Corpo de Dom Roberto Guimarães é sepultado na cripta da Catedral, em Campos
31/05/2025 | 13h11
Sepultamento do Bispo
Sepultamento do Bispo / Rodrigo Silveira
Foi sepultado, na tarde deste sábado (31), o corpo de dom Roberto Gomes Guimarães na cripta da Catedral Santíssimo Salvador. Na manhã dessa quinta-feira (29), a diocese de Campos comunicou que o bispo emérito tinha falecido. Dom Roberto já recebia os cuidados paliativos desde o mês de julho do ano de 2024, pelo sistema do Home Care, sob a assistência das irmãs do Instituo de Nossa Senhora do Bom Conselho (veja mais aqui). 
Sepultamento do Bispo
Sepultamento do Bispo / Rodrigo Silveira
Foi ainda realizada várias Missas na Catedral Santíssimo Salvador. Nessa sexta-feira (30), houve Missas às 13h, 15h, 17h, 19h e 20h30. Neste sábado (31) as Missas foram às 7h, 8h, 9h e 10h30 com a Missa de Exéquias (veja mais aqui).
Bispo Dom Roberto Guimarães
Bispo Dom Roberto Guimarães / Comunicação Diocese de Campos
Por meio de nota nas redes sociais, o atual bispo da Diocese de Campos, dom Roberto Francisco, mencionou a importância do pastoreio de dom Roberto Gomes:
“O Bom Deus concedeu a dom Roberto a graça de um pastoreio da unidade […] Nós que pudemos usufruir desta sua vida, tempo em que se dedicou com generosidade à Igreja, especialmente à nossa Diocese, rezemos agora para que ele encontre a felicidade plena junto de Deus, o que ele sempre buscou”, declarou dom Roberto Francisco.
Dom Roberto Gomes Guimarães iniciou, em 1950, seus estudos eclesiásticos no Seminário Arquidiocesano São José de Niterói. Terminando o Seminário Menor estudou Filosofia no Seminário Arquidiocesano São José, na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, concluindo também a Teologia. Em 1961 foi ordenado sacerdote na Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador.
Dom Roberto Guimarães foi professor de Seminário da Basílica Menor de Maria Imaculada, em Varre-Sai, Vigário Paroquial em Natividade (1964), em São Fidélis (1965 a 1967), sendo professor do Ginásio Fidelense (atual Colégio Fidelense), e de Laje de Muriaé (1967- 1968), Pároco em São Benedito, Itaperuna (1968 – 1973) e em São José do Avahy também em Itaperuna (1973 – 1995).
Em 1981 ficou encarregado do Seminário Diocesano de Maria Imaculada, coordenador da Pastoral Vocacional, de Catequese, e Diretor Diocesano da Educação Religiosa da Rede Estadual. E ainda integrou o Conselho Presbiteral. Foi nomeado vigário geral da diocese de Campos em 1994 .
Foi nomeado bispo de Campos pelo Papa São João Paulo II, no dia 22/11/1995. Recebeu a ordenação episcopal e a posse em 07/01/1996, festa da Epifania do Senhor, na Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador. O ofício de conduzir o rebanho foi sintetizado no lema: “Procurarei minhas ovelhas”. (Ez 34,11).
Sua renúncia ao Governo Diocesano foi aceita em 08/06/2011, pelo Papa emérito Bento XVI. Tornou-se bispo emérito de Campos no dia 30/07/2011.

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Corpo de Dom Roberto Gomes Guimarães chega à Catedral de Campos
30/05/2025 | 14h27
Velório de dom Roberto Gomes Guimarães
Velório de dom Roberto Gomes Guimarães / Rodrigo silveira
Nesta sexta-feira (30), o corpo do bispo emérito Dom Roberto Gomes Guimarães chegou à Catedral, pouco antes das 14h. Sob forte comoção e com padres de toda a região da Diocese de Campos, o corpo do bispo foi levado até a frente do altar.
Fiéis de toda a região lotaram a Catedral de São Salvador. O corpo saiu por volta das 11h, em cortejo, de Itaperuna para a Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador. 
"Dom Roberto foi um bispo muito querido em Campos. Assim como eu, muitos receberam essa notícia com tristeza, mas também com uma sensação de paz porque ele descansou e Nossa Senhora o recebeu no céu, ele está nos braços do Pai nesse momento", lamentou Eleonora Ribeiro, fiel da Catedral.
Dom Roberto Guimarães nasceu em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, no dia 03/01/1936. Cursou o ensino fundamental em sua cidade natal e o ensino médio no Seminário Menor de Mariana em Minas Gerais, onde também estudou e concluiu as faculdades de Filosofia (1955-1957) e de Teologia (1958-1961).
Foi ordenado presbítero no dia 08/12/1961, Solenidade da Imaculada Conceição, em Campos. No dia 22 de novembro de 1995 foi nomeado bispo de Campos dos Goytacazes pelo Papa São João Paulo II, tendo recebido a ordenação episcopal em 07 de janeiro de 1996.
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Saiba como será o Rito das Exéquias de Dom Roberto Guimarães
29/05/2025 | 15h02
Bispo Dom Roberto Guimarães
Bispo Dom Roberto Guimarães / Comunicação Diocese de Campos
O corpo do bispo emérito Dom Roberto Gomes Guimarães será trasladado para o município de Itaperuna, nesta quinta-feira (29/05), para o município de Itaperuna, onde será velado na Igreja Matriz São José do Avahy, até a manhã desta sexta-feira (30/05). Em seguida, às 11h, será trasladado para o município de Campos dos Goytacazes, onde será velado na Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador, no Centro. No sábado (31/05), será celebrada, às 10h30, a Santa Missa Exequial, presidida pelo Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco, concelebrada por demais bispos da província, e o clero diocesano. O corpo do bispo emérito Dom Roberto Gomes Guimarães será sepultado na cripta da Catedral, após a celebração eucarística.
O livro ”Cerimonial dos Bispos: Cerimonial da Igreja”, que aborda a liturgia episcopal e sua importância, trazendo as celebrações, sacramentais, datas importantes para os bispos e atos solenes do ministério episcopal, como é o caso do rito fúnebre. Após fazer a páscoa é apenas o corpo restar na terra, as preces do Ritual são ditas para que, a seguir, o bispo seja devidamente vestido: traje na cor roxa, insígnias da Missa estacional e o pálio, que é o manto recebido pela diocese, que, inclusive, se tiver mais de um pálio (por ter passado por transferência entre dioceses), estes são colocados também junto ao caixão, com exceção do bispo ter pedido, em vida, outra ação.
O próximo passo é a celebração das exéquias, cerimônia voltada ao bispo falecido, na Catedral, para a exposição do corpo, conhecida como Missa de corpo presente, possibilitando a ida e a oração dos fiéis por ele. Também é celebrada uma vigília ou Liturgia das Horas, uma oração da Igreja pelo bispo. O corpo deve ser sepultado na Igreja, que como de costume, é a catedral da diocese que serviu por último e todas as comunidades pertencentes a ela são chamadas a orarem pelo bispo falecido.
Com informações Comunicação da Diocese de Campos
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Falece, aos 89 anos, Dom Roberto Gomes Guimarães, bispo emérito de Campos
29/05/2025 | 09h09
Bispo Roberto Gomes Guimarães
Bispo Roberto Gomes Guimarães / Diocese de Campos
Por Pedro Henrique Figueiredo e Rafael Khenaifes
Morreu, na manhã desta quinta-feira (29), Dom Roberto Gomes Guimarães, bispo emérito de Campos. O Bispo faleceu em sua residência, no Parque Leopoldina. Dom Roberto recebia cuidados paliativos desde do mês de julho de 2024. A Diocese, em nota, lamentou o falecimento e contou um pouco da trajetória do Bispo. O corpo irá para Itaperuna, onde será velado na Paróquia São José do Avahy, onde foi pároco durante muito tempo. Às 11h de sexta voltará para Campos, onde terá o velório na Catedral e, no sábado, às 10:30, vai acontecer a missa de funeral. Será no mesmo lugar, na Catedral Santíssimo Salvador. E a última despedida será às 10:30. Após a Missa será enterrado na cripta da Catedral. 
Dom Roberto Guimarães, um dos únicos bispos da Diocese que é campista, foi batizado na Catedral Diocesana, foi nomeado bispo de Campos pelo Papa São João Paulo II, em 22/nov./1995. Ele recebeu a sagração episcopal e a posse em 07/jan./1996, dia da festa da Epifania do Senhor, na Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador. Tornou-se Bispo Emérito de Campos no dia 30/jul./2011.
“O Bom Deus concedeu a Dom Roberto a graça de um pastoreio da unidade. Nós que pudemos usufruir desta sua vida, tempo em que se dedicou com generosidade à Igreja, especialmente à nossa Diocese, rezemos agora para que ele encontre a felicidade plena junto de Deus, o que ele sempre buscou”, finalizou a nota da Diocese.
Bispos lamentam a morte de Dom Roberto Guimarães:
“Nosso pesar pelo falecimento do caríssimo D. Roberto Guimarães, eu tenho imensa gratidão por ele, devo muito a ele, minha vocação eu atribuo a ele porque eu cantei no coral da ordenação dele, foi o que me motivou a entrar no seminário.
Bom, eu tinha 11 anos de idade, quando ele foi ordenado na catedral, eu tinha uma grande lembrança disso tudo e depois ele foi meu professor no seminário. Tinha muita admiração por ele e, principalmente, quando depois da confusão toda que havia. Que aliás quando ele tomou posse com o bispo de Campos, a primeira pessoa que ele visitou fui eu, ele foi lá me visitar, nós estávamos ainda naquele clima de separação e ele se colocou a nossa disposição.
Nossa imensa gratidão a Dom Roberto Guimarães que Deus o receba lá no céu e o recompense por tudo que ele fez de bom aqui na nossa Diocese", disse Dom Fernando Rifan, bispo da Administração Apostólica.
"Teve um episcopado em busca da unidade e fazendo jus a seu lema episcopal. Trabalhou muito pelas vocações. Dá pra ver que o seminário hoje é uma realidade na Dicoese de Campos. Podemos dizer que, desde quando foi emérito, acompanhou o seminário. Mas, a partir de 2020, ele ficou muito diminuído e 5 anos depois veio a falecer", disse Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, bispo da Diocese de Campos.
"Eu experimentei muito dessa proximidade com ele. Como bispo, ele como sacerdote, celebrando as missas. Me lembro bem de que quando ele ia celebrar nas paróquias. Era um homem manso e humilde, como Jesus. E essa mansidão dele, essa ternura, o carinho que ele tinha para com todas as pessoas, era algo muito único, uma marca muito especial dele. Agora, na Páscoa, no sábado santo, eu pude, juntamente com o Padre Romário, estar na missa da Vigília Pascal, nessa celebração na casa dele, e pude desejar feliz Páscoa para ele", lamentou Rafael Paes, fiel da Catedral de São Salvador.


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Leão XIV: sem pressa e como o Bom Samaritano, ter compaixão e parar para ajudar o próximo
28/05/2025 | 15h55
Papa Leão XIV
Papa Leão XIV / Vatican Media
Nesta quarta-feira (28), cerca de 40 mil fiéis ouviram o Papa Leão XIV meditar sobre as parábolas do Evangelho, uma forma para “nos abrirmos à esperança. A falta de esperança, por vezes, deve-se ao fato de estarmos fixados numa certa forma rígida e fechada de ver as coisas, e as parábolas nos ajudam a vê-las de outro ponto de vista", disse o Pontífice logo no início da sua reflexão.
O Bom Samaritano
A parábola usada desta vez por Leão XIV foi uma das mais famosas de Jesus, aquela do Bom Samaritano, quando um doutor da Lei que, centrado em si mesmo e sem se preocupar com os outros, interrogou Jesus sobre quem é o “próximo” a quem deve amar. O Senhor procura mudar a ótica contando a parábola que “é uma viagem para transformar a questão”: não se deve perguntar quem é o próximo, mas fazer-se próximo de todos os que necessitam.
O cenário da parábola é: "o caminho percorrido por um homem que desce de Jerusalém, a cidade sobre o monte, para Jericó, a cidade abaixo do nível do mar", um caminho “difícil e intransitável, como a vida”, disse o Papa Leão. Durante o percurso, aquele homem “é atacado, espancado, roubado e deixado meio morto”. Uma experiência vivida diariamente, quando nos encontramos com o outro, com a sua fragilidade, e podemos decidir cuidar das suas feridas ou passar longe: "A vida é feita de encontros, e nesses encontros nos revelamos quem somos. Encontramo-nos perante o outro, perante a sua fragilidade e a sua fraqueza e podemos decidir o que fazer: cuidar dele ou fingir que nada acontece”.
A compaixão é uma questão de humanidade
Um sacerdote e um levita, que “vivem no espaço sagrado”, passam, os dois, pelo mesmo caminho. Porém, “a prática do culto não leva automaticamente à compaixão”, recorda o Santo Padre, porque "antes de ser uma questão religiosa, a compaixão é uma questão de humanidade! Antes de sermos crentes, somos chamados a ser humanos".
Muitas vezes a pressa, que é presente em nossas vidas diariamente, também pode nos impedir de experimentar a compaixão, que deve ser expressa com gestos concretos. "Aquele que pensa que a sua própria viagem deve ter prioridade não está disposto a parar por um outro", alertou o Pontífice, diversamente do samaritano que se fez próximo daquele que estava ferido.
"Este samaritano para simplesmente porque é um homem perante um outro homem que precisa de ajuda. A compaixão é expressa através de gestos concretos. O evangelista Lucas detém-se nas ações do samaritano, a quem chamamos 'bom', mas que no texto é simplesmente uma pessoa: o samaritano se aproxima, porque se se quer ajudar alguém não se consegue pensar em manter a distância, é preciso envolver-se, sujar-se, talvez contaminar”.
O Bom Samaritano toma conta dele, “porque realmente se ajuda quem está disposto a sentir o peso da dor do outro”, ressalta Leão XIV, porque “o outro não é um pacote para ser entregue, mas alguém para cuidar”. Como Jesus continua fazendo conosco, assim devemos fazer com nossos irmãos necessitados de auxílio:
“Queridos irmãos e irmãs, quando é que nós também seremos capazes de parar a nossa viagem e ter compaixão? Quando compreendermos que aquele homem ferido na estrada representa cada um de nós. E então a recordação de todas as vezes que Jesus parou para cuidar de nós, vai nos tornar mais capazes de sentir compaixão. Rezemos, então, para que possamos crescer em humanidade, para que as nossas relações sejam mais verdadeiras e ricas em compaixão”.
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Leão XIV tomou posse da cátedra do Bispo de Roma
26/05/2025 | 16h57
Papa Leão XIV
Papa Leão XIV / Vatican News
Na tarde desse domingo (25), o Santo Padre Leão XIV, realizou um dos gestos mais marcantes no início de pontificado de um Papa: a tomada de posse da Cátedra do Bispo de Roma na Basílica de São João de Latrão.
No início da celebração eucarística, o vigário do Papa para a Diocese de Roma, card. Baldassare Reina, expressou a alegria da Igreja por este momento. O Papa sentou-se então na cátedra e uma representação da Igreja romana prestou a ele obediência.
A “cátedra” é a sede fixa do bispo, na igreja mãe de uma diocese e vem daí o nome “catedral”. A palavra significa "cadeira", símbolo da autoridade e doutrina evangélica que o bispo, como sucessor dos Apóstolos, é chamado a preservar e transmitir à comunidade cristã.
Roma é considerada sede da cátedra de Pedro porque foi nesta cidade que ele concluiu a sua vida terrena com o martírio. Mais que um trono, representa o serviço e a unidade da Igreja sob a condução do Sucessor de Pedro. Leão XIV no início da sua homilia ressaltou o seguinte:
"A Igreja de Roma é herdeira de uma grande história, enraizada no testemunho de Pedro, de Paulo e de inúmeros mártires, e tem uma única missão, muito bem expressa pelo que está escrito na fachada desta Catedral: ser Mater omnium Ecclesiarum, Mãe de todas as Igrejas”.
Em seguida, a referência foi o Papa Francisco, que com frequência convidava a meditar sobre a dimensão materna da Igreja e sobre as características que lhe são próprias: a ternura, a disponibilidade ao sacrifício e a capacidade de escuta que permite não só socorrer, mas muitas vezes prover às necessidades e às expectativas, antes mesmo que sejam manifestadas.
"Estes são traços que desejamos que cresçam em todo o povo de Deus, e também aqui, na nossa grande família diocesana: nos fiéis e nos pastores, a começar por mim", expressou o Papa.
Leão XIV se inspirou nas leituras da missa para afirmar que todo desafio no anúncio do Evangelho deve ser enfrentado com escuta da voz de Deus e diálogo; que a comunhão se constrói, em primeiro lugar, “de joelhos”, na oração e num compromisso contínuo de conversão.
"E é exatamente assim: somos tanto mais capazes de anunciar o Evangelho quanto mais nos deixamos conquistar e transformar por ele, permitindo que a força do Espírito nos purifique no íntimo, torne simples as nossas palavras, honestos e transparentes os nossos desejos, generosas as nossas ações”.
O Santo Padre manifestou apreço pelo exigente caminho que a Diocese de Roma está percorrendo nestes anos para acolher os seus desafios, dedicando-se sem reservas a projetos corajosos e assumindo riscos, mesmo diante de cenários novos e desafiadores. Neste Jubileu do ano de 2025, tem se esforçado para receber os peregrinos como “um lar de fé”.
"Quanto a mim, expresso o desejo e o compromisso de entrar neste vasto canteiro, colocando-me, na medida do possível, à escuta de todos, para aprender, compreender e decidir juntos: ‘para vós sou Bispo, convosco sou cristão’, como dizia Santo Agostinho. Peço que me ajudem a fazê-lo num esforço comum de oração e caridade”.
Na sua conclusão, Leão XIV manifestou seu carinho por sua nova família diocesana, com um desejo de partilhar com ela alegrias e dores, cansaços e esperanças. "Também eu lhes ofereço 'o pouco que tenho e que sou'", afirmou, citando as palavras do Beato João Paulo I na mesma ocasião em 1978. E confiou todos à intercessão dos Santos Pedro e Paulo e "de tantos outros irmãos e irmãs, cuja santidade iluminou a história desta Igreja e as ruas desta cidade. Que a Virgem Maria nos acompanhe e interceda por nós".
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Projeto na Alerj quer proibir atendimento a bebês reborn em órgãos públicos
23/05/2025 | 13h14
Bebê reborn
Bebê reborn / Divulgação
Por Pedro Henrique Figueiredo e Rafael Khenaifes
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) analisa criar um projeto de lei para proibir o atendimento desses bebês nos serviços de saúde e outros importantes para a sociedade. Depois do Pe. Chrystian Shankar ter viralizado com vídeos engraçados sobre o caso bebês reborns, a Dra. Ana Cristina ainda comenta sobre o assunto. Ele é famoso nas redes sociais por vídeos engraçados e missas animadas.
Um Projeto de Lei da Assembleia Legislativa do Rio visa proibir o atendimento aos bebês reborn nos serviços públicos do estado, como hospitais, escolas e delegacias. Após a polêmica do assunto ganhar repercussão, a psiquiatra Ana Cristina Abreu Mendes, de Campos, apontou os danos a saúde ao tratar bonecos como pessoas.
A proibição prevista no PL se aplica a serviços como atendimentos médicos, expedição de documento em órgãos públicos, registro de ocorrência por crime contra a integridade física ou moral dos bebês reborn e matrículas em escolas ou creches estaduais. Pessoas portando as bonecas também não terão direito a espaços exclusivos ou preferenciais.
A doutora Ana Cristina explicou que cada mulher tem sua especificidade.
"Não temos como dar diagnósticos nem dizer que esse fenômeno se trata de uma patologia com critérios diagnósticos descritos, porém é claro que essas mulheres têm dores e traumas não tratados. Cada uma deve ter uma avaliação individual. Acho que nem a igreja e nem o poder público pode dar incentivo a esse tipo de insanidade”, ponderou.
Vídeo:
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Leão XIV faz sua primeira nomeação de uma mulher na Cúria
22/05/2025 | 14h51
Ir. Tiziana Merletti é Doutora em Direito Canônico
Ir. Tiziana Merletti é Doutora em Direito Canônico / Divulgação
O Santo Padre, o Papa Leão XIV, fez a primeira nomeação de uma mulher na Cúria. A Ir. Tiziana Marletti, que será secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedade de Vida Apostólica.
Este departamento do Vaticano cuida dos religiosos em todo o mundo, foi o primeiro na Cúria a ser chefiado por uma mulher. O Papa Francisco nomeou a Ir. Simona Brambilla em janeiro deste ano (2025), substituindo o cardeal brasileiro João Braz de Aviz.
Assim com a nomeação deste 22 de maio, o Dicastério tem como mulheres, a prefeita e a secretária.
Ir. Tiziana Marletti pertente às Irmãs Franciscanas dos Pobres. Ela nasceu em 30 de setembro de 1959 em Pineto, na região dos Abruços, centro da Itália. Em 1986, emitiu a primeira profissão religiosa no Instituto das Irmãs Franciscana dos Pobres. Formou-se em Direito em 1984 e em 1992 fez o Doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma.
Do ano de 2004 ao ano de 2013 foi a Superiora-Geral do seu Instituto religioso e, atualmente, é Docente na Faculdade de Direito Canônico da Pontifícia Universidade Antonianum em Roma e colabora na qualidade de canonista com a União Internacional das Superioras Gerais.
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Padre viralizou nas redes sociais com o caso bebê reborn
21/05/2025 | 16h26
Ana Cristina e Padre Shankar
Ana Cristina e Padre Shankar / Divulgação
Por Pedro Henrique Figueiredo e Rafael Khenaifes
A psiquiatra Ana Cristina Abreu Mendes, natural de São Fidélis, atuante em Campos, explicou que o mundo está adoecido e que as pessoas não conseguem mais lidar com dores e frustrações e estão usando dessas bonecas para não terem de encarar a realidade, se trancando na fantasia. Assim como a doutora Ana Cristina, o padre Chrystian Shankar também falou sobre esse caso que viralizou no Brasil e no mundo.
Alguns países até usam dessas bonecas ou até mesmo as mães levam os natimortos para casa para poderem vivenciar o luto, porém por tempo determinado. O que estão fazendo com essas bonecas agora não se trata apenas do luto e sim de um comportamento de uma psique adoecida.
A doutora Ana Cristina explicou: “Esse assunto virou polêmico, cada mulher tem sua especificidade, não temos como dar diagnósticos nem dizer que esse fenômeno se trata de uma patologia com critérios diagnósticos descritos, porém é claro que essas mulheres têm dores e traumas não tratados. Cada uma deve ter uma avaliação individual. Acho que nem a igreja e nem o poder público pode dar incentivo a esse tipo de insanidade”.
O padre Chrystian Shankar, da cidade de Divinópolis, no estado de Minas Gerais, conhecido por sua comunicação espirituosa e com mais de 3,7 milhões de seguidores nas redes sociais, viralizou ao publicar uma nota de esclarecimento bem-humorada. O padre ironizou os possíveis pedidos inusitados de fiéis para realizar rituais religiosos com bebês reborn – bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos e podem custar mais de R$ 9.000.
"Não estou realizando batizados para bonecas reborn recém-nascidas. Nem atendendo mães de boneca reborn que buscam por catequese. Nem celebrando missa de primeira comunhão para crianças reborn. Nem oração de libertação para bebê possuído por um espírito reborn", escreveu o padre, em tom satírico. Ele ainda complementa: "Também não celebro missa de sétimo dia para reborn que arriou a bateria".
A postagem, então, repercutiu rapidamente, são mais de 30 mil comentários – muitos deles interações bem-humoradas e de apoio ao tom adotado pelo padre Shankar.
Nos comentários, os internautas aproveitam também para brincar com a situação. "Vão te acusar de ‘rebornfobia’", ironizou uma seguidora.
Com muita leveza e ironia, o padre fez um alerta importante nas redes sociais: "situações como essa devem ser encaminhadas ao psicólogo, psiquiatras ou, em último caso, ao fabricante da boneca".
Ele é conhecido por abordar temas delicados de fora acessível e carismática, o padre ainda arrancou risos, mas também deixou seguidores incrédulos com a possibilidade de pedidos de batizados. Ainda, no tom irônico, alguns chegaram a dizes que ele seria denunciado ao “Conselho Tutelar dos Reborns”.
A ideia das bonecas reborn surgiu durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945), período marcado pela escassez de recursos na Europa. Diante da dificuldade de encontrar brinquedos, mães e artesãs passaram a modificar bonecas comuns, com o objetivo de deixá-las mais realistas e expressivas para as crianças da época.
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Leão XIV iniciou seu ministério
19/05/2025 | 16h49
Papa Leão XIV
Papa Leão XIV / Vatican News
O Papa Leão XIV presidiu à Santa Missa de início do seu ministério petrino na Praça São Pedro lotada de fiéis e autoridades civis e também religiosas, nesse domingo (18), às 5h (horário de Brasília) e às 10h (horário local). Antes da cerimônia, o Santo Padre passou de papamóvel, pela primeira vez, por entre as mais de mil pessoas presentes na Praça, que se aglomeraram também na “Via della Conciliazione”, que dá acesso ao lugar.
A solene cerimônia teve início dentro da Basílica Vaticana, em orações diante do túmulo do Apóstolo São Pedro, junto com os Patriarcas das Igrejas Orientais. De lá, o Evangeliário, o Pálio e o Anel do Pescador foram levados em procissão para o Altar no adro da Praça São Pedro, enquanto o coro entoava a ladainha de todos os santos.
Após a proclamação do Evangelho, três cardeais das três ordens (diáconos, presbíteros e bispos) aproximaram-se de Leão XIV para o momento das insígnias episcopais “petrinas”. O cardeal Luiz Antonio Tagle entregou-lhe o Anel do Pescador, num dos momentos mais tocantes da missa, com o Papa contendo a emoção na hora. A cerimônia ainda prosseguiu com o rito simbólico de “obediência”, prestado ao Papa por doze representantes de todas as categorias do Povo de Deus, provenientes de várias partes do mundo, entre eles, o cardeal brasileiro Jaime Spengler. Em seguida, o Santo Padre pronunciou sua homilia.
"Fui escolhido sem qualquer mérito"
Leão XIV saudou a todos “com o coração cheio de gratidão” e uma das frases mais célebres de Santo Agostinho: “Fizeste-nos para Vós, [Senhor], e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Vós” (Confissões, 1,1.1).
O Santo Padre recordou os últimos dias vividos de maneira intensa com a morte do Papa Francisco, “que nos deixou como ovelhas sem pastor”. À luz da ressurreição, enfrentamos este momento e o Colégio Cardinalício reuniu-se para o Conclave para eleger o novo sucessor de Pedro, “chamado a guardar o rico patrimônio da fé cristã e, ao mesmo tempo, ir ao encontro das interações, das inquietações e dos desafios de hoje”.
“Fui escolhido sem qualquer mérito e, com temor e tremor, venho até vocês como um irmão que deseja fazer-se servo da fé e da alegria, percorrendo com vocês o caminho do amor de Deus, que nos quer a todos unidos numa única família”.
Leão XIV ressaltou as duas dimensões da missão que Jesus confiou a Pedro: amor e unidade.
Jesus Cristo recebeu do Pai a missão de “pescar” a humanidade para salvá-la das águas do mal e da morte. Esta missão permanece ainda hoje, de lançar sempre e novamente a rede e navegar no mar da vida para que todos possam reencontrar no abraço de Deus.
Essa tarefa é possível porque São Pedro experimentou na própria vida o amor infinito e incondicional de Deus, mesmo na hora do fracasso e da negação. A Pedro, portanto, é confiada a tarefa de “amar mais” e dar a sua vida pelo rebanho.
“O ministério de Pedro é marcado precisamente por este amor oblativo, porque a Igreja de Roma preside na caridade e a sua verdadeira autoridade é a caridade de Cristo. Não se trata nunca de capturar os outros com a prepotência, com a propaganda religiosa ou com os meios do poder, mas se trata sempre e apenas de amar como fez Jesus”.
Para isso, Pedro e seus sucessores devem apascentar o rebanho sem nunca ceder à tentação de ser um líder solitário ou um chefe colocado acima dos outros, tornando-se dominador das pessoas que lhe foram confiadas pelo contrário, deve servir a fé dos irmãos, caminhando com eles.
“Irmãos e irmãs, gostaria que fosse este o nosso primeiro grande desejo: uma Igreja unida, sinal de unidade e comunhão, que se torne fermento para um mundo reconciliado”.
Olhar para Cristo!
No nosso tempo, acrescenta o Papa, ainda vemos demasiada discórdia, feridas causas pelo ódio, violência, os preconceitos, o medo do diferente, por um paradigma econômico que explora os recursos da Terra e marginaliza os mais pobres.
“E nós queremos ser, dentro desta massa, um pequeno fermento de unidade, comunhão e fraternidade. Queremos dizer ao mundo, com humildade e alegria: Olhem para Cristo! Aproximem-se Dele! Acolham a sua Palavra que ilumina e consola! Escutem a sua proposta de amor para se tornar a sua única família. No único Cristo somos um”.
Este é o espírito missionário no qual devemos nos animar, acrescenta Leão XIV, sem nos fecharmos no nosso pequeno grupo nem nos sentirmos superiores ao mundo.
“Irmãos, irmãs, esta é a hora do amor!”, concluiu o Papa, exortando a construir uma Igreja missionária, que abre os braços ao mundo e anuncia a Palavra.
“Juntos, como único povo, todos irmãos, caminhemos ao encontro de Deus e amemo-nos uns aos outros”.
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Sobre o autor

Pedro Henrique Figueiredo

pedroferraz0307@gmail.com