para a consideração deles. Se gostarem do trabalho, há uma grande chance de que escolham votar no nosso álbum — destaca Alfredo Minetti.
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Secreto e Mai Asian Food são campeões do Festival Gastronômico de Verão de Campos
11/03/2025 | 02h27
Restaurantes e pratos vencedores foram conhecidos nessa segunda-feira
Restaurantes e pratos vencedores foram conhecidos nessa segunda-feira / Fotos: Reprodução/Instagram
Foram conhecidos na noite dessa segunda-feira (10) os restaurantes vencedores do Festival Gastronômico de Verão de Campos - Edição Frutos do Mar. O Secreto levou o prêmio principal na categoria de voto popular, por seu risoto de camarão ao tucupi. O júri técnico, por sua vez, definiu como vencedor o Mai Asian Food, cujo prato foi o chirashi bowl (arroz temperado, gengibre e sunomono com sashimis de salmão, atum e peixe branco).
Realizado pela Liga Gastronômica de Campos em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), o Festival Gastronômico de Verão aconteceu de 24 de janeiro a 23 de fevereiro, envolvendo 25 restaurantes. Todos eles disponibilizaram ao público um prato selecionado, pelo valor de R$ 59,90. Segundo a organização, foram comercializados 9.921 pratos, gerando R$ 594.267,90 de receita total. O evento teve apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos e da secretaria municipal de Turismo, além da iniciativa privada, inclusive do portal Folha1.
Confira abaixo os pódios:
Voto Popular:
1º lugar - Restaurente Secreto
2º lugar - Jeitin di Minas Bistrô
3º lugar - Atemporal Pizzeria e Cozinha Afetiva
 
Júri técnico:
1º lugar - Mai Asian Food
2º lugar - Chef Diogo Coupey
3º lugar - Nomad Smoke House
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São Fidélis tem parada natalina e encontro de folias de reis neste fim de semana
06/12/2024 | 05h37
Fotos: Reprodução
Este fim de semana em São Fidélis tem como destaques dois eventos culturais abertos ao público. Um deles é a segunda Mostra de Natal da Associação Cultural Paulo Fernando Abreu Valente, com programação noturna nesta sexta-feira (6) e no sábado (7), na praça Guilherme Tito de Azevedo e na quadra Humberto Lusitano Maia. Também no Centro da cidade, vai acontecer no sábado um encontro de quatro folias de reis locais, às 20h. A iniciativa é da empresária e produtora cultural Magnólia Faria, ocorrendo no Hotel São José.
Ambos os eventos têm como um dos objetivos a manutenção de práticas culturais tradicionais em solo fidelense. Na Mostra de Natal, a parada será protagonizada pelo Grupo Teatral Máscaras, por muitos anos dirigido pela professora Sônia Sota, vítima da pandemia da Covid-19. Já o encontro das folias de reis visa a alimentar uma manifestação quase esquecida nos grandes centros, mas que segue tendo São Fidélis como um dos seus redutos.

Mostra de Natal

Sexta-feira:
19h - Abertura da quadra com feira de artesãs, expositores e praça de alimentação
19h30 - Recital da Academia Fidelense de Letras
20h30 - Parada de Natal com carro alegórico e personagens natalinos
Sexta-feira:
19h - Abertura da quadra com feira de artesãs, expositores e praça de alimentação
19h30 - Recital da Academia Fidelense de Letras
20h30 - Parada de Natal com carro alegórico e personagens natalinos
22h - Show de Fábio Maia
Sábado:
19h - Abertura da quadra com feira de artesãs, expositores e praça de alimentação
19h30 - Apresentação do Coral Vivendo a Vida, de Cambuci
20h30 - Parada de Natal com carro alegórico e personagens natalinos
22h - Show da banda Quinto Elemento

Encontro de folias de reis
Sábado:
20h - Apresentações das folias Estrela de Belém do Norte, Estrela da Guia, Estrela Dalva do Oriente e Estrela dos Anjos do Oriente
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Triplamente premiado no Grammy Latino 2024, Jota.pê faz show com Bruna Black em Campos nesta sexta
22/11/2024 | 02h28
Show 'Avuá' será apresentado no Sesi Campos
Show 'Avuá' será apresentado no Sesi Campos / Foto: Divulgação
Recém-consagrado no Grammy Latino, o cantor e compositor paulista Jota.pê fará um show em Campos nesta sexta-feira (22), às 20h. Realizado em dueto com a também paulista Bruna Black, pelo projeto "Àvuá", o evento aconteceria no Teatro Firjan Sesi, mas foi transferido para o ginásio poliesportivo do Sesi, também em Guarus, devido a um problema técnico no espaço original. Os ingressos para a apresentação estão esgotados há mais de duas semanas.
Hoje com 31 anos, Jota.pê ganhou notoriedade nacional em 2017, quando fez parte do reality musical "The Voice Brasil", da TV Globo. Desde então, se firmou como um dos nomes de destaque na música brasileira contemporânea. Sua consagração ocorreu no último dia 14, vencendo as três categorias nas quais foi indicado ao Grammy Latino 2024. Uma delas foi a de melhor álbum de música popular brasileira/música afro-portuguesa brasileira, com "Se meu peito fosse mundo", superando trabalhos de Djavan, Marisa Monte, Elza Soares e da parceria de Milton Nascimento com Chitãozinho e Xororó. O mesmo disco solo lhe valeu o prêmio de melhor engenharia de som, e a música "Ouro marrom" foi escolhida pela Academia Latina de Gravação como a melhor canção em língua portuguesa.
A parceria de Jota.pê com Bruna Black nasceu em 2019, a partir da música "Conte comigo", escrita por ele e gravada com participação dela. Atualmente com 24 anos, Bruna também participou do "The Voice Brasil", mas em 2020. Juntos, ela e Jota.pê lançaram  o projeto "Àvuá", cujo repertório une dois universos artísticos distintos e complementares. Ambos também estiveram juntos na gravação do álbum "Onze", em que vários artistas interpretaram canções inéditas de Adoniran Barbosa. Esse disco coletivo, inclusive, recebeu indicação ao Grammy 2021, na categoria de melhor álbum de samba.
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Morre Bida Leão, diretor e um dos realizadores do Samba na Praça
25/07/2023 | 01h24
Bida com a camisa do Samba na Praça
Bida com a camisa do Samba na Praça / Foto: Reprodução
Morreu na manhã desta terça-feira (25), aos 69 anos, um dos diretores do Samba na Praça, Alcebíades (Bida) Leão. Entusiasta do ritmo, ele era presença constante em shows e rodas de samba. Na última quinta-feira (20), por exemplo, prestigiou o show do compositor e cantor Moacyr Luz no Teatro Sesc Campos. Seu corpo está sendo velado na quadra de Os Psicodélicos, bloco do qual era integrante e torcedor. No futebol, era apaixonado pelo Botafogo. O sepultamento está marcado para as 9h desta quarta-feira (26), no cemitério Campo da Paz.
A morte de Bida foi confirmada por pessoas próximas nas redes sociais, ainda sem divulgação da causa. Em postagem no Instagram, o grupo Palma Contra Palma, de Campos, emitiu uma nota de pesar: “Lamentamos profundamente a partida do nosso amigo Bida Leão. Sempre tratou o samba e a todos com muito respeito. Fará uma falta enorme. Um abraço afetuoso nos familiares e nos nossos irmãos do Samba na Praça, diz a nota.
Também foi emitida uma nota pelo bloco Os Psicodélicos. “Grande amigo, que certamente marcou as vidas daqueles que pderam convider com ele. É uma notícia inesperada, que surge a qualquer momento e, por vezes, leva as pessoas que nos são especiais. Neste momento de dor e consternação, só nos cabe pedir a Deus que lhe ilumine e lhe dê paz, e que dÊ conforto à sua família, para que possa enfrentar essa imensurável for com serenidade. Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com você, Tio Bida, que sempre será lembrado pelo profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência, competência e sensibilidade", diz um trecho da nota.
Há duas semanas, por ocasião da interdição do coreto do Jardim do Liceu devido a problemas estruturais, Bida Leão falou ao blog sobre o protagonismo do Samba na Praça naquela praça. "Eu coloco fita isolando o coreto, peço que o pessoal mantenha a limpeza, peço que não pise na grama. E nós revitalizamos aquilo lá, porque há oito anos a praça do Liceu era subutilizada. Hoje, tem rock, tem um monte de evento, por ser o melhor local de Campos", comentou.
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Dono do Boteco do Cabeça compra direitos do tradicional Ao Gato Preto
27/06/2023 | 03h33
Bar fechou as portas no ano passado
Bar fechou as portas no ano passado / Foto: Wellington Cordeiro
Fechado há quase um ano, o tradicional bar Ao Gato Preto pode reabrir as portas. O nome e a placa do centenário empreendimento foram comprados por Edu Cabeça, dono do Boteco do Cabeça, que tem se destacado no cenário dos bares campistas. O objetivo do empresário é promover a reativação, mas na praça do Santíssimo Salvador ou em endereço próximo, em ponto ainda indefinido.
— Temos essa esperança de voltar com o Gato. Na verdade, a gente não o quer longe do Centro. Então, a gente está buscando um ponto, fazendo uma pesquisa para reabrir esse bar centenário — afirmou Edu ao blog.
A aquisição da marca de Ao Gato Preto por Edu Cabeça pode representar novos ares ao bar, que fez história por seus peculiares aperitivos e por ser um ambiente ambiente de convivência democrática. Edu vem obtendo sucesso com seu Boteco do Cabeça, atualmente um ponto de encontro da boemia, especialmente em momentos pós-expediente, na praça do Canhão. Seu principal petisco, o torresmo de rolo, foi o campeão do 1º Festival de Comida de Boteco de Campos, promovido em abril pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade.
Histórico — Com cerca de 100 anos de funcionamento até 2022, Ao Gato Preto foi tombado como patrimônio imaterial histórico e cultural de Campos em 2014. Por conta do alto valor de aluguel em seu endereço histórico, à rua 21 de Abril, no Centro, o bar fechou as portas em março de 2019. Esse fechamento ocorreu apenas dois meses após a morte de José Carlos Barbosa, o Zé Psiu, proprietário desde a década de 1980. Visando manter o legado, Paulo César Barbosa, filho de Zé Psiu, chegou a reabrir o bar na rua Barão de Amazonas, quase na avenida XV de Novembro, poucos dias depois do adeus à rua 21 de Abril. Porém, um novo fechamento aconteceu em agosto do ano passado.
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Ao Gato Preto marcou época na rua 21 de Abril
Ao Gato Preto marcou época na rua 21 de Abril / Foto: Folha da Manhã
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Livraria mais antiga do Brasil, Ao Livro Verde já pediu autofalência
26/06/2023 | 06h37
Ao Livro Verde foi fundada em 1844
Ao Livro Verde foi fundada em 1844 / Foto: Rodrigo Silveira
Desde que a Folha da Manhã noticiou o risco de fechamento de Ao Livro Verde, no último dia 14, foi fortalecido um movimento com intuito de evitar tamanha perda histórico-cultural. Afinal, a livraria não apenas é a mais antiga de Campos, como também a mais antiga do Brasil, fundada em 1844. O que a população campista ainda desconhecia é que, desde 31 de maio, já tramita na 5ª Vara Cível da Comarca de Campos um pedido de autofalência do empreendimento. A informação foi divulgada nas redes sociais pelo jornalista Vitor Menezes e confirmada pelo blog na tarde desta segunda-feira (26).
De acordo com a petição inicial, Ao Livro Verde possui R$ 1.886.264,91 em dívidas, enquanto seu ativo total é de R$ 735,808,55, entre estoque de mercadorias, saldo em caixa, saldo em conta bancária e recebíveis de cartão de crédito. Inclusive, foi solicitada gratuidade de Justiça, provisoriamente deferida após embargos de declaração.
Em entrevista à Folha no último dia 13, quando a livraria completou 179 anos, seu atual proprietário, Ronaldo Sobral, demonstrou preocupação com o futuro da mesma. "Meu interesse é vender a livraria para um grupo forte. Com o crescimento das vendas pela internet, imagina o valor que pode ter o site da Ao Livro Verde, pelo nome e pela tradição que esta livraria possui", disse na ocasião.
O comentário de Ronaldo Sobral foi feito durante um café da manhã organizado pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, Edvar Júnior, como forma de buscar alternativas para que o fechamento seja evitado. Além de Ronaldo e Edvar, também participaram do encontro o responsável técnico pelo escritório regional do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) no Norte Fluminense, Geovani Laurindo Filho; o presidente do grupo de Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa e Adjacências (Carjopa), Expedito Filho; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejo) de Campos, Maurício Cabral; o superintendente da CDL Campos, Nilton Miranda; a subsecretária municipal de Turismo, Patrícia Cordeiro; o arquiteto Renato Siqueira; o guia turístico Everaldo Reis; o jornalista e poeta Aluysio Abreu Barbosa, diretor de Redação da Folha; e o também jornalista Aloysio Balbi.
No último dia 21, vários membros da Academia Campista de Letras (ACL) celebraram o 84º aniversário da entidade com um café da manhã em Ao Livro Verde, reforçando o movimento de apoio. Estiveram presentes acadêmicos como o advogado, professor e escritor Christiano Fagundes, presidente da ACL; o jornalista e professor Fernando da Silveira, frequentador assíduo da livraria; o advogado Levy Quaresma; o poeta e escritor Adriano Moura; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Campos, Genilson Paes Soares; a historiadora Sylvia Paes, atual gerente de Artes e Culturas da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima; a médica e escritora Vanda Terezinha Vasconcellos, ex-presidente da ACL; o professor Hélio de Freitas Coelho, ex-presidente da Câmara Municipal, entre outros. Nas redes sociais, um abraço em Ao Livro Verde é convocado pela professora, escritora e poeta Sol Figueiredo, presidente da seccional campista da Academia de Letras do Brasil (ALB). A iniciativa está prevista para sexta-feira (30), às 15h, com os participantes vestindo roupas verdes.
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Academia Campista de Letras celebra 84 anos com café da manhã na Ao Livro Verde
21/06/2023 | 11h45
Evento reuniu vários membros da ACL
Evento reuniu vários membros da ACL / Foto: Divulgação
A tradicionalíssima Ao Livro Verde foi o local escolhido para a celebração do 84º aniversário da Academia Campista de Letras, nessa quarta-feira (21). Um café da manhã foi realizado por lá em demonstração de apoio à livraria, que é a mais antiga do Brasil, com 179 anos de existência, mas corre risco de fechar as portas devido ao esvaziamento do Centro de Campos e a consequente queda nas vendas.
— A ACL e a Ao Livro Verde são duas instituições de muita importância para a cultura, mormente para a literatura na região — destaca o presidente da Academia Campista de Letras (ACL), o advogado, professor e escritor Christiano Fagundes. — São instituições que têm a resistência como marca e que sempre caminharam de mãos dadas, parafraseando o poeta de Itabira, Carlos Drummond de Andrade. Nessa toada poética, festejamos os 84 anos da ACL na livraria mais antiga do país — complementa.
Participaram do café da manhã acadêmicos como o jornalista e professor Fernando da Silveira, frequentador assíduo de Ao Livro Verde; o advogado Levy Quaresma; o poeta e escritor Adriano Moura; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Campos, Genilson Paes Soares; a historiadora Sylvia Paes, atual gerente de Artes e Culturas da Fundação Oswaldo Lima; a médica e escritora Vanda Terezinha Vasconcellos, ex-presidente da ACL; o professor Hélio de Freitas Coelho, ex-presidente da Câmara Municipal, entre outros. Eles foram recepcionados pelo dono da livraria, Ronaldo Sobral.
Desde que a Folha da Manhã noticiou o risco de fechamento de Ao Livro Verde, no último dia 14, foi fortalecido um movimento com intuito de evitar tamanha perda histórico-cultural. Na véspera (13), a própria Folha esteve representada em um café da manhá entre lideranças empresariais, da imprensa, da cultura e do turismo, realizado em Ao Livro Verde pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, Edvar Júnior. Nas redes sociais, um abraço na livraria é convocado pela professora, escritora e poeta Sol Figueiredo, presidente da seccional campista da Academia de Letras do Brasil (ALB). A iniciativa está prevista para o próximo dia 30, às 15h, com os participantes vestindo roupas verdes.
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